+34 96 633 71 35
·WhatsApp·

14 Jun 2012

Motor coordination of children in school age

//
Comments0
/
Tags
The present study seeks to compare the levels of motor coordination in scholar children in grades 5 and 6 (N=2004, 10-12 years age), one group involved and another one no taking part in extracurricular sports activities.

Autor(es): Rodrigues, M. C. C.; Botelho, M.; Vasconcelos, O.
Entidades(es):University of Porto
Congreso: II Congreso Internacional de Ciencias del Deporte
Pontevedra 2008
ISBN:9788461235186
Palabras claves: motor coordination, body composition, scholar children, extra-curricular sports activity.

Motor coordination of children in school age

RESUMEN COMUNICACIÓN/PÓSTER

The present study seeks to compare the levels of motor coordination in scholar children in grades 5 and 6 (N=2004, 10-12 years age), one group involved and another one no taking part in extracurricular sports activities. Its major aims include: (i) Researching the levels of motor coordination… as a function of the type of practice (participants / non-participants); (ii) Researching levels of motor coordination as a function of age; (iii) Researching levels of motor coordination as a function of gender The assessment of motor coordination was performed by means of the KTK (Körperkoordination Test für Kinder-Schilling, 1974) battery of tests used in various studies (Gomes, 1996; Maia & Lopes, 2002, 2003; Graf et al., 2004). The SPSS 15.0(Statiscal Package for the Social Sciences) statistics program was used for the statistical processing of data. The significance level was set at p ? 0,05. Statistical procedures included descriptive statistics (mean and standard deviation) and inferential statistics (test t of independent measurements). .The main results and conclusions obtained in this research were as follows: (i) the group of participants shows higher levels of motor coordination that those of non-participants; (ii) the levels of motor coordination improved with age; (iii) the levels of motor coordination are better in males.

1. Introdução

O desenvolvimento motor das crianças é enriquecido pelas experiências psicomotoras que acontecem no dia a dia, pelo carácter lúdico e variado dos seus jogos, tendo que ter em conta, necessariamente a tarefa disciplinadora, estruturada e orientada da Educação Física, que incorpora uma das experiências mais ricas da cultura humana – o Desporto (Maia e Lopes, 2002). Dentro deste contexto, surge a necessidade de realizar um inventário dos níveis de coordenação motora (CMotora) das crianças e poder identificar com alguma precisão aquelas com insuficiência coordenativa. A insuficiência coordenativa refere-se à instabilidade motora geral que engloba os efeitos qualitativos da condução do movimento atribuído a uma interacção imperfeita das estruturas funcionais subjacentes: sensoriais, nervosas e musculares que provocam uma moderada alteração qualitativa do movimento e produzem uma diminuição do rendimento motor (Kipard, 1976; cit. Maia e Lopes, 2002). Segundo Maia & Lopes, (2002), o conceito de coordenação motora é abordado em diferentes âmbitos, contextos e áreas científicas (controlo motor, aprendizagem motora, desenvolvimento motor, biomecânica, fisiologia, etc.). Sendo importante referir que a coordenação motora pode ser perspectivada segundo três prontos de vista: (i) biomecânico, quando se refere à ordenação dos impulsos de força numa acção motora, ordenação de acontecimentos em relação a dois ou mais eixos perpendiculares (ii) fisiológico, quando se relaciona com as leis que regulam os processos de contracção muscular entre agonistas e antagonistas, bem como os respectivos processos nervosos que lhes são subjacentes; (iii) pedagógico, quando se refere à ligação ordenada das fases de um movimento ou de acções parciais da aprendizagem de novas habilidades (Meinel e Schnabel, 1976). Segundo Kiphard e Schilling (1970, cit. Lopes, 2003) a coordenação motora é uma interacção harmoniosa e económica do sistema músculo-esquelético, do sistema nervoso e do sistema sensorial com o fim de produzir acções cinéticas precisas e equilibradas (movimentos voluntários), e reacções rápidas adaptadas à situação (movimentos reflexos). Estes autores enunciam três condições ou características que satisfazem uma boa coordenação motora: (i) adequada medida de força que determina a amplitude e a velocidade do movimento; (ii) adequada selecção dos músculos que influenciam a condução e orientação do movimento; (iii) capacidade de alternar rapidamente entre tensão e relaxação muscular. O desenvolvimento das capacidades motoras fundamental para a formação de uma base motora na criança será muito mais ampla e rica quanto maiores e mais variadas forem o número de habilidades motoras praticadas e adquiridas.

Completa la información

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº8.

¡Consíguelo aquí!

2. Material e Métodos

2.1. Descrição e caracterização da amostra

A nossa amostra é constituída por 204 alunos do 2º ciclo do Ensino Básico, com idades compreendidas entre os dez e doze anos. Nesta amostra de alunos existe um grupo praticante de modalidades desportivas extra-escolares e um grupo de indivíduos não praticantes (Quadro 1).

Quadro 1: Distribuição dos indivíduos por ano de escolaridade, sexo e prática desportiva.

Quadro 1. Motor coordination of children in school age

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

2.2 Avaliação da coordenação motora

A avaliação da coordenação motora foi realizada através da Bateria de testes KTK (Körperkoordination Test für Kinder-Schilling, 1974) utilizada em diversos estudos (Gomes, 1996; Maia & Lopes, 2002, 2003; Graf et al., 2004). A bateria KTK, utilizada para avaliar a coordenação motora global é de fácil aplicação e apresenta alta correlação entre os seus quatro testes (equilíbrio à retaguarda, saltos monopedais, saltos laterais e transposição lateral). Tratam-se de provas de solicitação motora e complexidade distintas que visam, enquanto avaliadas no seu conjunto, e depois de transformados os valores absolutos em valores relativos, segundo tabelas elaboradas pelos autores da bateria, estabelecer o quociente motor que permite classificar a criança com (i)perturbações de coordenação, (ii) insuficiência coordenativa, (iii) coordenação normal, (iv) coordenação boa (v) e coordenação muito boa. 2.3 Procedimentos estatísticos Para o tratamento estatístico dos dados utilizou-se o programa de estatística Statiscal Package for the Social Sciences (SPSS) 15.0. O nível de significância fixou-se em p ? 0,05. Os procedimentos estatísticos incluíram a estatística descritiva (média e desvio padrão) e a estatística inferencial (teste t de medidas independentes e o coeficiente de correlação de Pearson).

3. Resultados e Discussão

3.1. Coordenação motora em função do nível de prática por ano de escolaridade

Quadro 2: 5ºAno de escolaridade. Coordenação motora em função do tipo de prática. Média, desvio padrão (dp), valores de t e p.

Quadro 2. Motor coordination of children in school age

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

Relativamente ao 5ºano de escolaridade verificamos que as crianças praticantes apresentam resultados superiores às não praticantes em todas as provas de coordenação motora. De realçar que nas provas de salto monopedal (SM) e no quociente motor KTK (KTKQM) o grupo dos praticantes regista diferenças significativas (p=0,002 e p=0,029, respectivamente) superiores comparativamente ao grupo dos não praticantes.

Quadro 3: 6ºAno de escolaridade. Coordenação motora em função do tipo de prática. Média, desvio padrão (dp), valores de t e p.

Quadro 3. Motor coordination of children in school age

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

No 6º ano de escolaridade (Quadro 3) todos os resultados motores são superiores nas crianças praticantes, mas apenas o quociente motor KTK (KTKQM) apresenta um valor estatisticamente significativo (p=0,030) comparativamente com os não praticantes. A análise comparativa dos testes de coordenação motora mostra que o grupo das crianças praticantes do 5º e 6º ano de escolaridade tem na sua maioria melhores resultados comparativamente ao grupo dos não praticantes.

Gallahue & Ozmun (2002) salientam a evidência de, tendencialmente, em ambientes de maior oportunidade e estimulação motora, as crianças demonstram melhor desempenho motor. Krestschmer (2001) apresenta igualmente a importância da quantidade de material desportivo e da sua frequente utilização para um melhor desempenho nas habilidades motoras das crianças.

3.3. Coordenação motora em função do nível de prática, género e idade

Quadro 4: Praticantes. Sexo feminino. Coordenação motora. Média, desvio padrão (dp), valores de t e p.

Quadro 4. Motor coordination of children in school age

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

Ao analisar os resultados (Quadro 4), podemos verificar que o grupo do 6º ano apresenta resultados superiores em todos os testes motores e com significado estatístico (p=0,002 e p=0,053) em dois dos testes em estudo: salto lateral (SL) e transposição lateral (TL), respectivamente.

Quadro 5: Praticantes. Sexo masculino. Coordenação motora. Média, desvio padrão (dp) valores de t e p.

Quadro 5. Motor coordination of children in school age

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

No género masculino (Quadro 5) verificam-se resultados estatisticamente significativos (p=0,022 e p=0,049) para os alunos do 6º ano, nos testes motores de salto lateral (SL) e transposição lateral (TL). Na prova equilíbrio à retaguarda (ER) os alunos de 5º ano apresentam melhores, valores mas sem significado estatístico. O nosso estudo mostra diferenças estatisticamente significativas nas provas de salto lateral, (p=0,002 para o feminino e p=0,022 para o masculino) transposição lateral

(p=0,053 para o feminino e p=0,049 para o masculino) e salto monopedal (p=0,012 para o masculino) ao compararmos as provas em função da idade. Através desta análise pode-se referir que existe uma tendência geral para uma melhoria ao nível da coordenação motora com o aumento da idade. Maias & Lopes (2002) realizaram um estudo (n=4000) avaliando os níveis de coordenação motora de crianças com idades compreendidas entre os 6 e 10 anos de idade da região autónoma dos Açores e constataram um incremento significativo dos valores médios em todas as provas de coordenação motora ao longo da idade e em ambos os sexos.

3.4. Coordenação motora em função do género por ano de escolaridade

Quadro 6: 5ºAno de escolaridade. Coordenação motora. Média, desvio padrão (dp), valores de t e p.

Quadro 6. Motor coordination of children in school age

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

Quando analisamos os resultados (Quadro 6) entre géneros no 5ºano de escolaridade, verificamos que o grupo masculino apresenta valores com significado estatístico nas seguintes provas motoras em estudo: salto lateral (p=0,000), transposição lateral (p=0,003), salto monopedal (p=0,003) e no quociente motor KTK (p=0,000). Na prova de equilíbrio à retaguarda (ER) o grupo feminino apresenta um valor superior mas sem significado estatístico.

Quadro 7: 6ºAno de escolaridade. Coordenação motora. Média, desvio padrão (dp), valores de t e p.

Quadro 7. Motor coordination of children in school age

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

No 6º ano de escolaridade, verificam-se resultados (Quadro 7) estatisticamente significativos para os rapazes nas tarefas de salto monopedal (p=0,002) e no quociente motor KTK (p=0,000). Na prova de salto lateral (SL) e transposição lateral (TL) os rapazes também obtiveram resultados mais elevados. Na prova de equilíbrio à retaguarda, as raparigas apresentam melhores valores mas sem significados estatísticos. Quanto às tarefas motoras propostas no nosso estudo verificamos que os rapazes apresentam melhores resultados comparativamente às raparigas, com excepção do teste de equilíbrio à retaguarda não tendo o resultado significado estatístico. Maia & Lopes (2002) encontraram, no intervalo de idades 6-10 anos, diferenças estatisticamente significativas no teste de transposição lateral, salto monopedal e equilíbrio à retaguarda a favor dos rapazes. Aos 8 e 9 anos as raparigas apresentam valores superiores no salto lateral, não sendo as diferenças estatisticamente significativas.

4. Conclusões

As principais conclusões obtidas nesta pesquisa foram as seguintes: (i) o grupo dos praticantes apresenta níveis mais elevados de coordenação motora do que os não praticantes; (ii) os níveis de coordenação motora melhoram com a idade; (iii) os níveis de coordenação são superiores no sexo masculino.

Referencias

Gallauhue D. ; Ozmun, J. (2002). Compreendendo o Desenvolvimento Motor – Bebés,

Crianças, Adolescentes e Adultos. São Paulo, Phorte Editora Pp. 318-382.

Gomes, P. (1996). Coordenação Motora, Aptidão Física e Variáveis de Envolvimento.

Estudo em crianças do 1º ciclo de Ensino de duas Freguesias do Concelho de Matosinhos. Dissertação apresentada às provas de Doutoramento em Ciências do Desporto, especialidade de Pedagogia do Desporto. FCEEF – UP. Porto.

Kiphard, E, (1976). Insuficiencias de movimiento y coordinación en la edad de la escuela primaria. Editoral Kapelusz, Buenos Aires.

Maia, J.; Lopes, V. (2002). Estudo do crescimento somático, aptidão física e capacidade de coordenação corporal de crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico da Região Autónoma dos Açores. Porto: Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto. Direcção regional de Educação Física e Desporto da Região autónoma dos Açores. Direcção Regional da Ciência e Tecnologia.

Open chat
Saludos de Alto Rendimiento:

Para información sobre los cursos y másteres ONLINE, puede contactarnos por aquí.

Asegúrate de haber completado el formulario (azul) de información del curso/máster.

Gracias!