O estudante no ensino superior: motivações ou opções para a prática desportiva?
O estudante no ensino superior: motivações ou opções para a prática desportiva?
Resumen:
Este estudo procurou analisar e identificar através da Teoria da Autodeterminação (TAD) o níveis de regulação da prática desportiva entre estudantes do ensino superior. 236 estudantes de ambos os sexos sendo 166 (63,5%) do sexo feminino e 70 (33,5%) do sexo masculino, com média de idade inferior a 23 anos (M = 22,13; DP = 4,93), completaram um questionário online durante o período regular de aulas. Os resultados com as correlações do Continuum de autodeterminação são congruentes com a teoria. A Amotivação e a Regulação Externa mostram correlações negativas com o Índice de Autodeterminação, o IA revela uma correlação positiva forte com a Motivação Intrínseca e com a Regulação Identificada. Na ANOVA efetuada na variável Sexo as Regulações Motivacionais, excetuando-se a Amotivação e a Regulação Externa, aparecem com diferenças significativas em todo o Continuum. O ano da Licenciatura não mostra diferenças nas Regulações Motivacionais do aluno. Os estudantes do ensino superior recorrem simultaneamente a formas de regulação extrínsecas e intrínsecas, mas motivam-se de forma sobretudo Identificada. A Regulação Identificada mostra ser uma importante fonte de motivação para a prática desportiva nos estudantes do ensino superior. O conhecimento dos tipos de motivação dos estudantes do ensino superior pode encorajar adaptações e ofertas de serviços mais específicos permitindo experiências mais gratificantes de participação de prática desportiva por parte dos alunos. É desejável e necessário o uso de designs mistos de investigação, uma inclusão de estudos qualitativos que possa permitir investigar de maneira mais aprofundada as regulações motivacionais e as suas relações nos contextos de prática desportiva no ensino superior.A investigação nas ciências humanas, na saúde e no desporto tem vindo a realçar a multiplicidade de vantagens inerentes à prática desportiva, e mesmo estando bem documentados os benefícios do exercício ao nível físico, psicológico e social (Fox, 2000; Hardman & Stensel, 2009; Warburton, Nicol, & Bredin, 2006) em Portugal, 55% da população afirma não realizar qualquer atividade física (Special Eurobarometer, 2010) colocando nos últimos dez anos o país no grupo de países europeus com os níveis de atividade física mais baixos da União Europeia (Special Eurobarometer, 2004 ; Sjöström et al., 2006). Um dos grandes desafios que se coloca à investigação já não se prende com os efeitos da prática regular de exercício e com os seus benefícios, que são evidentes e bem documentados, mas sim analisar as variáveis que mais podem explicar não só o início como também a manutenção deste comportamento desejável. A Compreensão do por que as pessoas escolhem manter a participação numa atividade física, ou abandonar o seu envolvimento com esta tornou-se um ponto crucial de pesquisa na Psicologia do Desporto (Wilson, 2012). Segundo Corte-Real et al., (2006) vários estudos realizados com populações universitárias têm destacado o seu elevado sedentarismo; e realça a necessidade de estudos da população universitária justificando como sendo fundamental a sua compreensão, pois “trata-se da transição entre o final da adolescência e o início da idade adulta, momento em que ocorre uma diminuição acentuada da atividade física e que antecede a altura em que se podem vir a fixar comportamentos de sedentarismo. A transição para o ensino superior é, segundo Diniz e Almeida (2006), “um período caracterizado por dificuldades e desafios, com a concomitante ocorrência de inúmeras mudanças e de várias exigências ao nível pessoal, social e académico às quais os alunos se devem adaptar para uma integração adequada na instituição em que se matriculam. Nesta fase de transição os alunos experienciam um conjunto de sentimentos e emoções de tonalidade negativa como o medo do fracasso, o sentimento de incompetência para usar o próprio potencial intelectual e a ansiedade perante a situação de avaliação” (Diniz & Almeida, 2005), experiências cujos efeitos negativos podem ser minimizados pelos efeitos psicológicos positivos do exercício físico, podendo a prática desportiva ajudar igualmente a uma efetiva integração no ensino superior. O estudo da motivação assume-se como um dos aspetos importantes para a compreensão das diferenças individuais na prática desportiva, dado que alguns indivíduos exibem padrões motivacionais adaptacionais à medida que aplicam um determinado esforço para o sucesso, persistindo assim na prática desportiva, enquanto outros, às primeiras ocasiões de insucesso, abandonam a prática desportiva em questão (Steinberg & Maurer, 1999). A Teoria da
Autodeterminação (TAD; Deci & Ryan, 1985) é uma macro teoria da motivação humana (Vansteenkiste, 2010) e está entre as mais populares e contemporâneas abordagens teóricas à motivação, nesta última década tem vindo a ganhar destaque no contributo para o estudo da atividade física (Álvarez, Castillo, Duda, & Balaguer, 2009; Edmunds, Ntoumanis, & Duda, 2008; Markland & Tobin, 2010). Neste sentido a Teoria da Integração Organismica ( Deci & Ryan, 2002), uma das componentes da TAD, define no seu Motivation Continuum (amotivação, regulação externa, regulação introjetada, regulação identificada, regulação integrada e motivação intrínseca) onde propõe através dos seus níveis de regulação que os comportamentos podem ir desde o não auto determinado, até o auto determinado, i.e. esclarece desde as motivações extrínsecas (caracterizadas pelas aspirações na conquista de fama, riqueza e imagem, resumindo-se em como alcançar um fim através de um meio), até a importância da motivação intrínseca (caracterizada por aspirações de crescimento pessoal e de saúde, realçando-se pela escolha pessoal, satisfação e prazer na atividade, onde não existe um fim que senão o da própria prática em si). A TIO define então que o comportamento humano é regulado em parte, por estruturas internas que se desenvolvem através da experiência, mantendo os indivíduos uma relação intencional com o meio envolvente. Desta forma é explicado como decorre o desenvolvimento dos indivíduos, tendo em conta uma perspectiva de diferenciação e integração dos estímulos externos, a internalização refere-se ao processo pró ativo pelo qual as regulações externas, que são as práticas e prescrições culturais, são transformadas em auto regulações, ou seja, tornam-se valores, crenças e compreensões pessoais que podem através do Motivation Continuum variar qualitativamente de acordo com o sucesso na internalização das regulações externas para o comportamento. Grande parte das atividades que realizamos são reguladas por razões extrínsecas e mesmo assim pode haver grande envolvimento e resultados semelhantes aos obtidos com atividades motivadas intrinsecamente. A Educação Física é um dos contextos desportivos que aplica-se transversalmente a todas as crianças e jovens desde o primeiro ciclo até o nível secundário é que esta é uma disciplina do programa curricular obrigatório, o que para Coakley e White (1992) citado por Vasconcelos Raposo (2005) “não permite o desenvolvimento da motivação intrínseca, dado que os alunos não possuem possibilidades de escolha e que tal desenvolvimentos poderiam ser promovidos se aos alunos fossem apresentadas diversas atividades desportivas permitindo esta mesma possibilidade”. A literatura sugere que a prática desportiva ao longo da vida continua a ser uma aspiração omnipresente e amplamente apoiada em programas escolares de Educação Física, e a transferência de aprendizado são de facto uma importância central para a sua realização (Kirk, 2010), transferência desejável inclusive para o jovem adulto na continuidade dos estudos no ensino superior, mas o que se verifica é que a escolha de uma disciplina curricular como a Educação Física, que poderia ser uma disciplina opcional no curso superior, não existe em Portugal fazendo com apenas os alunos que se sentem e são competentes na prática desportiva procurem participar em atividades desportivas extracurriculares.
O estudo da Motivação assume-se assim como um dos aspectos importantes para a compreensão das diferenças individuais na prática desportiva, o período de transição para o ensino superior e a sua continuidade é onde podemos encontrar os perfis motivacionais resultantes de uma internalização (ou não) do percurso escolar do aluno,
O comportamento da prática desportiva é altamente dependente de diversos fatores, como o tipo de atividade, as preferências pessoais e as de limitações ao nível pessoal e social.
Assim é importante identificar estes fatores claramente com o intuito de individualizar intervenções de promoção específicas para o estudante do ensino superior, tendo por objetivo que o hábito da prática desportiva se instale de forma consistente. Compreendendo-se por hábito, um tipo de comportamento estável e persistente no tempo por oposição a comportamentos pontuais com grande variabilidade e sem cristalização temporal (Verplanken et al., 2008).
Método
Participantes
Foi realizado um estudo transversal com 236 estudantes de ambos os sexos, representando diversos cursos de licenciaturas do ensino superior. As características demográficas obtidas centravam-se em itens sobre a idade, sexo e o ano do curso dos estudantes.
Materiais/Instrumentos
Questionário de Regulação de Comportamento no Exercício Físico-2 (Behavioral Regulation in Exercise Questionnaire-2 ? BREQ-2).
A motivação dos participantes para a prática de exercícios físicos foi avaliada utilizando (Behavioral Regulation in Exercise Questionnaire-2 ? Este instrumento BREQ-2 Markland & Tobin, 2004) permite quantificar as diferentes regulações motivacionais, interna e externas, bem como a amotivação, relacionadas à prática desportiva. O questionário é composto por 19 itens do tipo Likert com 5 opções de resposta (0= não é verdade para mim a 4= muitas vezes é verdade para mim), separadas em cinco diferentes construtos: amotivação (ex: “Penso que o exercício é uma perda de tempo“), regulação externa (ex: “Faço exercícios porque outras pessoas dizem que devo fazer“), regulação introjetada (ex: “Sinto-me culpado/a quando não faço exercícios“), regulação identificada (ex: “Dou valor aos benefícios/vantagens dos exercícios“) e motivação intrínseca (ex: “Gosto das minhas sessões de exercícios“).
Foi também utilizado o Índice de Autodeterminação (Self-Determination Index- SDI; Vallerand, 2007) inicialmente chamado Índice de Autonomia Relativo (Relative Autonomy Index –RAI; Ryan Connel,1989). Trata-se de um índice de autodeterminação, obtido pela seguinte algorítimo: (?3 × amotivação) + (?2 × regulação externa) + (?1 × regulação introjetada) + (2 × regulação identifica) + (3 × regulação intrínseca). O índice pode variar de ?24 (menor autodeterminação) a 20 (maior autodeterminação) permitindo avaliar a motivação de maneira global, de acordo com a TIO (Deci & Ryan, 2002).
Como forma de quantificar as opções de escolha sobre a participação de aulas de prática desportiva foram adicionalmente incluídas as seguintes questões: “Em sua opinião o desporto (aulas) deveria fazer parte como disciplina de opção do seu currículo do seu curso superior?” “Se houvesse aulas facultativas de desporto na sua escola, estaria disposto a participar?”.
Procedimento
Os alunos preencheram um questionário do tipo online presencialmente e em horário regular das aulas sendo instruídos que a sua participação seria voluntária e que o anonimato estaria assegurado. Foi verificada através do BREQ-2 as diferentes regulações motivacionais da prática desportiva por sexo e ano da licenciatura, procedeu-se também a correlação entre as regulações motivacionais e o índice de autodeterminação, foi utilizada a ANOVA para determinar se poderiam haver diferenças entre o sexo tendo como variável dependente as dimensões dos BREQ-2 e ainda entre o ano da licenciatura e as opções de escolha sobre a participação na pratica desportiva.
Resultados
As características demográficas obtidas centram-se em itens sobre a idade, sexo e o ano do curso dos estudantes.
Tabela 1
Caracterização da Amostra (n=236)
Na Tabela 2 são apresentados os valores da média (M) e desvio padrão (DP) das variáveis dependentes utilizadas neste estudo.
Os alunos no geral exibiram um perfil de motivação autodeterminado , verificando-se no entanto valores médios mais elevados para a Regulação Identificada em comparação com a Motivação Intrínseca. A Amotivação é o perfil motivacional menor encontrado estando bastante abaixo da média da escala (0 a 4).
A Tabela 3 apresenta a matriz de correlação (coeficiente de Pearson) para as variáveis dependentes em estudo.
Tabela 3:
Correlação (?) entre as regulações motivacionais, índice de autodeterminação
*Correlação significativa ao nível p <0,05 . **Correlação significativa ao nível p <0,01
Verifica-se nos resultados como é proposto pela teoria que cada regulação se relacionou positivamente com os construtos mais próximos e negativamente nos mais distantes representados no Continuum de autodeterminação, as variáveis que se situam nos extremos deste mesmo Continuum (Amotivação e Motivação Intrínseca) evidenciam uma relação de magnitude inversa. O Índice de Autodeterminação (IA) e os resultados com as correlações do Continuum de autodeterminação são congruentes, pois a Amotivação e a Regulação Externa tiveram correlações negativas com o IA, onde este revela uma correlação positiva forte com a Motivação Intrínseca e com a Regulação Identificada.
A tabela 4 apresenta as médias das regulações motivacionais através do sexo e ano de licenciatura do aluno.
Tabela 4
Média dos Níveis de Regulação pelo sexo e ano da licenciatura.
Os valores médios das Regulações Motivacionais são semelhantes para ambos os sexos, os valores médios mais expressivos encontram-se na Regulação Identificada do 1º ano que decresce com o avançar nos anos da licenciatura, a Motivação Intrínseca vê os seus valores aumentarem neste mesmo período. Em comparação com as mulheres os homens tem os seus valores médios superiores em todas as regulações motivacionais, exceto na Amotivação onde as mulheres apresentam valores médios superiores aos dos homens em todos os anos de licenciatura. Verifica-se que as regulações mais externas
(Amotivação, Regulação Externa e Introjetada) apresentaram baixos valores entre os alunos e as mais internas (Regulação Identificada e Motivação Intrínseca) obtiveram resultados substancialmente superiores, o que evidencia um elevado perfil motivacional por parte da população em estudo.
As ANOVAS efetuadas entre o ano da Licenciatura e as Regulações Motivacionais do a presentadas no Continuum o pressuposto das homogeneidade das variâncias foi cumprido em todas as regulações motivacionais, no entanto o ano da Licenciatura não apresentou diferenças significativas nas regulações motivacionais Amotivação F(2,233)=0.498, p=0.608; Externa F(2,233)=1.111, p=0.331; Introjetada F(2,233)=0.791, p=0.455; Identificada F(2,233)=9.680, p=.381; Instrínseca F(2,233)=1.656, p= 0.193. Por extensão nos testes post hoc Tukey e Bonferroni, nenhum dos três anos de licenciatura existentes diferem significativamente entre si.
Já com as análises na variável Sexo, as Regulações Motivacionais excetuando-se a Amotivação e a Regulação Externa, aparecem com diferenças significativas em todo o Continuum Amotivação: F(1,234)=2.134,p=0.145; Externa: F(1,234)=0.039, p=0.531; Introjetada: F(1,234)=10.672, p<0.001; Identificada: F(1,234)=5.689, p<0.001; Instrínseca: F(2,233)=13.808, p<0.001.
O estudante do ensino superior expressa a sua vontade de maneira perentória no que respeita a recetividade em existir uma disciplina de desporto como opção curricular de seu curso, 88.5% dos alunos inquiridos responderam que sim, tal opção deveria existir no ensino superior e quando inquiridos sobre uma adesão a esta prática 92.5 % dos alunos afirmam estar dispostos a participar em aulas facultativas de desporto se tais existirem no seu plano curricular. Tais resultados são indicadores congruentes com as motivações de natureza regulação identificada que emergem como razões percecionadas pelo estudante para a motivação da prática desportiva apresentada neste estudo.
Discussão
As Regulações Motivacionais dos estudantes do ensino superior, segundo a Teoria da Autodeterminação sugerem que esta população tem consciência da importância da pratica desportiva para a sua saúde e qualidade de vida (Regulação Identificada), e/ou e que esta mesma prática deva ser realizada com prazer (Motivação Intrínseca). A Regulação identificada demonstra ser uma importante fonte de motivação para a prática desportiva nos estudantes do ensino superior, que mostra em escolhas próprias este perfil motivacional. Nem sempre as regulações motivacionais são adequadamente internalizadas no aluno e como tal, todo comportamento carrega um juízo de valor, mesmo que implicitamente. Portanto, não existe comportamento sem juízo de valor associado, bem como todo juízo de valor só tem sentido dentro da cultura na qual a pessoa está inserida (Brown & Ryan, 2003). O estudante do ensino superior é confrontado com uma gama de diversidades de juízo de valores, muitos deles contraditórios entre si, dificultando o processo de internalização (Gagné & Deci, 2005). Ainda que a Regulação Identificada não seja uma internalização de maneira desejável no Self do aluno, uma avaliação prévia das condições do contexto poderia permitir a decisão de uma opção de escolha para a prática desportiva no seu ambiente, entre os seus pares, isso se a disciplina de opção “desporto” existisse entre as disciplinas do seu curso. Os estudantes do ensino superior recorrem simultaneamente a formas de regulação extrínsecas e intrínsecas, mas motivam-se de forma sobretudo Identificada. O conhecimento dos tipos de motivação pode encorajar adaptações e ofertas de serviços mais específicos permitindo experiências mais gratificantes de participação de prática desportiva.
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