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18 Jun 2012

Relationship between distribution zone and attack efficacy in elite men’s volleyball.

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This study analized the effect of the setting zone over the attack’s efficacy, in high level men’s volleyball. The sample consisted in 720 setting actions, retrieved from 44 sets of the European Championship Finals of 2005, and of one of the Intercontinental Pools of the World League 2005.

Autor(es): José Afonso, Isabel Mesquita & Rui Marcelino
Entidades(es): Universidade do Porto
Congreso: II Congreso Internacional de Ciencias del Deporte
Pontevedra 2008
ISBN:9788461235186
Palabras claves: Volleyball, setter, setting zone, match analysis

Relationship between distribution zone and attack efficacy in elite men’s volleyball

RESUMEN COMUNICACIÓN/PÓSTER

This study analized the effect of the setting zone over the attack’s efficacy, in high level men’s volleyball. The sample consisted in 720 setting actions, retrieved from 44 sets of the European Championship Finals of 2005, and of one of the Intercontinental Pools of the World League 2005. In order to determine the ideal setting zone, a pilot study was made, in which 20 coaches were inquired. Once the setting zones had been delimitated, the videos of the matches were digitalized. Descriptive statistics were calculated, along with inferential data, through application of the Chi-Square (X2) and adjusted residuals. The level of significance was estabelished in 5%. The present study revealed that the points conquered through attack are associated with setting within the zone which the coaches have considered to be the ideal zone for the setter to play in. Inversely, attack errors associate with the zone considered the least favorable for the action of setting. Data confirms that the convictions of the coaches relative to the delimitation of the setting zones translates with meaning to the match dynamics and regularities. The ideal zone for setting, in high level men’s volleyball, situates between 4 metres from the left line, 2 metres from the right line, and 1 metre from the middle line or net.

INTRODUÇÂO

O Voleibol, sendo um desporto de cooperação-oposição, é constituído por duas fases fundamentais, o ataque e a defesa. A investigação tem mostrado, sistematicamente, que para vencer um jogo as equipas devem obter elevados rendimentos na fase de ataque (Dottax, 1987; Boucher, 1993; Fernandes and Moutinho, 1996; Bellendier, 2002; Mesquita et al., 2002; Cunha and Marques, 2003; Fotia, 2003). Actualmente, as variações do ataque obrigam o distribuidor a ter uma habilidade diferenciada para obter sucesso na sua posição. Combinando habilidades coordenativas e técnicas, na tentativa de obter a melhor solução para cada situação de jogo, o distribuidor, “cérebro da equipa”, assume-se como importante na finalização do ataque (Oliveira, 2003). A avaliação das acções de jogo do distribuidor tem assentado em desajustados instrumentos da observação ou em opiniões empíricas dos treinadores (Moutinho, 2000). A zona 2/3 é a mais referida pela literatura (Selinger, 1986; Hebert, 1991; Moutinho,1993, 2000; Mesquita e Graça, 2002; Papadimitrou et al.,2004) como a zona ideal de distribuição. Contudo, é possível que esta zona não seja a mais adequada e que não permita discriminar as boas distribuições das restantes. O distribuidor, no Voleibol de alto nível, assume a função central no desenvolvimento estratégico do jogo (Selinger, 1986; Neville, 1990; Hippolyte, 1998; Mesquita e Graça, 2002), sendo-lhe colocados problemas de decisão e adequação da resposta, devido à aceleração com que decorrem as acções de jogo e, consequentemente, à crise de tempo que tem para contactar a bola. Exige-se ao distribuidor que decida rapidamente para que zona vai efectuar o passe de ataque, em função do adversário e dos seus colegas de equipa (Pereira, 1998). Assim, com a crescente complexidade das acções ofensivas de jogo, o êxito das acções ofensivas está cada vez mais dependente das acções do distribuidor (Moutinho, 1993). Moutinho (2003) afirma que o bom distribuidor e/ou a boa distribuição é aquela que transforma más condições iniciais em boas condições de finalização, contribuindo para um sucesso ofensivo. Selinger (1986) afirma que bons rematadores com distribuidores medíocres não podem fazer uma boa equipa, mas um bom distribuidor com rematadores medíocres faz uma equipa relativamente boa. Corroborando, Hippolyte (1998) considera que o distribuidor é o “pivot” da equipa, e sempre que uma equipa possui um bom distribuidor estaria pré-determinada para o sucesso em qualquer nível. Então, parece existir uma relação entre a distribuição e o ataque. Como tal, o nosso estudo pretende caracterizar as acções e as zonas de intervenção do jogador distribuidor, associando a zona da distribuição com o efeito do ataque.

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Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº8.

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METODOLOGIA

Caracterização da Amostra Foram observadas e analisadas 720 acções de distribuição, retiradas de 44 sets (12 jogos) disputados durante a fase final do Campeonato da Europa 2005 e numa das Poules intercontinentais da Liga Mundial 2005, ambos em seniores masculinos.

Variáveis em Análise

Zona de Distribuição

Para a definição do modelo espacial de observação, foi realizado o estudo prévio no sentido de definir zonas de distribuição optimizadas do jogo ofensivo. Este consistiu na aplicação de um questionário e na observação de jogos de equipas de alto rendimento. O questionário foi aplicado a peritos do Voleibol, sendo a amostra constituída por 20 treinadores, 16 dos quais pertencentes a equipas nacionais portuguesas e 4 a treinadores internacionais de alto rendimento. Os resultados apontam para a existência de mais do que uma zona de distribuição, na medida em que actualmente o distribuidor consegue, de diferentes zonas do campo, acções de distribuição eficazes. Verificou-se a tendência para a existência de uma zona alargada junto à rede, uma zona imediatamente a seguir (de menor dimensão) e uma zona mais afastada. No sentido de definir espacialmente, recorreu-se à observação de nove sets de equipas de alto de rendimento, com a digitalização de imagens. Observamos 1 set das equipas da Itália, Croácia, Brasil, Japão, Espanha, Rússia e mais 2 sets de Portugal de diferentes jogos, num total de 150 acções. Digitalizamos uma figura de acordo com as indicações dos peritos (Figura 1): Zona negra – teoricamente, permite todas opções de ataque. Delimitação espacial: a 4 m da linha lateral esquerda, a 2 m da linha lateral direita e a 1 m da linha central. Zona cinzenta – teoricamente, permite 2 ou 3 opções de ataque. Delimitação espacial: a 1 m da linha central, a 5 m da linha lateral esquerda e a 2 m da linha lateral direita. Zona branca – teoricamente, permite 1 ou 2 opções de ataque. Delimitação espacial: toda a área restante.

Figura 1. Factores de riesgo de lesión en atletas

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

FIGURA 1 -Zonas de distribuição

Efeito do ataque

Foram consideradas quatro categorias, as quais abrangem os diferentes efeitos que a iniciativa de ataque pode ter (adaptado de Moutinho, 2000): Ponto – A equipa pontua. (A bola atinge directamente o solo; A bola atinge o bloco ou a defesa mas perde-se; O bloco faz falta). Erro – A equipa em posse da bola não consegue finalizar. (Ataque falhado – rede, fora ou falta -, Ataque contra o bloco, caindo a bola dentro do próprio campo – Kill block). Continuidade – A acção de ataque não se traduz numa acção terminal, havendo continuação da jogada, por parte da equipa adversária ou da própria equipa, após esta ter sido defendida ou devolvida pelo bloco, respectivamente. Devidese em C1 – ataque que permite o contra-ataque ao adversário, e C2 – ataque que não permite o contra-ataque organizado e ataques que ressaltam e ficam do lado da equipa que atacou.

Procedimentos da Recolha de Informação

Os jogos foram gravados, visualizando-se o campo longitudinalmente, sendo a equipa observada a que se encontrava do lado da câmara. De modo a permitir maior precisão e fiabilidade das observações, os vídeos foram digitalizados, através do programa Pinnacle Studio, onde se desenhou as duas zonas de distribuição a utilizarmos (modelo topográfico). Procedimentos Estatísticos

Para testar a associação entre as variáveis utilizámos o qui-quadrado (X2), com análise dos resíduos ajustados. O nível de significância considerado foi de 5%. Utilizamos também o teste de Monte Carlo, quando se constatava que o valor da frequência em mais de 20% das células era inferior a 5. Foi utilizado para o tratamento dos dados o programa SPSS (Statistical Program for Social Sciencs) na versão 14.0. Fiabilidade da Observação Foram observadas 144 acções, correspondendo a 20% do total de acções observadas. A qualidade dos dados observados e registados foi comprovada com a elevada percentagem de acordos inter-observador (acima de 80%) (Van der Mars, 1989) e pelos valores de kappa (superiores a 0,75) (Bakeman & Gottman, 1989) observados em todas as variáveis.

Resultados

No efeito do ataque, o ponto foi o resultado dominante (52,6%), seguindo-se o efeito de erro (19,2%), por último a C2 (14,4%) e C1 (13,8). A análise da relação estabelecida entre as variáveis zona de distribuição e o efeito do ataque é apresentada no Quadro 1. Estatisticamente, esta associação prova-se significativa (X2= 27,455; p?0,001), havendo uma relação de dependência entre estas variáveis. As células que contribuíram para esta associação significativa foram as relativas à distribuição na Zona preta e Zona branca, em que sucederam ataques ponto, continuidade (1) e erro, tendo em conta que os valores dos seus resíduos ajustados se situarem fora do intervalo -2 a 2. Numa análise genérica, constata-se que o efeito do ataque ponto, continuidade 1 e erro está associado à zona onde se realiza a distribuição. Dentro das células que se provaram significativas, contribuíram pela positiva, os ataques que originaram efeito ponto precedido de uma distribuição na Zona preta e o ataque que originou erro antecedidos de distribuição na Zona branca. Pela negativa, pois revelaram valores inferiores ao esperado, contribuíram os ataques que originaram ponto resultantes de distribuição da zona branca, os ataques continuidade 1 realizados da Zona preta, e os ataques que originaram erro antecedidos de distribuição realizada na Zona preta.

Quadro 1. Factores de riesgo de lesión en atletas

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

QUADRO 1 – Tabela de contingência para o jogador que finaliza em função da zona de distribuição

A Zona preta, que é constituída por uma zona mais alargada ao longo da rede, é a que origina a maior parte dos ataques com efeito de ponto. Isto leva a inferir que esta zona permite aos distribuidores realizar passes de ataque que permitem condições de finalização óptimas, transformando-as em pontos. A Zona cinzenta é uma zona que não apresenta valores de associações significativos, no entanto os seus valores, de percentagem ataques que realizaram ponto passam os 50% (51,5%); estando as outras percentagens distribuídas semelhantemente pelas outras categorias. Isto revela também a capacidade de concretização do ponto nesta zona. Todavia, a percentagem de realização do ponto vai diminuindo de Zona preta (63,5%), para Zona cinzenta (51,5%), e por último para Zona branca (41,9%). Estes aspectos levam-nos a concluir a importância de distinção de 3 zonas de intervenção do jogador distribuidor no jogo de Voleibol de alto nível.

Conclusão

Os resultados obtidos pelo presente estudo confirmam plenamente as convicções dos treinadores na delimitação das zonas ideais de distribuição, sendo actualmente a zona situada entre 4 m da linha lateral esquerda, a 2 m da linha lateral direita e a 1 m da linha central, a ideal para distribuir no Voleibol masculino de alto nível.

 

Referencias

Bakeman R, Gottman JM. Observación de la interacción: Introducción al análisis secuencial. . Madrid: Ediciones Morata, S. A.; 1989.

Bellendier, J. (2003). Una visión analítico-descriptiva del Mundial de Voleibol ‘Argentina 2002’. Efdeportes – Revista Digital, ano 9, 60. http://www.efdeportes.com/efd60.

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