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21 Sep 2006

O processo de treinamento da percepçao visual nos esportes de equipe

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Durante a prática dos esportes coletivos, os jogadores realizam uma infinidade de ações complexas: correr, saltar, lançar, frear, mudar de direção, esquivar, etc. Estes movimentos não estão asilados do entorno do jogo…

Autor(es): Randeantony C. Nascimento,
Entidades(es): Ms -Universidade Federal de Sergipe (Brasil)
Congreso: II Congreso Internacional de Deportes de Equipo
Pontevedra: 21-23 de Septiembre de 2006
ISBN: 978-84-613-1660-1
Palabras claves: entrenamiento, percepción, visual, deporte, equípo

INTRODUÇAO

Durante a prática dos esportes coletivos, os jogadores realizam uma infinidade de ações complexas: correr, saltar, lançar, frear, mudar de direção, esquivar, etc. Estes movimentos não estão asilados do entorno do jogo, dependem de múltiplos fatores aos que o jogador tem que prestar atenção: adversários, companheiros, bola, árbitros, marcador, público, etc. A maior parte da informação é percebida pelos jogadores mediante a visão. Ainda que se pode também prestar atenção aos sinais sonoros dos árbitros e companheiros, ou ainda, as sensações de pressão tátil em situações de proximidade do oponente. Os sinais visuais são os mais importantes para aprender a atuar com correção. Quando o ato que um jogador exerce ocorre com grandes níveis de indecisão (presença ou não da bola, companheiros, oponentes), este deve selecionar a ação e o momento mais adequado em una situação de déficit temporal, Abernethy (2001). Isso implica uma grande interpretação do jogo, em que o rendimento dependerá tanto da correta percepção das informações, da decisão a emitir, como da habilidade suficiente para executar essa resposta selecionada. Esta seleção da informação é comparada com um cenário anterior que já foi resolvido. No caso de se encontrar alguma cena similar, se adota a solução que em um passado gerou bom resultado. Se não se conhece nenhuma cena, porque se trata de um ato novo, então se faz uma proposta combinando varias respostas (o parte delas) que naquele momento consideramos mais parecidas ao contexto de jogo vivenciado. Nesta primeira tomada de decisão o que fazemos é selecionar o objetivo da nossa atuação (passar, lançar, fixar, assediar, etc.). Quando se decide o que queremos fazer, procedemos com nosso repertorio de gestos técnicos, para resolver gestualmente uma ação de jogo, de novo voltamos a buscar alguma situação passada que tenha dado resultado. Se a temos usamos; se não, com coordenação se realiza uma nova ação. Desta forma, podemos entender a ação do jogador no conceito técnico e táctico: a técnica está relacionada com a forma em que se realizam as ações, e a táctica está relacionada com a tomada de decisão ao escolher realizar uma e não outra ação em função da atuação dos companheiros e adversários. Com a experiência e os anos de prática esportiva, encontramos que muitos jogadores melhoram sua habilidade para interpretar a informação que oferecem os oponentes, informação esta que se utiliza para os posteriores processos de decisão e execução, Pinaud (1994) e Pérez, Gabilondo (2005). Os técnicos devem por ordem a toda esta quantidade de informação que recai sobre os jogadores, de forma que possam atuar da maneira mais adaptada e acertada possível. Mediante o treino da técnica e táctica individual o jogador pode conhecer os elementos mais relevantes do jogo, prestar atenção e resolver adequadamente cada vez que analisa e interpreta o entorno em que se encontra. Estudos recentes defendem que a atenção deve dirigir-se ao primeiro tipo de informação, de maneira que o sujeito se familiarize progressivamente com a tarefa, até poder detectar a informação “invariante” que lhe permita antecipar-se corretamente ao oponente, Ward, Williams e Bennett, (2002). Estes trabalhos dizem respeito à importância que a atenção visual e um correto comportamento visual possuem no rendimento desportivo, podendo contribuir a melhora do mesmo mediante a antecipação das ações dos adversários e para poder atuar com tomadas de decisão mais precisas e eficientes, obrigando que na formação do jovem jogador se integre o desenvolvimento de todas suas capacidades, com o objetivo de estabelecer práticas em condições similares as que ocorrem na realidade de jogo. Junto à capacidade visual, o desenvolvimento da cognição tem sido objeto de muitas investigações: Isaacs (1983); Pinaud (1994); Williams (1999); Moreno (2001); Vélez (2000); Abernethy (1987, 1993, 2001); Boutcher (2002); Pérez e Gabilondo (2005) apresentam propostas pedagógicas para aprendizagem da percepção em jogo. Qualquer jogador imerso em uma situação desportiva, principalmente as que se requerem habilidades motrizes abertas, depende, em grande medida do seu sistema visual que lhe proporciona a informação necessária para um bom desempenho. Dentro de uma perspectiva cognitiva para a interpretação do comportamento motor em situações desportivas, partimos do pressuposto que todo ato perceptivo implica uma relação de interação física entre o meio e o organismo através dos sentidos, pelo que se deve dar ênfase aos processos cognitivos que precedem a emissão da resposta motriz. A percepção é, portanto, o processo em que o sujeito determina o que esta ocorrendo dentro do entorno que se encontra e do seu próprio corpo, extrapolando a relação existente entre ambas as fontes de informação. Comete um erro metodológico aqueles que analisam as ações em jogo, observando a atuação dos jogadores em três momentos diferentes:

  • quando percebe a informação;
  • quando elabora a informação e decide o que se deve fazer;
  • quando realiza aquilo que pensou.

Contrariamente a esta estrutura, um jogador treinado para ampliar a sua capacidade visual não lê o jogo, escreve. A informação recebida pela vista é selecionada num primeiro momento graças à atenção, que deve ter o objetivo de não dar ao cérebro um excesso de informação, ai reside a diferença. Os bons jogadores ainda que vejam muitas coisas só se fixam nos detalhes do que é mais importante, enquanto que os jogadores acostumados aos ensinos analíticos vêem menos coisas e nem sempre sabem distinguir o importante do acidental. Sobre este contexto, Pinaud (1994) afirma que: “a atenção é o processo de seleção de informação que intervém fora do campo da consciência e constitui uma via consideravelmente mais implicada que a da percepção consciente. Na captação pelo cérebro das informações recebidas do entorno, a percepção pode ser consciente e inconsciente”. É importante ressaltar que temos também uma visão sem percepção consciente: é a “visão cega,” esta poderá ser direta ou simultânea. O mesmo autor ainda aponta que a percepção simultânea é possível, porém fora do campo da consciência e não pode conduzir a uma programação motriz no campo dos esportes de equipe, já que nos jogos de oposição/cooperação a atenção “consciente” demasiado lenta, não permite um tempo hábil para agir. Os cálculos que levam a estas três ações lentas: percepção, elaboração e decisão geram uma reação motriz onde a tomada de consciência estará atrasada. Nas situações de pressão temporal com tempos de reação extremos onde o cérebro estabelece uma breve suspensão da fixação da atenção consciente, ocorre um passo forçado para a atenção inconsciente difusa, que trabalha para efetuar uma ação a grande velocidade e fora do campo da consciência. Numa tarefa dinâmica como pode ser o lançamento com oposição em handebol, para o goleiro, por exemplo, as fontes informativas devem reduzir-se as regiões especiais que possuem características que modifiquem em função do tempo, permitindo assim reduzir a carga de informação para o processamento. Os melhores resultados aparecem ao conseguir que um jogador não fixe sua atenção em nenhum elemento pertinente do campo, ao contrario, deixe “flutuar” sua atenção, dirigindo a visão a um ponto não informativo, cerca do “centro de gravidade” da cena visual a tratar. Se a informação recebida leva ao reconhecimento de um padrão de movimento determinado, se conseguirá uma predição precisa dos eventos imediatos, reduzindo as dúvidas implícitas na decisão a adotar. Assim que, se considera de grande importância a habilidade para antecipar com precisão as ações do oponente, para conseguir um rendimento exitoso em competição. É interessante ressaltar que a informação que se pode receber dos sinais corporais ou do movimento do oponente, ha que reconhecer que essa informação não seria de grande utilidade até que o jogador identifique estes sinais durante a tarefa e o que é mais importante, consiga outorgar a cada um deles seu valor preditivo. Em relação à percepção visual, é preciso desenvolver métodos ou estratégias que nos permitam diferenciar a informação mínima necessária para reconhecer e categorizar objetos ou eventos. Nougier, Stein e Bonnel (1991).

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ASPECTOS METODOLOGICOS

Queremos reconhecer que o treino que para reproduzir as ações em situação real de jogo não é uma tarefa simples. Devemos ter consciência que estas ações não se realizam de maneira asilada, estas se encadeiam umas às outras e em pouco tempo. Com efeito, os jogadores expertos, enquanto realizam uma determinada ação, já avaliam seu entorno e decide qual será a seguinte num mesmo processo. Isso só é possível quando os jogadores são capazes de independizar a visão do controle da técnica, de maneira que não precise olhar seus movimentos, para controlar-los, o controle destes recai sobre os sentidos interceptivos. De todas as informações que o jogador deve centralizar duas que se destacam por cima das demais:

  1. A ação dos adversários
  2. A ação dos companheiros

Estas são as que definem precisamente os conceptos tácticos, estão para resolver os problemas que se apresentam no entorno, como também para projetar nosso jogo nele e sempre ocorrem em três níveis de atuação:

  1. O reativo, que solucionamos os problemas que apresentam os adversários e o meio em que nos deslocamos;
  2. O antecipativo, que depende em grande medida das nossas possibilidades, capacidades e pontos fortes;
  3. O estratégico, que toma em conta os fatores ambientais e competitivos mais elevados, atuando a mais longo prazo.

Ensinar aos jogadores a “ver mais” não só é possível, como também deve ser um dos objetivos de qualquer técnico. Isso supõe um trabalho prévio a sessão e ao desenho do treinamento que se tornará comprometido, porque se deve planejar para longo prazo e possuir paciência pedagógica, porém dará frutos sem duvida. Desejo também apresentar alguns tópicos para a construção de atividades destinadas a estimular a ação tática nos jogadores:

1 – Sobre os objetivos das tarefas

1.1 – O trabalho sobre a melhora do “campo visual” – é necessário aprender a estimular as zonas receptoras, aprendendo a utilizar o campo visual periférico, para aumentar a quantidade de informação disponível; 1.2 – Certa precisão sobre a seleção das informações, fazendo transitar das inespecíficas (mais simples de observar) as específicas (mas complexas, porem mais importantes de ser analisadas); 1.3 – Aumentar a capacidade para eleger entre os diferentes programas de ação – propor variabilidade a aprendizagem dos elementos técnicos, para melhorar tanto os programas em si como a capacidade de gerar novos. 1.4 – Uma correta interpretação das eleições entre os objetivos de ação – procurando um jogo que se adapte a varias situações, sem descuidar dos objetivos; 1.5 – Oferecer situações em que o jogador aprenda a levar a iniciativa, permitindo projetar sua personalidade no jogo. 2 – Sobre a seleção das tarefas: 2.1 – Mediante atividades práticas que tenham relação direta com o entorno desportivo do jogador e que respeite a relação pedagógica entre treinamento e jogo 3 – Sobre a condução da sessão: 3.1 – Preparar adequadamente as tarefas prevendo as condutas esperadas. 3.2 – Ceder rapidamente o protagonismo aos jogadores. Não monitorizar as tarefas.

    1. – Aceitar os erros como parte do processo (especialmente ao principio) e aumentar progressivamente a exigência nas correções.
    2. – Dar um feedback concreto, depois das tarefas, nunca durante.
    3. – Procurar um entorno motivante.

A formação das capacidades perceptivas visuais do esporte para jovens jogadores toma importante papel nas contribuições que ela pode reportar às respostas eficazes cada vez mais necessárias ao rendimento desportivo.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Abernethy, B. (1987). Selective attention in fast ball sports II: Expert-Novices differences. Australian Journal of Science and Medicine in Sport, 19, 7-16.
  • Abernethy, B. (1993). Attention. En R.N. Singer, M. Murphey y L.K. Tennan (Eds.), Handbook of research on sport psychology (pp. 127-170). New York: Macmillan.
  • Abernethy, B. (1993). Searching for the minimal essential information for skilled perception and action. Psychological Research, 55, 131-138.
  • Abernethy, B., Gill, D. P., Parks, S. L. y Packer, S. T. (2001). Expertise and the perception of kinematic and situational probability information. Perception, 30, 233-252.
  • Boutcher, S.H. (2002). Attentional processes and sport performance. En T.Horn (Ed.), Advancesin sport psychology. Champaign, IL: Human Kinetics.
  • Isaacs, L.D. y Finch, A.E. (1983). Anticipatory timing   of  beginners and intermediate tennis players. Perceptual and Motor Skills, 57, 451-454.
  • Moreno, F. J., Ávila, F. y Damas, J. S. (2001). El papel de la motilidad ocular extrínseca en el deporte: aplicación a los deportes abiertos. Motricidad, 7, 75-94.
  • Nougier, V., Stein, J.F. y Bonnel, A.M. (1991). Information processing in sport and orienting of attention. International Journal of Sport Psychology, 22 (3-4), 307-327.
  • Pérez, L. M. R. & Gabilondo, J. A. (2005). El proceso de toma de decisiones en el deporte: clave de la eficiencia y el rendimiento óptimo. Paidós Educación Física. Barcelona.
  • Pinaud, P. (1994). Perception et creativité dans l’act tactique. A propos d’une étude sur handball. Barcelona, INEF.
  • Vélez, D. C. (2000).El entrenamiento integrado de las habilidades visuales en la iniciación deportiva. Aljibe. Málaga.
  • Ward, P., Williams, A.M. y Bennett, S.J. (2002). Visual search and biological motion perception in tennis. Research Quarterly for Exercise and Sport, 73, 107-112.
  • Williams, A.M., Davids, K. y Williams, J. G. (1999). Visual perception and action in sport. London: E & FN Spon.

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