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4 Jun 2012

Sports dropout and adolescence

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Sports dropout occurs when an individual decides to quit a sportive practice by his own will (Burton & Martens, 1986). Dropout seems to enhance during adolescence, for motives related to sports characteristics, training, coach or personal and social life.

Autor(es): Bianca, Accioly; Ana Vieira; João Barreiros.
Entidades(es):Faculdade de Motricidade Humana – Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
Congreso: I Congreso Internacional de las Ciencias del Deporte
Pontevedra 2006
ISBN:9788461105526
Palabras claves: Sports Dropout; Adolescence; Motives for Sports Dropout

Sports dropout and adolescence

Abstract

Sports dropout occurs when an individual decides to quit a sportive practice by his own will (Burton & Martens, 1986). Dropout seems to enhance during adolescence, for motives related to sports characteristics, training, coach or personal and social life. The purpose of this investigation was to study the motives for sports dropout variation towards different sports, as well as study motives variation when adolescence takes place in different decades. The sample has 1000 individuals (N=1000), aged over 20 both genders and the criterion was to include only individuals with sports dropout during adolescence. A questionaire that explored Motives of Dropout in 51 items, grouped by 6 major categories was used. For each indicated activity, and dropout accurence, information about Motive, Years of Practice and Age of Dropout was inquired. The subjects were inquired about their past sport engagement between 12 and 20 years of age. Results show that the most referenced reason for dropout is lack of time to school. The results are the same for both gender and different sports. This motive gain meaning through adolescence years. When adolescence occurred in the last decade, lack of time is the most important motive for dropout.

1 – Introdução e Fundamentação Teórica

A prática desportiva de uma determinada modalidade sofre variações ao longo do tempo. Por diversas razões, existem períodos na vida de um indivíduo em que a prática desportiva diminui e, em condições extremas, o sujeito abandona a modalidade que pratica.

O abandono desportivo é um fenómeno que consiste na interrupção voluntária da prática desportiva de uma determinada modalidade (Burton & Martens, 1986). Este fenómeno pode espelhar diferentes situações, podendo resultar numa situação definitiva, ou seja, o sujeito não tem intenção de voltar a desenvolver qualquer tipo de prática desportiva, ou pode apenas revelar-se numa mudança de modalidade, mantendo-se como praticante de actividade física. Gould (1987), propõs que o abandono desportivo seja entendido em função de um continuum, que vai desde o abandono de uma actividade específica acompanhado de uma transferência para outra actividade até ao abandono total de toda a actividade desportiva. Um outro tipo de abandono é o burnout causado por um stress crónico, o qual geralmente se verifica em atletas de alta competição, quando estes apresentam um esgotamento, tanto no aspecto físico, como nos aspectos psíquico e social. De acordo com Fonseca (2004), o abandono desportivo ocasionado por uma troca de modalidade não traz nenhum dano aparente para o jovem, sendo mesmo preferível que essa troca se processe, desde que ela signifique uma melhor adequação aos objectivos definidos no âmbito de uma prática desportiva. Face ao exposto, o que realmente parece importante no fenómeno do abandono desportivo, e que é comum em todos os estudos já realizados sobre este tema, é a possibilidade de ocorrência de um abandono definitivo da actividade desportiva, e não a mudança para outra modalidade.

Há evidência de que a adolescência é um período em que o abandono desportivo tende a aumentar. São várias as definições adoptadas para definir este período. Gallahue e Ozmun (2005, p. 414) referem que a adolescência “não é apenas um período de rápida alteração física, mas também de transição social e psicológica da infância a fase adulta”. Fragosos e Vieira (2000, p. 62) definem como “…a última grande crise evolutiva do crescimento durante a qual a criança adquire as características sexuais e morfológicas definidas no seu tipo morfológico”. Weiss (1999) e seus colegas afirmam que o envolvimento em actividades físicas decresce ligeiramente no início da adolescência e se agrava à medida que esta fase vai decorrendo. Outros autores (Guillet, 1999) reforçam esta ideia, afirmando que cerca de 80% das crianças e adolescentes envolvidos em actividades desportivas têm quebras nesta participação entre os 12 e os 17 anos de idade. Numa recente pesquisa feita por Silva et al (2005), com o intuito de estudar os índices do abandono entre os nadadores federados portugueses e de verificar os motivos para tal acontecimento, os autores questionaram nadadores da FPN (Federação Portuguesa de Natação) inscritos nas épocas 2000/1 a 2003/4 com idade compreendida entre os 10 e 16 anos. Verificou-se que o maior índice de abandono entre as idades mencionadas decorre por volta dos 12/13 anos. Os motivos referidos para justificar este abandono são, em geral, já conhecidos e amplamente enumerados na literatura. Motivos associados à vida familiar e social, ao percurso escolar ou profissional, bem como às diversas alterações decorrentes do natural crescimento e desenvolvimento estão identificados como desencadeantes de abandono desportivo. Também estão associados aos diversos intervenientes no contexto desportivo, factores relacionados ao treinador, ao processo de treino e a competição (Barreiros, 2005).

Apesar da identificação correcta do problema, o estudo do fenómeno do abandono desportivo, nomeadamente centrado na adolescência, é relativamente recente. Os primeiros estudos feitos datam da década de 70 (Gould, 1987). A grande preocupação dos primeiros investigadores foi a identificação dos motivos que levam os praticantes a abandonar a modalidade em que estão inseridos. Na realidade os estudos revelam que os motivos de abandono prendem-se muitas vezes com a perda de interesse e de motivação pela modalidade praticada. A maioria dos abandonos desportivos devese a excesso de ênfase nas competições, esgotamento por excesso de treino (overtraining), bem como organização e instrução dos treinos inadequadas (Freigley, 1984; Orlick, 1973; Pooley, 1981; Gould, 1987). Gould (1987), sumariando uma grande quantidade de estudos sobre motivos de abandono desportivo, conclui que o motivo mais mencionado para o abandono desportivo envolve conflito ou mudança de interesses “… descriptive studies have revealed that conflicting and changing interests are the most often cited motives for youth sport withdrawal, with adult-controlled negative factors being cited by a much smaller but significant number of former athletes.” (p. 81). Num estudo preliminar feito por Vieira et al (2005), com 52 jovens universitários de ambos os sexos, sobre o abandono desportivo no período da adolescência, foi apresentada como principal razão para o abandono a “falta de tempo para a escola”, sendo seguida pela razão “comecei outra actividade que me dava mais prazer” e “os treinos ocupavam muito tempo”. Adelino (2003) acrescenta ainda, numa tentativa de compreensão das causas do abandono desportivo, que o jovem acaba por se comprometer com várias actividades, além das actividades escolares e os tempos livres para os amigos e namorados (as), não conseguindo assim conciliar os diversos interesses, o que mais tarde ou mais cedo resultará em abandono da prática desportiva. O objectivo deste estudo é analisar a variação no abandono desportivo de acordo com as características das diferentes modalidades desportivas. Pretende-se fazer ainda uma caracterização das variações dos motivos de abandono quando a adolescência ocorre em épocas diferentes.

2 – Material e Métodos

Neste estudo foram questionados os motivos de abandono, a variação com o género, a idade de abandono, a data ou período de tempo em que ocorreu o abadono. A amostra seleccionada para este estudo englobou um total de 1000 indivíduos de ambos os sexos (497 do sexo masculino e 503 do sexo feminino), com idade superior a 20 anos. Inquiriram-se apenas indivíduos que tenham abandonado pelo menos uma modalidade desportiva entre os 12 e os 20 anos. O questionário obtem informação sobre a sequência de actividades desportivas praticadas, em associação com a idade, e para cada modalidade abandonada são questinadas as razões de abandono. O questionário incluía uma listagem de 51 motivos codificados e agrupados em 8 categorias: Efeitos Sociais, Família e Amigos, Organização da Competição, Treinador, Modalidade, Motivação, Alterações no Desenvolvimento e Outros Motivos (Barreiros, 2005). O questionário elaborado foi aplicado em diversas instituições públicas e privadas. A informação recolhida foi sistematizada numa base de dados e foi feita uma análise estatística descritiva (S.P.S.S. versão 12.0).

3 – Resultados

O tratamento das modalidades desportivas incluíu apenas as modalidades mais referidas. As modalidades consideradas para análise foram a natação, futebol de 11, actividades de fitness, ginásticas, lutas, basquetebol, voleibol, andebol, danças, ténis, atletismo, futebol de salão e a equitação. Para o restante tratamento de dados foram considerados todos os indivíduos da amostra. Um primeiro resultado aponta para a não existência de variação significativa de motivos de abandono entre as modalidades analisadas. Os motivos mais mencionados são “Falta de tempo para escola/Horário escolar incompatível”, “Comecei outra actividade que me dava mais prazer”, “Mudei de casa/escola/localidade”, “Já não me divertia nos treinos” e “Mudei a minha vida”. O motivo “Falta de tempo para escola/Horário escolar incompatível”, foi o mais referido em ambos os sexos, mas apresenta uma maior ênfase entre as raparigas.

Figura 1. Sports dropout and adolescence

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Figura 1. Principais motivos de abandono em rapazes e raparigas. Para analisarmos os motivos de abandono ao longo da adolescência considerámos a adolescência dividida em três períodos: 12-14 anos – inicio da adolescência; 15-17 anos – adolescência intermédia; 18-20 anos – adolescência tardia.

Figura 2. Sports dropout and adolescence

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Figura 2. Motivos de abandono em diferentes segmentos da adolescência, para os 5 motivos mais referidos. O motivo “Falta de tempo para a escola/ Horário escolar incompatível” é o mais mencionado nos três períodos da adolescência. A pressão escolar faz-se sentir de forma mais marcante depois dos 15 anos mas não parece alterar-se em idades posteriores. Os motivos “Comecei outra actividade que me dava mais prazer” e “ Já não me divertia nos treinos” apresentam pouca variação ao longo da adolescência. O primeiro decresce à medida que nos aproximamos da idade adulta enquanto que o segundo aumenta ligeiramente na adolescência intermédia, mantendo-se assim na adolescência tardia. O motivo “Mudei de casa/ escola/ localidade” aumenta progressivamente à medida que a idade avança, enquanto que o motivo “Mudei a minha vida” apresenta um elevado crescimento na adolescência tardia. Para a análise da variação dos motivos de abandono em diversas épocas de vivência da adolescência foram constituídos três grupos de acordo com o ano de nascimento: Grupo I – nascidos entre 1931 e 1975; Grupo II – nascidos entre 1976 e 1982; Grupo III – nascidos entre 1983 e 1986. Os resultados estão expressos na Figura 3.

Figura 3. Sports dropout and adolescence

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Os principais motivos de abandono mantêm a mesma ordenação relativa de importância com o decorrer dos anos sendo “Falta de tempo para a escola/ horário escolar incompatível” o mais mencionado em todos os grupos. As excepções são o abandono por início de uma actividade laboral, apenas significativo no grupo dos sujeitos mais velhos (grupo I), e o abandono porque “Os treinos ocupavam muito tempo”, referido entre os cinco principais motivos de abandono apenas no grupo cuja adolescência decorreu mais recentemente (grupo III). Os motivos “Já não me divertia nos treinos” e “Comecei outra actividade que me dava mais prazer” têm uma tendência crescente à medida que nos aproximamos dos dias de hoje. Há no entanto uma valorização em adolescências mais recentes dificuldade de compatibilizar actividade desportiva e actividade escolar.

4 – Discussão

Os dados acima referidos indicam que os cinco principais motivos de abandono desportivo na adolescência são “Falta de tempo para escola/ Horário escolar incompatível”, “Comecei outra actividade que me dava mais prazer”, “Mudei de casa/escola/localidade”, “Já não me divertia nos treinos” e “Mudei a minha vida” Estes motivos são os mais mencionados independentemente da modalidade em causa. Para estes motivos a variação de género apenas aparece na importância dada ao primeiro motivo mais mencionado, “ Falta de tempo para a escola/ horário escolar incompatível”. As raparigas referem com maior expressão este motivo para abandonarem a prática de uma modalidade desportiva, fazendo parecer que as actividades escolares têm um papel mais importante na vida das raparigas, ao passo que os rapazes referem outros motivos de uma forma mais distribuída. Estes dados estão de acordo com as investigações realizadas anteriormente e referias por Gould (1987), que menciona a incompatibilidade entre diversas actividades desenvolvidas pelos adolescentes, nomeadamente a escola e outras actividades que suscitem mais interesse. Quando tentamos perceber qual a variação dos motivos em diversas fases da adolescência, constatamos que os motivos são os mesmos ao longo da adolescência variando mais uma vez a importância que cada um tem. As actividades escolares vão ganhando importância à medida que o adolescente se aproxima da idade adulta. As mudanças na vida, na sua generalidade, parecem condicionar a prática desportiva mais no final da adolescência, ao passo que o prazer que a actividade proporciona é mais mencionado nos anos intermédios. As mudanças de local de residência ou de escola vão crescendo com o decorrer desta fase da vida. Numa tentativa de perceber se as vivências da adolescência, mais concretamente, os motivos que levam ao abandono desportivo, sofreram alterações ao longo dos anos, percebemos que os sujeitos que foram adolescentes há mais de 10 anos atrás abandonaram o desporto que praticavam pelos mesmos motivos que os adultos cuja adolescência decorreu na última década, à excepção do motivo “Comecei a trabalhar”, que é significativo no primeiro grupo. Os sujeitos que viveram a adolescência nos últimos cinco anos referem com mais expressão as questões de compatibilidade de horários entre a escola e os treinos. Mencionam também mais claramente o abandono por falta de diversão e prazer na modalidade praticada.

5 – Conclusões

O estudo apresentado resulta de uma investigação diferente daquela realizada mais frequentemente na área do abandono desportivo. Por este motivo não foram encontradas outras investigações com as mesmas características, o que limita possíveis comparações de dados. A primeira conclusão prende-se com o facto de não haver alteração de motivos de abandono em modalidades distintas, o que demonstra que o abandono desportivo não é um fenómeno de cada modalidade por si, mas uma realidade comum às diversas práticas desportivas. Seguidamente a conclusão que mais se evidencia diz respeito à interligação existente entre as actividades desportivas e a estrutura e organização escolares. Podemos mesmo referir que há um condicionamento evidente da escola face à participação em actividades desportivas. Este condicionamento é tanto maior quanto mais próximo da idade adulta está o indivíduo, logo, quanto maior for o grau de escolaridade. Parece-nos mesmo que as duas actividades deixam de ser compatíveis a partir dos 17 anos de idade. Outro factor a ter em conta diz respeito ao prazer que a prática de uma modalidade desportiva proporciona. Uma grande percentagem afirma abandonar por falta de divertimento ou porque outras actividades lhe suscitam maior interesse. Talvez seja importante tentar perceber se a falta de divertimento e prazer numa modalidade desportiva tem como origem alterações de gostos e interesses característicos do natural crescimento e desenvolvimento do adolescente em direcção ao estado adulto, ou se a causa reside na oferta, organização e implementação das modalidades desportivas. Por último parece um factor a ter em conta a referência feita pelos adolescentes dos últimos cinco anos à falta de tempo. Este motivo vem sendo cada vez mais referido e, mais uma vez, revela a íntima relação entre as actividades escolares e as actividades desportivas.

 

6 – Bibliografia

Barreiros, J. (2005). Adolescência e desistência: Uma aproximação biossocial ao dropout desportivo. Paper presented at the Congresso Português da Vela, Lisboa.

Burton, D. & Martens, R. (1986) Pinned by the own goals. An exploratory investigation into why kids dropout of wrestling. Journal of Sports Psychology, 8, 183-197

Feigley, D. A. (1984) Psychological burnout in high-level athletes. The Physician and Sportmedicine, 12, 10, 108-119

Fonseca, A. M. (2004). O fenómeno do abandono da prática desportiva juvenil. A. Marques, A. Fonseca, J. Candeias, O. Coelho, A. Cunha, R. J. Veloso e P. Cunha (Eds). Os Jovens e o Desporto – oportunidades e dificuldades. 4. (pp. 29- 49) Confederação Desporto de Portugal Edição.

Fragoso, I. & Vieira, F. (2000). Morfologia e crescimento. Lisboa: Edições FMH.

Gallahue, D. L. & Ozmun, J.C. (2005). Compreendendo o Desenvolvimento Motor. Bebés, Crianças Adolescentes e Adultos. (3ª ed.). Phorte Editora. São Paulo

Gould, D. (1987). Understanding attrition in Children’s Sport. Advances in Pedriatic Sport Sciences. Champaign: Human Kinetics, 2, 61-85

Guillet E., S. P. (1999). Understanding drop out in female Handball: Test of tallerand’s hierarchical model of motivation. Psychology of Sport and Exercise: Enhancing the Quality of Life, 1, 220-222.

Orlick, T. D. (1973) Children’s sport – A revolution is coming. Canadian Association for Health, Physical Education and Recreation Journal, January-February, 12- 14

Pooley, J. C. (1981) Drop-outs from sport: A case study for boys age-group soccer. Comunicação no Encontro da American Alliance for Health, Physical Education, Recreation, and Dance Congress, Boston, MA

Weiss, M. C., E., Gill, D.,& Smith, A. (1999). Motivation and physical activity across the lifespan: Theory, research, and practice. Psychology of Sports and Exercise: Enhancing the Quality of Life, 1, 280-282. 10th European Congress of Sport Psychology

Silva, A. J., Raposo, J. V. & Frias, C. (2005). Abandono da prática desportiva no desporto infanto-juvenil. Treino Desportivo, Dez, 60-65.

Vieira, A. S., Nogueira, B. A., Barreiros, J. & Carvalho, J. (2005). Motives for Sports Dropout in Adolescence. Poster presented at 2005 AIESEP Conference “Active Lifestyles: The Impact of Education and Sport” Lisboa. Abstract Book.

7 – Agradecimentos

Agradecemos à Doutora Margarida pelo constante apoio, dedicação e incentivo que nos permitiu concluir esta comunicação. Agradecemos ainda a todas as instituições que permitiram a recolha de dados para a realização deste estudo, em especial à Confederação dos Desportos de Portugal, na pessoa do Dr. José Carvalho.

ÚLTIMO RECURSO

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