The availability of the middle attacker for the quick attack and its effects on the zone, tempo and efficacy of the attack, and on the actions of the block, in elite women’s volleyball
The availability of the middle attacker for the quick attack and its effects on the zone, tempo and efficacy of the attack, and on the actions of the block, in elite women’s volleyball
RESUMEN COMUNICACIÓN/PÓSTER
The purpose of this paper was to study the influence of the middle attacker’s availability for the quick attack on the game flow, in elite women’s volleyball. This has been analyzed regarding three dimensions: a) influence over the antecipation movements of the opponent’s block; b) effects on the zone and tempo of attack selected by the setter; and c) associations with the efficacy of the attack. Six matches were analyzed, reporting to the Women’s World Championships of 2006, totalizing 670 sequences of play. The variables availability of the middle attacker for the quick attack, antecipation movements of the block, zone, tempo and efficacy of attack, and block opposition were analyzed. The Chi- Square test was utilized, along with the Monte Carlo correction and the adjusted residuals. The reliability was measured through the Kappa of Cohen index, revealing values between 0,941 and 1,00. The middle attacker was available for the quick attack in about 62% of the sequences. The simulation of attack’s in the back of the setter were the most common. Whenever the middle attacker isn’t available for the quick attack, the opposite block tends to adopt a waiting behaviour. The availability of the middle attacker for the attack associated with attacks by the middle and right side of the net, along with faster attack tempos. Also, the availability for the quick attack strongly associated with less cohesive block opposition. Regardless of that, this variable didn’t associate with the efficacy of the attack.
Introdução
Os jogos desportivos (JD) têm vindo a evoluir no sentido duma velocidade de jogo cada vez maior (Garganta e Oliveira, 1996; Alves, 2005), não constituindo o Voleibol excepção (Katsikadelli, 1995; Zimmerman, 1999; César e Mesquita, 2006). Na construção dum ataque rápido e múltiplo, afigura-se fundamental a disponibilização da atacante central para a concretização de ataques de tempo 1 (Paolini, 2000). Além de conferir velocidade ao jogo, este princípio, juntamente com a acção da distribuidora, interfere com as movimentações do bloco adversário (Afonso, Mesquita e Palao, 2005; César e Mesquita, 2006). Espera-se, portanto, que a forma como a atacante central se movimenta para a efectivação de ataques rápidos tenha efeitos ao nível do passe de ataque (zona e tempo de ataque), tipo de oposição do bloco e eficácia do ataque. Apesar da enorme importância destas variáveis especificadoras dos contextos de acção no jogo, a literatura da especialidade não se tem debruçado sobre a sua análise, pelo que este tipo de investigação se revela pioneira. O objectivo deste estudo consistiu em verificar de que forma a disponibilidade da atacante central para o ataque rápido interfere no fluxo do jogo, ao nível das suas regularidades, em três dimensões: a) efeitos sobre o bloco adversário, ao nível das suas movimentações de antecipação e da tipo de oposição efectivada; b) efeitos sobre a construção do ataque, espelhados pela selecção da zona e pelo tempo de ataque; e c) efeitos sobre a eficácia do ataque.
Material e Métodos
Amostra
Foram analisados seis jogos de Voleibol do Campeonato do Mundo de 2006, em Séniores Femininos. As selecções analisadas foram Brasil (2ª classificada), Rússia (1ª), Itália (4ª), China (5ª), Cuba (7ª), E.U.A. (9ª), Alemanha (11ª) e Azerbaijão (13ª). Pode considerar-se que a amostra foi intencional e não probabilística, tendo sido seleccionada em função do cumprimento de três critérios: a) representar o alto nível de jogo; b) corresponder a uma competição de elevado prestígio; c) ser recente. Analisámos todas as jogadas nas quais o segundo toque foi da responsabilidade da distribuidora, num total de 670 sequências de jogo com esta característica. Variáveis
Disponibilidade da central para o ataque rápido Utilizámos as seguintes categorias: simulação de ataque rápido na frente, junto da distribuidora (SIC) e afastado desta (SIT), simulação atrás da distribuidora (SIA) e indisponibilidade para o ataque rápido (IND). Para o efeito, baseámo-nos no estudo de Afonso, Mesquita & Marcelino (no prelo).
Movimentações do bloco prévias à distribuição
O único estudo que analisou esta variável foi o de Afonso, Mesquita & Marcelino (no prelo), pelo que recorremos à sua definição das categorias integrantes desta variável: espera (ESP), antecipação para zona 2 (ANP), antecipação para zona 4 (ANS), antecipação de bolas rápidos no meio (tensa – ANT – e curta – ANC), ponta reforça bloco da central (PCA), oposta ou distribuidora reforçam bloco da central (SCA), marcação da china (pela blocadora ponta, em conjunto – PCC – ou não com a central – PCH), e marcação do segundo toque (pela central – C2T, ponta – P2T, ou ambas PC2).
Zona de ataque
A proposta de divisão da zona de ataque para o presente estudo consiste num modelo que preconiza uma divisão funcional, baseada na de Castro (2006), e adaptada para o Voleibol feminino, considerando a sua menor plasticidade operativa na utilização do espaço de ataque, derivada de aspectos físicos. Neste modelo, as zonas de ataque definem-se da seguinte forma: zona ofensiva: Z4 (até 1,5 metros da linha lateral esquerda), Z4I (2 metros a partir da zona 4), Z3 (1,5 metros a partir da zona 4I), Z3I (1,5 metros a partir da zona 3), Z2I (1 metro a partir da zona 2), Z2 (até 1,5 metros da linha lateral direita); zona defensiva: Z5 (até 2 metros da linha lateral esquerda), Z6E (a 2 metros a partir da zona 5), Z6D (a 2 metros a partir da zona 6E), Z1 (até 3 metros da linha lateral direita).
Figura 1. The availability of the middle attacker for the quick attack and its effects on the zone, tempo and efficacy of the attack, and on the actions of the block, in elite women’s volleyball
Resultados e Discussão
Quadro 1. The availability of the middle attacker for the quick attack and its effects on the zone, tempo and efficacy of the attack, and on the actions of the block, in elite women’s volleyball
Quadro 2. The availability of the middle attacker for the quick attack and its effects on the zone, tempo and efficacy of the attack, and on the actions of the block, in elite women’s volleyball
Quadro 3. The availability of the middle attacker for the quick attack and its effects on the zone, tempo and efficacy of the attack, and on the actions of the block, in elite women’s volleyball
Quadro 4. The availability of the middle attacker for the quick attack and its effects on the zone, tempo and efficacy of the attack, and on the actions of the block, in elite women’s volleyball
Quadro 5. The availability of the middle attacker for the quick attack and its effects on the zone, tempo and efficacy of the attack, and on the actions of the block, in elite women’s volleyball
Conclusões
Referencias
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