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25 Nov 2013

Motivação, satisfação e expectativas na prática da ginástica rítmica em escolas públicas

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Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº23.

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Esta pesquisa teve por objetivo identificar a motivação, a satisfação e as expectativas de estudantes da rede de ensino público, da cidade de Vila Velha/ES que praticam Ginástica Rítmica (GR).

Autor(es): Miriam Peterle Sartório; Paula Cristina da Costa Silva; Antônio Carlos Moraes
Entidades(es): Universidade Federal do Espírito Santo
Congreso: XIV Congreso Internacional sobre la Psicología del deporte
Pontevedra, 14 al 16 de Noviembre de 2013
ISBN: 978-84-939424-6-5
Palabras Clave: ginástica rítmica, motivação na ginástica rítmica, satisfação com a ginástica rítmica, permanência na prática da ginástica rítmica.

Motivação, satisfação e expectativas na prática da ginástica rítmica em escolas públicas

Resumen:

Esta pesquisa teve por objetivo identificar a motivação, a satisfação e as expectativas de estudantes da rede de ensino público, da cidade de Vila Velha/ES que praticam Ginástica Rítmica (GR). Para realizar essa investigação utilizou-se um questionário estruturado que foi respondido por vinte e três alunos de duas escolas. Neste havia dezenove perguntas abertas, indagando os motivos que levaram as crianças e jovens a escolherem a GR como prática esportiva. Indagou-se também como ocorria sua relação com essa modalidade no que se refere as motivações advindas da mídia, da familia, das professoras/treinadoras e dos colegas. Observou-se que o desejo em praticar GR é motivado pelas suas características estéticas, já que é um esporte que atrai por sua beleza na execução, e agrada ao público despertando o gosto em praticá-la. Além disso, as crianças e jovens apontaram sentirem-se capazes de executar os gestos gímnicos apresentados nos meios de comunicação de massa e desejam tornar-se futuros atletas (autoestima e autodeterminação). Como motivadores extrínsecos para a escolha da modalidade notou-se a influencia da familia e dos colegas e, também, dos meios de comunicação de massa. Para a permanencia na GR, o estímulo do técnico/professor é um motivador importante e atuante, bem como, a convivência com os colegas. Portanto, a partir dos dados estudados, pode-se supor que os fatores de motivação e satisfação estão juntos e inteiramente ligados ao processo de escolha e permanência na GR, pois, nesse caso, gera expectativas positivas com relação à prática dessa modalidade.

A Ginástica Rítmica (GR) de acordo com Molinari (2004) “[…] é um esporte que empolga, motivado pela competição e desejo de chegar à perfeição”. Segundo Marques (1999) foi no século XX, na Europa Central, a partir da Ginástica Moderna, que a GR passou a ser mais conhecida e praticada. Esta modalidade ganhou força com sua difusão no leste europeu e hoje é reconhecidamente uma das modalidades gímnicas mais consagradas da Federação Internacional de Ginástica (FIG).
No Brasil, a GR teve início na década de 1950, com cursos de aperfeiçoamento técnico e pedagógico ministrados pela professora austríaca Margareth Frohlich, em São Paulo. Já no Espírito Santo a GR chegou em meados da década de 1950 quando profissionais do Estado participaram dos cursos de Aperfeiçoamento Técnico e Pedagógico com a Professora Margareth Frohlich, em São Paulo (Marques, 1999).
As participações de atletas capixabas são muito representativas em competições nacionais e internacionais e, todo ano, o Espírito Santo é palco de inúmeros torneios e campeonatos em nível nacional. E destacou-se como sede de treinamento da seleção brasileira até 2010.
A GR pode ser considerada como uma modalidade que exige movimentos corporais precisos, realizados em harmonia e entrosamento com a música, combinados com o manejo de aparelhos próprios (corda, arco, bola, maças e fita). Unidos, esses três elementos, formam a unidade que fundamenta esta modalidade competitiva que é exclusivamente feminina. Em suas competições temos as categorias: individual e em grupo, esta última formada por cinco componentes.
Analisando essa modalidade em dois aspectos temos: o lado artístico onde pode-se observar o talento e a criatividade da modalidade pela expressão corporal e plasticidade dos movimentos. E o lado competitivo que deve combinar harmoniosamente os elementos corporais (ginásticos e alguns acrobáticos) ao manejo de aparelhos executados num ritmo musical. (Toledo, 2009).

A prática da GR é orientada e segue as regras do Código de Pontuação da FIG e a cada ciclo Olímpico são promovidas mudanças com o intuito de tornar o julgamento desta modalidade o menos subjetivo possível. Segundo o Código de Pontuação de Ginástica Rítmica (2009-2012) a modalidade é julgada em três quesitos: Dificuldade (D: D1 e D2), Artístico (A) e de Execução (E), logo, uma série deve apresentar dificuldades corporais juntamente com o manejo do aparelho e com acompanhamento musical.
De acordo com as regras a GR é um dos esportes mais rigorosos quanto à exigência da perfeição dos elementos corporais misturados à leveza, à graciosidade na execução que, com ou sem aparelhos, despertam o desafio ao limite das capacidades corporais das ginastas. Sendo a GR tão rígida o que atrai, a cada ano, mais e mais meninas a darem início à prática da modalidade?
Para Weinberg & Gould (2001) são três as razões principais de ingresso e permanência da criança no esporte: os amigos, o treinador/professor e os pais.
O papel dos amigos no esporte conta como um importante motivo de afiliação, em que as “[…] crianças apreciam o esporte devido às oportunidades que ele proporciona de estar com os amigos e fazer novas amizades” (Weinberg & Gould, 2001, p. 478) e segundo estes pesquisadores a relação entre pares desempenha papel importante no desenvolvimento psicológico das crianças, pois está relacionada a aceitação, a autoestima e a motivação.
Já a atuação do técnico é um dos motivos que mais interfere na estimulação ou desestímulo da prática esportiva, devido a instrução técnica e abordagem ao treinamento.
Já os pais desempenham um papel particularmente importante na experiência esportiva da criança. Devido as suas atitudes e comportamentos, tanto positivos como negativos, que atuam sobre o envolvimento da criança com o esporte, a motivação, a auto-estima e a saúde mental (Weinberg & Gould, 2001).
A motivação é um fator muito importante na busca de qualquer objetivo. Para Weinberg e Gould (2001), ela pode ser definida como a direção e a intensidade dos nossos esforços. No caso do esporte ela depende da interação de fatores pessoais (necessidades, interesses, metas e personalidade) e situacionais (estilo de liderança do técnico, facilidades, tarefas atrativas, desafios e influências sociais). Assim, ela pode ser observada a partir de diferentes pontos de vista específicos, como as motivações intrínseca e extrínseca.
A motivação extrínseca, segundo Weinberg e Gould (2001), é a que vem do meio, através de reforços positivos e negativos, em que o atleta convive, podendo também ser, para Cratty (1984), recompensas sociais visíveis ou ocultas (elogios, por exemplo) e sinais de sucesso mais palpáveis (presentes e dinheiro). Lopes e Nunomora (2007, p. 180) complementam afirmando que “[…] o comportamento das crianças é reflexo da sociedade na qual estão inseridas e os fatores ambientais têm impacto importante sobre […] decisões futuras”. Para essas autoras quatro são os fatores motivacionais extrínsecos que se destacam: a familia, o técnico, a mídia e o círculo de amizades.
Pessoas com motivação intrínseca se esforçam interiormente para serem competentes e autodeterminadas na busca de seus objetivos. Fontes de motivação intrínseca “[…] podem ser resultado da estrutura psicológica do indivíduo e de suas necessidades pessoais de sucesso, sociabilidade, reconhecimento, etc” (Cratty, 1984, p. 38). Só fazemos bem aquilo que nos dá prazer e ele está associado à motivação intrínseca que proporciona bem estar durante a atividade. O nível de motivação é diretamente proporcional ao prazer obtido no esporte e que sem esse, criam-se obstáculos como falta de interesse e tédio (Lopes & Nunomura, 2007). Ainda são fontes de motivação intrínseca a “[…] autorealização, o desafio da prática e da competição quando há sensação de superação e a sensação de domínio sobre o corpo que desafia a criança a tentar outras acrobacias” (Lopes & Nunomora, 2007, p. 181).
Weinberg & Gould (2001, p. 208), afirmam que “[…] para qualquer modalidade o sucesso está interligado a uma preparação adequada tanto de fatores físicos (força, velocidade, flexibilidade) quanto psicológicos (concentração, autoestima, motivação, controle de ansiedade).
A partir desses pressupostos essa pesquisa investigou a motivação, a satisfação e as expectativas de estudantes da rede de ensino público, da cidade de Vila Velha/ES que praticam Ginástica Rítmica (GR).

Método

Participantes
Participaram deste estudo 23 crianças e jovens praticantes de GR, de 09 a 18 anos, que é o total de aluno(a)s que frequentam os projetos de iniciação à GR estudados. A maior parte 57% estão entre a faixa de 11 e 12 anos. Isso devido ao atendimento das escolas pesquisadas abarcarem do 6º ao 9º anos. As demais idades compreendem adiantamento ou atraso escolar e são compostas por alunos de 09 a 18 anos. Todos tiveram a autorização dos responsáveis legais para participar dessa pesquisa.
Os participantes frequentam duas escolas que são Unidades Municipais de Ensino Fundamental e Tempo Integral. O Programa Jornada Escolar Ampliada (que engloba a iniciação à GR) se estende a 18 escolas públicas de Vila Velha/ES e leva o(a)s aluno(a)s a participarem de atividades de ampliação do período regular de estudos podendo ser de prática esportiva e de atividades culturais, científicas e artísticas que acontecem no contra-turno escolar. O programa que trabalha com GR da escola “A” está com 10 participantes, sendo 2 meninos e 8 meninas, enquanto que na “B” participam 13 meninas.

Característica do estudo e instrumento de coleta de dados
Este estudo contou com um questionário estruturado com 19 questões abertas. Destas, as duas primeiras eram de identificação e as outras estavam divididas em: 10 perguntas que tratavam da prática da GR, 4 perguntas sobre a participação em competições e 3 relativas ao relacionamento com a professora/treinadora.

Procedimento
Primeiramente contatou-se as duas professoras que trabalhavam com GR nas escolas que foram escolhidas pelo critério de acessibilidade. Nessa ocasião foi feita uma apresentação da pesquisa e de suas finalidades. E, então, foi enviado, via correspondencia eletrônica, o questionário para conhecimento das professoras.
Após a concordância em participar da investigação foi agendado o dia de ida às escolas para a aplicação dos questionários. Nesse momento os pesquisadores foram apresentados aos aluno(a)s e acompanharam o preenchimento dos questionários, colocando-se à disposição para elucidar possíveis dúvidas com relação as perguntas. Nas duas escolas as professoras preferiram se ausentar no momento da enquete.

Resultados

De acordo com o que foi obtido nas respostas pode-se dividir os temas estudados em 3 assuntos que são a motivação, a satisfação e as expectativas dos praticantes de GR.
Assim, quando aborda-se as motivações dos alunos em praticar a GR temos as questões ligadas ao tempo da prática, a escolha da modalidade, a permanência nos treinos.
Quando indagados sobre o tempo que praticam GR tivemos os seguintes resultados 39% são os que praticam há mais de um ano e 31% há menos de um ano, estes percentuais correspondem aos aluno(a)s que estão no programa de iniciação à GR da rede municipal. A única exceção foi de uma aluna da escola “A” que praticou GR durante 3 anos em outras instituições antes de iniciar na atual escola há um ano. Essa aluna permanece na GR há 4 anos.
Na questão: Por que escolher a GR para praticar? Segundo as respostas obtidas, a maioria do(a)s aluno(a)s, 35%, escreveu que escolheu praticá-la porque acha uma modalidade esportiva bonita e 34% afirmam “gostar e achar legal a prática”.
As demais respostas estão divididas da seguinte forma: 4% decidiu praticar GR porque a familia gosta, 4 % porque os familiares praticavam e 11% porque foi o primeiro esporte que despertou a atenção (presume-se que pelos meios de comunicação em massa). Além disso, foi respondido que 8% aderiu a GR porque tem habilidades na prática da modalidade e 4% porque ocupa seu tempo livre.
Outra questão que apresentou os motivos para a prática é: Qual o primeiro contato que você teve com a GR? Nesse caso os meios de comunicação de massa juntos (televisão 39% e internet 13%) somam metade (52%) das respostas. As demais estão divididas entre: 17% amigos e familiares que praticavam, 9% assistindo apresentações ao vivo e 13% não respondeu. Esse último percentual pode revelar o desejo de primeiro se conhecer o programa esportivo para, posteriormente, decidir permanecer ou não na prática.
Na questão que trata se “as crianças têm estímulo de familiares/professores para permanecer na prática?”, nota-se que 55% têm estímulo enquanto 36% disseram não ter. Entre familiares e professores, vê-se nas respostas que a maior forma de estímulo vem das professoras/treinadoras enquanto a maioria dos familiares não se importam em conhecer a prática dos filhos e não os estimulam.
Quando indagados sobre: Por que continuar praticando a Ginástica Rítmica? A maioria do(a)s aluno(a)s afirmaram praticar porque “gostam/amam” o esporte ou “é bom” (84%). Observa-se que o gostar/amar praticar a modalidade está diretamente ligada com o prazer de se realizar algo.
Esta última questão marca um ponto de transição entre os motivos para a prática da GR e a satisfação encontrada nessa modalidade, pois quando perguntados sobre o que o(a)s aluno(a)s acham da GR. A maioria das crianças (35%) disse que acha a GR “legal”, seguido de “muito bom” (22%) e “ótimo” (17%). Uma aluna de 11 anos escreveu: “- Acho legal, lindo, as danças com fitas, bola, corda, é muito lindo”. A maioria dos alunos 74% tem uma resposta positiva sobre o que acha da GR, associando sua imagen a algo belo e prazeroso.
As demais respostas ficaram divididas entre 17% outros motivos e 17% do(a)s aluno(a)s afirmaram que a modalidade é para pessoas que apresentam habilidades.

Quando questionados se gostam da sua professora/treinadora. A maioria afirma gostar (83%) enquanto 17% não respondeu e ninguém disse não gostar. Ainda com relação a professora/treinadora os praticantes foram perguntados se a opinião dela influencia diretamente no seu humor. E, para mais da metade do(a)s aluno(a)s, 57%, a opinião da treinadora/professora influencia no humor. Treze por cento respondeu que a treinadora/professora não influencia.
Quando questionados sobre o que mais gostam na GR as particularidades que fazem lembrar da modalidade foram apontadas como: a dança (coreografia), os exercícios (elementos corporais), as apresentações e os aparelhos. As coreografias e os exercícios, dois pontos que marcam a modalidade foram destacadas com 30% cada, seguido das apresentações com 23% das respostas. Os aparelhos pouco se destacaram (3%).
Na pergunta que averigou quais os objetivos que o(a)s aluno(a)s pretendem atingir com a prática da GR é possível vislumbrar as expectativas dos praticantes, pois a grande maioria (78%) quer se tornar atleta profissional e participar de grandes eventos competitivos.
Em uma das perguntas foi inquirido até quando o(a)s aluno(a)s pretendiam treinar. A maioria das respostas ficou equilibrada. Um grupo, o de 30% quer treinar até os 18 anos, que é o momento em que os alunos concluem o Ensino Médio e entram no Ensino Superior ou no mercado de trabalho. A outra porcentagem, 26%, diz não saber responder: “- Não tenho data para parar porque eu gosto muito de GR”.Em seguida com 22%, o(a)s aluno(a)s querem treinar até o corpo agüentar: “- Até quando eu estiver em condições de fazer” e “- Sempre, até eu não puder mais treinar”
Da pergunta 13 a 16 abordou-se questões relativas às competições e os resultados não se mostraram muito relevantes devido a somente uma aluna ter participado destas. Entretanto, é importante trazer a discussão que quando indagados se gostariam de participar de competições notou-se que a maioria que nunca participou (78%) gostaria de participar.

Discussão

Pela análise dos dados a beleza da modalidade atraiu a maioria das crianças, sendo este um dos motivos pelo qual as mesmas decidiram praticá-la. As particularidades da GR como as coreografias e apresentações, os elementos corporais e os aparelhos são os pontos em que as crianças praticantes mais gostam. Segundo Molinari (2004) a GR proporciona uma série de benefícios e encanta como esporte e arte. Mas, não se pode negar que a influência dos amigos e familiares também é importante na escolha da modalidade conforme se vê nas respostas do(a)s aluno(a)s.
Observou-se que as crianças e jovens acham a GR “legal”, ótima e muito boa. O gostar do esporte torna a atividade mais prazerosa. Assim, o prazer é um dos pontos associados à motivação intrínseca, pois só fazemos bem aquilo que nos dá bem-estar e satisfação (Lopes & Nunomora, 2007).
Dos motivos apresentados para a prática da GR nota-se que o seu primeiro contato das crianças com a modalidade vem dos meios de comunicação (tv, internet, jornais) que transmitem as grandes competições internacionais, nacionais e campeonatos locais de GR.
Já a permanência nesta modalidade teve um estímulo importante da professora/treinadora, já que os pais não acompanham as atividades e nem incentivam a prática do esporte dos filhos. O técnico ou professor, segundo Lopes e Nunomora (2007), provavelmente, seja o mais importante estímulo em relação à permanência na atividade esportiva, pois ele é o responsável por manter vivo o prazer pelo esporte tornando-o sempre motivador para o atleta. Assim, o treinador entra como forma de motivação extrínseca, segundo Weinberg e Gould (2001), pois ele através de reforços positivos e negativos atua influenciando as crianças a sempre estarem melhorando para atingirem seus objetivos.
O bem-estar em permanecer na GR devido o prazer em praticá-la e de se relacionar com amigos e com o técnico, são fontes de motivação intrínseca. Weinberg e Gould (2001) concluíram que o papel dos amigos no esporte apresenta dimensões positivas como: a companhia, o aumento da autoestima, ajuda e orientação, intimidade e lealdade, o que sempre deve ser estimulado por pais e técnico. Essas dimensões positivas tendem a dar importância ao trabalho em equipe e a busca ou estabelecimento de metas.
Com a prática da GR as crianças e jovens buscam o sucesso se esforçando para serem grandes atletas da modalidade e competir em grandes eventos. Esse é um dos motivos de natureza intrínseca, que faz com que se sintam importantes e competentes (metas individuais) em relação à atividade (Weinberg, Gould, 2001). A maioria pretende treinar até atingir seus objetivos ou, ainda, “treinar até o corpo aguentar”. Esta expectativa é muito positiva, pois fortalece o desejo em praticar a modalidade.
Diante desses fatores nota-se que a motivação esportiva depende da interação de fatores pessoais (necessidades, interesses, metas e de personalidade) e situacionais (estilo de liderança do técnico, facilidades, tarefas atrativas, desafios e influências sociais).
Pode-se supor, portanto, a partir dos dados apresentados, que os fatores de motivação e satisfação estão juntos e inteiramente ligados ao processo de escolha e permanência na GR, pois, nesse caso, gera expectativas positivas com relação à prática dessa modalidade.

Referencias

Cratty, B. J. (1984) Psicologia do Esporte. (2. ed.).Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Lopes, P., Nunomora, M. (2007) Motivação para a prática e permanência na ginástica artística de alto nível.Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 21 (3), 177-187.
Marques, F. M. (1999) A Ginástica Rítmica Desportiva no Espírito Santo:aspectos históricos, características e análises. (Monografia de Graduação em Educação Física). Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória.
Molinari, A. M. P. (2004) Ginástica Rítmica: esporte, história e desenvolvimento. Revista virtual. EFartigos, 1 (17). Recuperado em 19 de outubro de 2009, de http://www.cdof.com.br/esportes4.htm
Toledo, E. Fundamentos da Ginástica Rítmica. In: Nunomura, M., Tsukamoto, M. H. C. (Eds.) (2009). Fundamentos das Ginásticas.Jundiaí: Fontoura, 143-172.
Weinberg, R. S.; Gould, D. (2001) Fundamentos da Psicologia do esporte e exercício. (2 ed.) Porto Alegre: Artmed.

Atualmente, a FIG, por força dos meios de comunicação, aboliu das competições internacionais o aparelho corda, por ele não ser visível nas transmissões televisivas. Entretanto, ainda existem competições locais que incluem esse aparelho.

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