Factores motivantes y estressantes em el voleibol: Estudio diagnóstico
Factores motivantes y estresantes en el voleibol: Estudio diagnóstico
Resumen:
O presente estudo descritivo teve por objetivo verificar os fatores motivantes e estressantes em atletas de voleibol feminino, e também a sua influencia com o tempo de prática. Os sujeitos da pesquisa foram 62 atletas participantes dos 47º Jogos Abertos do Paraná de 2004 integrantes de 8 equipes. Utilizou-se o Teste de Carga Psíquica de Frester (1972 apud COSTA, 2003). Destacam-se os seguintes resultados: os fatores que se mostraram como mais estressores foram ser prejudicados pelos juizes, sensação de debilidade física e dormir mal na noite anterior a competição; os que se mostraram como mais motivantes foram pensar constantemente nas metas desejadas, espectadores e adversários desconhecidos. Assim concluiu-se que os fatores que tem influência no rendimento das atletas de voleibol podem ser motivantes ou estressantes dependendo de como cada uma percebe a situação com que se depara.
INTRODUÇÃO
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Quadro 1. Factores motivantes y estressantes em el voleibol: Estudio diagnóstico
Quadro 2. Factores motivantes y estressantes em el voleibol: Estudio diagnóstico
Quadro 2 – Os fatores que mais motivam
Sendo o fator mais motivante o de “pensar constantemente nas metas desejadas” pode-se dizer que as atletas possuíam uma motivação decorrente de pensar muito nas metas traçadas, mas não se pode afirmar em que tipo de meta elas se concentravam. Sabe-se que a cobrança das equipes para a vitória é grande, mas cada atleta possui sua meta interna, precisando existir uma meta para a equipe, sendo uma solução demonstrar a cada indivíduo um retrato claro da importante contribuição que eles trazem e estabelecer para a equipe toda, metas alcançáveis com cerca de 50% de chance de sucesso, pois as equipes não são facilmente motivadas por objetivos muito fáceis que não trarão orgulho, também ou com metas impossíveis (CRATTY, 1984). O segundo fator a se mostrar mais motivante foi “espectadores”. Faz-se necessário esclarecer que não existe distinção entre espectadores a favor ou contra no teste, então ao analisar este fator deve-se levar em consideração que a performance do atleta não vai depender somente da torcida, seja ela contra ou a favor, o atleta nunca deixa de sofrer influência de alguma assistência, sempre haverá algo ou alguém que estará interferindo ou interagindo em sua vida (CRATTY, 1984), parecendo indicar que as atletas precisam ser prestigiadas para se motivarem.
O terceiro fator apresentado como motivador foi “adversários desconhecidos”. Esta situação pode gerar uma certa expectativa nos atletas e sobre isso Weinberg e Gould (2001) esclarecem que esperar vencer um adversário forte ou realizar com sucesso uma habilidade difícil pode produzir desempenho excepcionais à medida que barreiras psicológicas são superadas. Para os autores parece significar que as criações de expectativas são favoráveis e motivadoras para o desempenho, mas depende do que se espera, vencer ou perder não sendo apenas as expectativas do atleta influentes, as dos técnicos e professores também influenciam.
Quadro 4 – relação entre categorias de tempo de prática e idades das atletas
Quadro 4. Factores motivantes y estressantes em el voleibol: Estudio diagnóstico
Constatou-se que as atletas mais velhas possuem mais tempo de prática. A idade para atuação de um atleta varia entre as diversas modalidades esportivas, não existe idade cronológica para encerrar a carreira esportiva, o que ocorre é que o processo evolutivo continua, e em determinado momento da carreira são notados sinais de mudanças físicas, técnicas e psicológicas (BECKER, 2000). Nesta verificação pode ser observada a prevalência das mesmas respostas para todas as categorias, embora com níveis de influência diferentes. Outro aspecto da análise dos dados foi de que as respostas encontradas sem relacionar com o tempo de prática foram em sua maioria iguais quando relacionadas a ele. O fator que esteve em todas as categorias, embora em classificação diferentes em cada intervalo, foi “sensação de debilidade física”, mostrando que este é fator muito desconfortante para se manter um bom nível técnico, tático e psicológico.
Quadro 5 – Relação entre o tempo de prática e o grau de influencia negativa no rendimento.
Quadro 5. Factores motivantes y estressantes em el voleibol: Estudio diagnóstico
Um fato interessante foi de que o fator de erros da arbitragem que esteve presente em todo este estudo como um fator estressante, não apareceu nas respostas das pessoas com mais tempo de prática, parecendo indicar que o maior tempo de prática e de experiência pode levar a uma maturidade psicológica em que os sentimentos parecem estar mais equilibrados. Um dado analisado no quadro 6 é de que os fatores “espectadores” e “pensar constantemente nas metas desejadas” embora se apresentam em todos os intervalos de tempo de prática eles se revezaram entre o primeiro e segundo fator motivante. Estas constatações parecem demonstrar que independente do tempo de prática, estes dois fatores continuam sendo motivantes e provavelmente trazendo resultados positivos.
Quadro 6. Factores motivantes y estressantes em el voleibol: Estudio diagnóstico
CONCLUSÕES
Referênces
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CRATTY, Bryant J. Psicologia no esporte. Traduzido por: Olívia Lustosa Bergier. 2. ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1984.
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