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15 Jun 2012

Evaluate the behavioural response, after the auditive identification, towards the goalball shot

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This study was to evaluate the behavioural response, after the auditive identification, towards the Goalball (GB) shot.

Autor(es): Gaspar, E.; Botelho, M.; Silva, A. & Corredeira, R
Entidades(es): Universidade do Porto
Congreso: II Congreso Internacional de Ciencias del Deporte
Pontevedra 2008
ISBN:9788461235186
Palabras claves: Visual Impairment, Goalball, Defensive Action, Reaction Time, Behavioural Response Reaction Time, Behavioural Response.

Evaluate the behavioural response, after the auditive identification, towards the goalball shot

ABSTRACT

This study was to evaluate the behavioural response, after the auditive identification, towards the Goalball (GB) shot. For a better understanding of this general goal, we have specified other targets, taking in account the efficiency of the defensive movement; the years of practicing; and the part of the body used during defense. The sample was composed of a male GB team (Nationals Championship and Cup 2006/7) (N=6 with Visual Impairment), analyzing a total of 208 defensive actions. In order to better respond to the present targets, we have used multimedia tools which were used to record the defensive actions from this team during the matches from the above mentioned competitions. A post-treatment computer’s program (APAS) was used to rework the collected images. The statistical treatment involved descriptive statistics (central tendency/dispersion measures) and inferential statistics using Mann-Whitney and Anova tests. With the results obtained we concluded that the average reaction time from the players after the first impact from the ball on the floor is 0,39s±0,27s; they achieved a success rate on defensive efficiency around 86%. The most used part of the body was the upper body (trunk). However, taking in account the specific targets, we also conclude, that there are no differences concerning the reaction time, neither for an efficient defense nor for an efficient one. A trend was detected on the beginners: sooner reactions correspond to more goals being suffered. We also observed that the experienced players reacted faster in a first moment, judging however for the right time to go for the ball. Besides that, the experienced players have reacted quicker than the beginners, showing clearly a trend to analyze the multiple aspects involved in the opponent’s attack. Finally, and considering the most used part of the body, the slowest reaction time was associated with the Lower Limbs.

1. INTRODUÇÃO

Reconhecemos que a realização deste estudo se revela pertinente e importante, uma vez que são poucos os trabalhos realizados nesta área, sobretudo no que diz respeito à análise de jogo. Assim, pretendemos incentivar a realização de mais trabalhos, no sentido de enriquecer a modalidade e elevar o nível de competitividade. Para percebermos o mundo, dependemos das informações fornecidas pelos nossos órgãos dos sentidos (olhos, ouvidos, pele, nariz, língua). Sendo que cada um destes órgãos é sensível a diferentes estímulos físicos e cada um contribui com informações diferentes (Gazzaniga & Heatuerton, 2005).

Quando existe a falta de um deles, os outros terão de assumir uma importância diferente, sobretudo quando se verifica a falta de visão, o sentido da distância por excelência (Gleitman, 1999). Segundo Ochaita e Rosa (1995), a DV tem como principal característica a privação total ou parcial da informação pelo canal sensorial que é responsável pela visão. Tal facto induz o indivíduo a determinadas características das quais se pode destacar o sedentarismo. Uma das formas de combater esta realidade poderá ser através da prática de actividade física. O Goalball modalidade específica para a DV foi criada com o intuito de permitir que o atleta sem visão pudesse praticar um desporto quer de forma recreativa quer competitiva. Sendo um Jogo Desportivo Colectivo, acaba por estar envolvido em actividades ricas em situações imprevistas às quais o indivíduo que joga tem que responder e em que o comportamento dos jogadores é determinado pela interligação complexa de vários factores (de natureza psíquica, física, táctica, técnica, …) (Garganta, 1998). Desta forma e com a finalidade de orientar as suas acções em campo, os jogadores devem ser capazes de percepcionar de diversas formas a situação do meio envolvente e relacioná-la com a sua própria actividade (Tavares, 1998).

Efectivamente, a informação flui desde o órgão sensorial que a capta, passa pelo sistema nervoso que a transforma e chega à estrutura muscular que executa a resposta (Alves e Brito, 1995). Para que se possa perceber qual a importância da ocorrência da velocidade do processamento da informação no desporto, estuda-se o tempo de reacção, sendo este definido pelo tempo que decorre desde o aparecimento do estímulo até à execução da resposta motora apropriada (Tavares, 1993). Desta forma, pretendemos neste estudo avaliar a resposta comportamental do jogador de Goalball, após a identificação auditiva face ao lançamento, observando e comparando essa resposta quer em termos da eficácia do gesto defensivo, como dos anos de prática (comparando atletas iniciantes e experientes), bem como tendo em conta que parte do corpo é utilizada na defesa.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização da Amostra

A nossa amostra foi constituída por 6 jogadores de Goalball, todos pertencentes ao género masculino e com idades compreendidas entre os 18 e os 49 anos de idade, com uma média de 33,7 ± 13,8 anos. Destes atletas três praticaram a modalidade há mais de 10 anos, enquanto os restantes três praticaram há menos de quatro anos. Foram recolhidas imagens de vídeo das provas do Campeonato Nacional de Goalball, bem como da Taça de Portugal, durante a época desportiva 2006/2007, tendo sido analisadas neste trabalho 208 acções defensivas desta equipa. Variáveis em Estudo A recolha e análise das imagens recolhidas em vídeo, permitiu-nos recolher as seguintes variáveis: Tempo de reacção (TR) Ao longo do nosso trabalho, foi considerado como tempo de reacção o espaço de tempo que vai desde do momento em que se dá o primeiro impacto da bola no chão até ao instante em que o jogador esboça o primeiro movimento de defesa, sendo excluída desta forma uma fase de preparação que o atleta tem, uma vez que a bola mesmo antes de ser lançada produz som que permite ao atleta percepcionar a posição do adversário com bola. Consideramos igualmente no nosso estudo que o tempo de reacção que avaliamos é o tempo de reacção simples, uma vez que o jogador reage sempre ao mesmo estímulo auditivo (bola), dando uma resposta motora, que embora variando na sua execução, é sempre a mesma, ou seja defender a sua baliza. Não foram incluídas nesta amostra de 208 acções defensivas, situações em que o jogador reage antes ou ao mesmo tempo que a bola toca no chão. Parte do corpo utilizada na defesa No que se refere à colocação do corpo na defesa, observamos em todas as acções defensivas com que parte do corpo se realizava a defesa da bola.

Para tal, dividimos o corpo em três grandes grupos: a) os membros superiores (MS), onde consideramos as mãos, os antebraços e braços; b) o tronco onde contamos com a defesa realizada com peito ou zona abdominal, incluindo zona pélvica; c) e os membros inferiores (MI), onde incluímos os pés, pernas e coxas. De salientar, que embora muitas vezes o jogador corrija a defesa com outra parte do corpo, a que foi tida em conta no nosso estudo foi a primeira parte a entrar em contacto com a bola. Eficácia do gesto defensivo Como eficácia do gesto defensivo entendemos a defesa ou não da bola, ou seja, o impedimento ou não da concretização de golo pela equipa adversária. Contudo, nas situações em que o atleta conseguia tocar a bola mas por algum motivo necessitava da ajuda do colega para esta não entrar dentro da baliza, foi considerada não eficácia na defesa. Por outro lado, as bolas que saíam fora, já dentro da área de lançamento da equipa defensiva, foram incluídas no grupo da eficácia na defesa, uma vez que apesar da bola não chegar até à linha dos jogadores ou à baliza, os defesas reagiram sempre em todos os ataques e orientando-se no seguimento da trajectória da bola. Anos de prática Tendo presente o tamanho reduzido da nossa amostra, consequência do estudo de uma equipa apenas, trabalhamos com o maior número possível de atletas. Desta forma, e relativamente aos anos de prática, optamos por dividir a amostra em dois grupos: o grupo dos “iniciantes” onde incluímos os jogadores com menos de quatro anos de prática; e o grupo dos “experientes” com mais de dez anos de prática.

3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Tempo de Reacção e Eficácia Defensiva

Como podemos observar pelo Quadro seguinte, e em termos da amostra total, o TR não apresentava diferenças estatisticamente significativas entre a concretização ou não de golo (p=0,864). Ao nível dos iniciantes verificámos a existência de uma tendência não significativa para quando o TR é mais curto há uma menor eficácia defensiva (p=0,137). Quanto aos experientes, não encontramos diferenças estatisticamente significativas entre a concretização ou não de golo (p=0,570).

Quadro 3 – Tempo de Reacção e Eficácia Defensiva no total da amostra e entre iniciantes e experientes.

Quadro 3. Evaluate the behavioural response, after the auditive identification, towards the goalball shot

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Tempo de Reacção e Anos de Prática No Quadro 4 podemos verificar que existem diferenças estatisticamente significativas (p=0,000), revelando que os experientes reagem mais rápido à bola do que os iniciantes. Desta forma, podemos observar que, tanto na média como no desviopadrão, os experientes (?=0,324±0,207) apresentam valores relativamente mais baixos do que os iniciantes (?=0,547±0,319).

Quadro 4 – Tempo de Reacção entre iniciantes e experientes.

Quadro 4. Evaluate the behavioural response, after the auditive identification, towards the goalball shot

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Tempo de Reacção e Parte do Corpo utilizada na Defesa Pela análise da tabela que se segue, podemos verificar que quando o defesa opta pela utilização dos MI o TR é mais baixo (?= 0,314). Sendo que, quando defende com os MS a média do seu TR apresenta-se mais alta (?=0,434). Podemos ainda observar que as diferenças são estatisticamente significativas (p = 0,037) quando o jogador defende com as diferentes partes do corpo.

Quadro 5 – Tempo de Reacção e Parte do Corpo utilizada na Defesa (entre iniciantes e experientes.

Quadro 5. Evaluate the behavioural response, after the auditive identification, towards the goalball shot

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DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Tempo de Reacção e Eficácia Defensiva

Antes de discutirmos os resultados obtidos relativamente a este ponto, gostaríamos de salientar, que não foram consideradas as diferentes trajectórias realizadas pela bola em relação ao defesa, ou seja, se a bola era cruzada ou directa, uma vez que ao realizarmos o teste Anova, para compararmos a variável independente TR entre as três posições de ataque (A, B ou C), pudemos constatar que não existiam diferenças estatisticamente significativas a este nível na nossa amostra (p=0,068). Discutindo sobre a o TR e a Eficácia defensiva e tendo em conta os resultados obtidos no nosso estudo, a nível global podemos dizer que não existem muitas diferenças no que se refere ao tempo de reacção e à concretização de defesa com eficácia ou não, ou seja, não existiram diferenças ao nível do tempo dispendido quer quando a defesa foi concretizada com sucesso, como quando efectivamente entrou golo ou o jogador não conseguiu por si só opor-se à bola. Este facto prende-se igualmente com a experiência dos jogadores, uma vez que quando analisados os dados por tempo de prática, verificamos que existe uma tendência nos iniciantes para sofrerem mais golos, quando reagem mais cedo, acreditando nós que isto está relacionado com o pouco hábito para diferenciar todas as informações que surgem. Verificamos assim que o jogador iniciante quando ouve a bola reage imediatamente na direcção da mesma, lançando o seu corpo, sem no entanto ponderar quando efectivamente deve fazê-lo, analisando a direcção e velocidade que a bola traz. Quando observamos os dados do grupo dos jogadores experientes verificamos que são mais rápidos a reagir. Contudo embora esbocem um movimento, dando sinal de reacção, eles não se lançam imediatamente para a bola, optando por esperar um pouco mais, analisando a trajectória e a velocidade da mesma e só depois colocam o corpo para defender. Desta forma, o segundo grupo revelou resultados mais eficazes.

Tal facto é comprovado com a frequência de defesas não eficazes, ou seja, para 65 acções defensivas realizadas pelo grupo dos iniciantes, 13 foram incluídas no grupo da não eficácia. Portanto, para 143 acções defensivas do grupo dos experientes, 16 foram incluídas no grupo da não eficácia. Verificamos assim, que para o dobro das acções defensivas, o grupo dos experientes, realizou com não eficácia aproximadamente o mesmo número de acções defensivas que o grupo dos iniciantes, quando estes apenas tiveram 65 acções. Tempo de Reacção e Anos de Prática Ao analisarmos o TR em relação aos anos de prática podemos constatar, como acima referimos, que efectivamente os mais experientes reagem mais rápido que os iniciantes. Há, contudo, algumas diferenças, uma vez que os experientes reagem primeiro, mas não se lançam imediatamente à bola, revelando uma tendência para analisarem os vários factores implícitos no ataque adversário; a posição de partida da bola, a velocidade e trajectória que a mesma faz e se eventualmente traz algum efeito. Daí que, mesmo reagindo primeiro, ou seja, esboçando rapidamente qualquer movimento, não reagem de imediato com o corpo para a defesa. Por seu lado, o grupo dos iniciantes demora mais tempo a reagir. Mas assim que reage não tem em consideração todas as informações acima referidas e precipitam o seu corpo para a defesa. Acreditamos, por isso, que se os iniciantes demorassem mais algum tempo a reagir com o corpo analisando melhor as informações circundantes, obteriam uma maior eficácia defensiva. Dos poucos estudos encontrados, mencionados em seguida, nenhum analisou estas variáveis numa perspectiva de jogo no Goalball. Contudo poderemos referir algumas investigações que relacionaram o tempo de reacção com os anos de prática. Sem estar incluído no grupo das modalidades de desporto adaptado, Tavares (1993) realizou um estudo com 99 jogadores de basquetebol com dois níveis de experiência e observou que o grupo dos experientes revelou-se igualmente mais rápido a reagir, indo de encontro aos resultados por nós obtidos. Pereira (1998) efectuou um estudo com 42 indivíduos com Deficiência Visual (DV) de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 17 e os 57 anos, divididos em dois grupos relativamente à prática desportiva (praticante e não praticante) e obteve como resultado do estudo na comparação do tempo de reacção simples com o tempo de prática que os menos experientes revelaram tempo de reacção mais curtos.

Este autor acredita que tal se deve às estratégias utilizadas pelos testados, que privilegiando a rapidez ou por outro lado dando mais ênfase à exactidão da resposta, retraíam-se assim na antecipação. Um outro estudo foi levado a cabo por Moreira (2006), onde efectivamente comparou estas mesmas variáveis num grupo de 23 atletas do sexo masculino, 13 praticantes de goalball e 10 de futsal, com idades compreendidas entre os 23 e os 52 anos, dividindo os atletas em três grupos de acordo com a experiência competitiva, um grupo com experiência competitiva inferior a 10 anos, outro grupo com 11 a 20 anos de experiência e um terceiro grupo com experiência superior a 21 anos. Este autor pode concluir que os atletas com maior experiência competitiva apresentaram piores resultados nas vertentes de tempo de reacção simples manual e tempo de reacção de escolha pedal, em relação aos atletas mais jovens, sendo essas diferenças estatisticamente significativas. Sendo ainda, que em relação à experiência competitiva, os resultados identificam uma relação linear positiva com a idade dos atletas, aumentando o tempo de reacção à medida que aumentam os anos de prática dos atletas, parecendo ser também os atletas mais experientes, aqueles que elaboram mais rapidamente, a resposta mental ao estímulo apresentado. Sendo que este último ponto vai de encontro aos resultados por nós obtidos, uma vez que efectivamente nos parece haver uma tendência para os mais experientes elaborarem mais rapidamente a resposta mental ao estímulo apresentado. Tempo de Reacção e Parte do Corpo utilizada na Defesa Relativamente ao tipo de defesa, no que se refere à parte do corpo utilizada para defender a bola, podemos observar após análise dos resultados obtidos que se verificaram diferenças estatisticamente significativas quando o jogador defende com determinada parte do corpo. Foi possível observar que quando utilizados os membros inferiores o TR assume valores mais baixos e quando se defende com os membros superiores o TR é por sua vez mais alto. Desta forma, acreditamos que tal facto se pode dever a ser mais rápido estender os MI, mesmo quando parte destas a força necessária para o deslize. Por sua vez, os MS acabam por desempenhar funções que os limitam em termos de rapidez na colocação da melhor posição para defender, uma vez que são peças fundamentais no estabelecimento do equilíbrio na posição defensiva e posterior impulsão para o deslize, quando executado por força destes.

Podemos ainda referir que a utilização do tronco e dos MI poderá ser mais utilizada, com o objectivo de tornar menos dolorosa a defesa da bola e evitar o contacto da bola na cara. Não encontramos nenhum estudo que reflectisse sobre este ponto. Apenas Rodrigues (2004) havia estudado sobre o tipo de defesa no Goalball, observando em 22 jogadores do sexo masculino como colocavam o corpo na defesa, ou seja, se o defesa direito e esquerdo colocam mais ou menos vezes a parte superior do corpo para o centro do campo e como coloca o corpo o defesa central exactamente referente a este ponto. Embora este estudo não vá de encontro ao por nós aqui exposto, pode ajudar-nos, no sentido em que poderá ser um referencial a ter em conta no planeamento do treino da acção defensiva.

4. CONCLUSÃO

Como pontos fundamentais para avaliar a resposta comportamental após a identificação auditiva face ao lançamento de Goalball consideramos: o tempo que o atleta despende desde que a bola toca pela primeira vez no solo e o seu primeiro movimento de reacção à mesma; a eficácia defensiva, ou seja, se o jogador consegue ou não impedir que a bola cruze a linha de golo da sua baliza; e a parte do corpo utilizada para defender a bola. Tendo em conta os pontos acima referidos e o facto deste estudo analisar uma única equipa, pudemos concluir de forma geral que o tempo de reacção médio dos jogadores desta equipa após o primeiro impacto da bola no solo é de ? = 0,39s ± 0,27s. Relativamente à eficácia defensiva foi possível observar que em 208 acções defensivas, apenas 29 não foram eficazes (14%), ou seja, tiveram 86% de sucesso na defesa, revelando valores positivos indicadores de que é uma equipa que consegue impedir a marcação de golo pela equipa adversária com elevada eficácia. No que se refere à parte do corpo utilizada para defender a bola, o tronco, logo seguido dos MI, aparecem com maior incidência, muito devido ao trabalho realizado durante os treinos, uma vez que facilita a recuperação rápida da bola para novo ataque. Esta observação é coerente o conhecimento particular que nós temos da equipa, isto é, um dos seus pontos fortes é o contra-ataque.

Contudo, este estudo procurou explorar um pouco mais a temática a que nos propusemos analisar. Desta forma e no sentido de responder aos objectivos específicos colocados, podemos concluir que: (i) não existem diferenças no que se refere ao tempo de reacção dispendido, quer quando a defesa foi eficaz, quer quando não foi; (ii) verificou-se uma tendência nos iniciantes para quando reagem mais cedo sofrerem mais golos; (iii) no que diz respeito aos experientes verificamos que reagem mais rápido num primeiro momento, ponderando contudo o momento certo para se lançarem à bola, revelando maior capacidade de análise aos estímulos ambientais; (iv) os jogadores experientes reagiram mais rápido que os iniciantes, revelando uma tendência para analisarem os vários factores implícitos no ataque adversário; (v) no que se refere à parte do corpo utilizada na defesa, o tempo de reacção mais baixo relacionou-se com os MI; por seu lado os MS relevaram uma tendência para valores mais altos de reacção. Estamos cientes das dificuldades e limitações da concretização deste estudo que, sendo um estudo inovador, muitos foram os obstáculos que se colocaram no nosso caminho. Não encontramos, ao longo das nossas pesquisas, nenhum estudo que tivesse analisado estas variáveis e em contexto de jogo, daí que não possuímos nenhum termo de comparação. A discussão que fizemos dos nossos resultados foi essencialmente baseada no trabalho que temos vindo a desenvolver na modalidade ao longo dos últimos anos e sobretudo com o estudo que desenvolvemos. Acreditamos que poderão estar implícitos ainda mais factores que não estão expostos, mas daí a necessidade de se continuar a investir nesta área.

 

References

Alves, J.; Brito, A. Tempo de reacção e processamento da informação. In Psicologia – Revista da Associação Portuguesa de Psicologia. Vol.10, nº 1-2, pp. 89-115. Edições

Cosmos e Associação Portuguesa de Psicologia. Lisboa, (1995).

Garganta, J. Para uma teoria dos Jogos Desportivos Colectivos. In A. Graça; J. Oliveira (Ed.) O Ensino dos Jogos Desportivos (3ª ed., pp. 11-25). Centro de Estudos dos Jogos

Desportivos. FCDEF-UP. Porto, (1998). Gazzaniga, M.; Heatherton, T. Sensação, percepção e atenção. In Ciência Psiologica: mente, cérebro e comportamento (pp. 144-179). Tradução de Maria Adriana –

Veronese. Artmed. Porto Alegre, (2005).

Gleitman, H.. Processos Sensoriais. In Psicologia. Tradução de Danilo R. Silva. 4ª edição. Fundação Calouste Gulbenkian, (1999)

Moreira, C. Tempo de reacção simples e de escolha em indivíduos portadores de Deficiência Visual, praticantes de Goalball e Futebol de 5. Dissertação de Licenciatura em Desporto e Educação Física na área de Reeducação e Reabilitação. FADEUP. Porto, (2006)

Ochaita, E.; Rosa, A. Percepção, ação e conhecimento das crianças cegas. In C. Coll; J. Palacios; A. Marchesi Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem motora. Vol.3, pp. 183-197. Porto Alegre, (1995).

Pereira, C. Estudo comparativo do Tempo de reacção simples e de escolha em indivíduos com Deficiência Visual, praticantes e não praticantes de actividades desportivas. Tese de Mestrado em Ciências do Desporto, na área de especialização em Actividade Física Adaptada. FCDEF-UP. Porto, (1998).

Rodrigues, N.; Valente, V. Estudo da diversificação do tipo de defesa no Campeonato Nacional de Goalball. In Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol.4, nº2 (suplemento), pp. 197-207, (2004).

Tavares, F. A capacidade de decisão táctica do jogo de basquetebol: estudo comparativo dos processos perceptivos-cognitivos em atletas seniores e cadetes. Tese de Doutoramento. FCDEF-UP. Porto, (1993).

Tavares, F. O processamento da informação nos jogos desportivos. In A. Graça; J. Oliveira (Ed.) O Ensino dos Jogos Desportivos (3ª ed., pp. 35-46). Centro de Estudos dos Jogos Desportivos. FCDEF-UP. Porto, (1998).

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