+34 96 633 71 35
·WhatsApp·

15 Jun 2012

The attention and perceptual velocity in the aged woman: A study with practitioners and not practitioners of sportive activity.

The aging process provokes biological alterations taking psychological, emotional and social changes.

Autor(es): Costa, A.; Botelho, M.; Vasconcelos O.; Campello, E.& Amorim, M.
Entidades(es): Universidade do Porto
Congreso: II Congreso Internacional de Ciencias del Deporte
Pontevedra 2008
ISBN:9788461235186
Palabras claves: attention, perceptual speed, sportive activity, elderly

The attention and perceptual velocity in the aged woman: A study with practitioners and not practitioners of sportive activity.

Abstract

The aging process provokes biological alterations taking psychological, emotional and social changes. That’s the case of the memory and attention capacities. This research analyze the Attention (AT) and Perceptual Speed (FI) in an elderly people, practitioners (pSA) and no practitioners (npSA) of sportive activity (SA) (54 women 60 – 88 age’s years). We used the Toulouse Piéron (TP) and Identical Figures of Thurstone (IFT) tests. With these tests we calculated the following components: Attentional exactitude (Atexact), Attentional velocity (Atvel), Attentional Fatigue Resistance (RFA) and the Perceptual Speed (FI). The sample was divided in 2 groups, one of pSA (N= 28) and the other one of npSA (N= 26), categorized in 2 sub-groups: 60-70 one, and with +71 years the second. The first presented 14 subjects (6 npSA and 8 pSA); the second presented 40 subjects (20 npSA and 20 pSA). Our study suggests the benefits of the SA on the attention and FI in elderly people, with these conclusions: (i) the pSA present a better Atvel; (ii) in the npSA and pSA we found significant differences in the attentional variables of the TP test. In the IFT test we didn’t found significant differences (FI). Moreover, the pSA had also presented better values in the execution time relatively to the npSA. Although the differences values are not significant, the pSA present better average, standard deviation and minimum/maximum values in relation to the npSA; (iii) although the verified tendency of the pSA presenting relatively better results of attention and concentration in relation to the npSA in the first test, we cannot affirm that the first ones have better FI relatively to the seconds, therefore the differences found in the second test are not significant.

INTRODUÇÃO

A pertinência de um estudo é justificada pela importância dos temas para o homem e seu segmento de vida. Com o propósito de abordar a temática do idoso, este trabalho é importante pelo facto de se tratar de uma expressão humana a merecer cuidado e atenção. A literatura tem enfatizado que as perdas no domínio cognitivo no idoso, dentre eles a atenção e as disfunções físicas, contribuem para a maior redução da independência do idoso, limitando suas possibilidades de viver confortável e satisfatoriamente, além de restringir sua actuação na sociedade (Okuma, 1998). Isto, por sua vez, fatalmente tem reflexos nos domínios sociais e psicológicos. Neste sentido, o tema que será aqui analisado, também por fazer parte da dinâmica da vida e ser determinante no processo de desenvolvimento humano, necessita de receber continuada atenção, tendo em conta a realidade em que se vive hoje, bem como as mudanças constantes pelas quais a sociedade vem passando. O objectivo geral deste estudo consistiu em analisar os efeitos do envelhecimento na atenção e velocidade perceptiva da mulher idosa.

METODOLOGIA

Caracterização da Amostra A amostra original para este estudo foi constituída por 54 voluntários, todos do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 60 e os 88 anos. Para avaliar a atenção e a velocidade perceptiva, estudaram-se essas 54 mulheres, todas saudáveis e que voluntariamente se dispuseram a colaborar nesta fase do processo. A amostra para o estudo foi colhida num universo de idosos de instituições do Grande Porto, Conselho de Gondomar e Maia.

Completa la información

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº8.

¡Consíguelo aquí!

3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

As variáveis psicológicas em estudo, como já foi referido atrás, são: a exactidão atencional; velocidade atencional; a resistência à fadiga atencional; e velocidade perceptiva. As médias apresentadas dizem respeito à capacidade de concentração, ou seja, o índice de exactidão nas respostas; a velocidade de realização do trabalho, que corresponde ao total de sinais correctamente marcados e a resistência ao cansaço mental, que corresponde ao nível de capacidade que o indivíduo tem em responder ao teste de maneira correcta após os 10 minutos. Valores de p, média e desvio padrão obtidos a partir da velocidade atencional; exactidão atencional; resistência à fadiga e velocidade perceptiva, do grupo praticante e não praticante Resumo dos valores obtidos no teste de Toulouse Piéron e de Thurstone segundo os grupos praticante e não praticante em função do valor de p, média e desvio padrão em relação à velocidade atencional, exactidão atencional; resistência à fadiga e velocidade perceptiva.

Tablw 1. The attention and perceptual velocity in the aged woman: A study with practitioners and not practitioners of sportive activity.

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 8

Para efeito de análise da tabela, utilizamos os valores de p> 0,005 para verificar as diferenças estatisticamente significativas nos grupos estudados e as respectivas variáveis atencionais estabelecidas pelos protocolos deste estudo. O teste estatístico utilizado para a comparação dos dois grupos foi o Teste T de Medidas Independentes que se tornou necessário para inferir as discussões sobre os grupos em questão. Desta forma, verificando a primeira variável em análise, a Atvel, constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de actividade desportiva apresenta os melhores valores em relação à média e o desvio padrão de 101.89±33.74, em relação a 79.50±25.00 do grupo não praticante. Como o valor da Atvel (0,008) é menor do que o nível de significância estabelecido anteriormente p> 0,005, podemos dizer que existe relação entre as variáveis. Na análise da segunda variável, a Atexact, constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos: o grupo praticante de actividade desportiva apresenta nessa variável valores menos significativos que o grupo não praticante, com os valores da média e desvio padrão 39.73±23.93 sendo menores, em relação a 65.98±52.64 do grupo não praticante. Isto indica que, quanto menor forem os valores encontrados nessa variável, melhor os níveis de atenção do grupo. Assim, mais uma vez o grupo praticante de actividade desportiva, obteve o melhor desempenho na prova, ainda que com valores menores. Como o valor de p 0,021 é menor do que o nível de significância estabelecido anteriormente p> 0,005, podemos dizer que existe relação entre as variáveis. Em relação à variável RFA, constatamos, mais uma vez, diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de actividade desportiva apresenta nessa variável melhores resultados nos três momentos da prova em relação ao grupo não praticante, com os valores da média e desvio padrão para os primeiros cinco minutos do teste (RF1) de 31.64±20.42, em relação a 13.69±28.35 do grupo não praticante e valor de p 0,010.

4. DISCUSSÃO

Velocidade atencional (Atvel) Verificando a primeira variável em análise, qual seja, a velocidade atencional, constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de actividade desportiva apresenta os melhores valores em relação ao grupo não praticante, com uma forte relação significativa entre as variáveis. Num estudo realizado por Helene e Xavier (2003), em que verificaram a relação da atenção a partir da memória, constataram que a atenção corresponde a um conjunto de processos que leva à selecção ou priorização no processamento de certas categorias de informação, isto é, “atenção” é o termo que se refere aos mecanismos pelos quais se dá tal selecção (Helene e Xavier, 2003). Exactidão atencional (Atexact) Quando verificamos a segunda variável, a Atexact, constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de actividade desportiva apresenta nesta variável valores mais significativos que o grupo não praticante, com os valores da média e desvio padrão menores, em relação ao grupo não praticante. Mesmo assim, isso indica que, quanto menor os valores encontrados nessa variável, melhor os níveis de atenção do grupo. Em estudo de Botelho (1998), os resultados encontrados nessa variável, quando comparados, grupos de ginastas universitários a grupos sedentários, os primeiros apresentaram os melhores valores, ou seja, indivíduos activos possuem melhores níveis de concentração, quando comparados aos que não realizam nenhum tipo de actividade desportiva. Resistência à fadiga atencional (RFA) Nesta variável percebemos que em todos os momentos do teste o grupo praticante de actividade desportiva obteve os melhores valores.

Além disso, como nos três momentos o valor de p foi menor do que o nível de significância estabelecido p>0,005, podemos dizer ainda que existe relação entre as variáveis, com o grupo praticante de actividade desportiva obtendo os melhores valores a nível atencional. Antunes, Santos, Heredia, Bueno e Mello (2006), relatam em seu estudo que, nos testes de atenção exige-se habilidade de vigilância (atenção e concentração), acuidade perceptiva, processamento da informação, memória de curta duração na sua realização, habilidades essas que podem ser melhoradas pelos indivíduos que praticam actividade desportiva. Velocidade Perceptiva (FI) Na variável velocidade perceptiva, não constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de actividade desportiva apresenta nessa variável valores um pouco maiores do que o grupo não praticante. No entanto, o que podemos perceber nos estudos realizados e neste nosso trabalho, é que o aprendizado jamais é concluído e cada sessão abre para um novo aprendizado. Ele é contínuo e permanente, não se fechando numa solução e não se totalizando em sua actualização, precisando por isso de ser sempre reactivado (Kastrup, 2004). Grupos de prática Em relação aos grupos praticante e não praticante de actividade desportiva, o que enfatizamos é o facto de que indivíduos que realizam actividade desportiva possuem sempre os melhores resultados, quando comparados aos que não realizam nenhum tipo de actividade. O que se pôde constatar neste estudo, foi que os idosos que realizam algum tipo de prática, por menor que seja, conseguiram obter os melhores resultados nos testes psicológicos utilizados nessa investigação.

5. CONCLUSÕES

Com base nos resultados aqui apresentados, bem como nas interpretações desenvolvidas, concluímos segundo as hipóteses inicialmente formuladas que:

H1: A actividade desportiva realizada com regularidade proporciona melhorias significativas na atenção e velocidade perceptiva do idoso.

• Foi encontrada diferença significativa na atenção dos idosos praticantes e não praticantes de actividade desportiva. Entretanto, na velocidade perceptiva não houve diferenças significativas. H2: A prática da actividade desportiva regular pode ajudar a amenizar a perda progressiva da atenção e velocidade perceptiva em idosos.

• Foi encontrada diferença significativa na atenção dos idosos praticantes de actividade desportiva, quando comparados com os não praticantes, mas não foi encontrada diferença significativa na velocidade perceptiva.

• H3: Os níveis de atenção e velocidade perceptiva diferem entre os idosos praticantes e não praticantes de actividade desportiva, sendo superiores para aqueles que possuem uma vida fisicamente activa.

• Foi encontrada diferença significativa na atenção, segundo a prática de actividade desportiva, tendo os idosos praticantes de actividades desportivas resultados superiores aos não-praticantes, mas em relação à velocidade perceptiva não foi encontrada diferença significativa. Idade

• A relação prática e não prática de actividade desportiva, segundo a idade, indicou que os idosos com 60 a 70 anos praticantes de AD apresentaram melhores resultados no tempo de execução do Teste de Atenção Toulouse- Piéron, seguido pelos idosos com 71 anos ou mais praticantes de AD, 60 a 70 anos não-praticantes de AD e 71 anos ou mais não-praticantes de AD.

• A relação prática e não-prática de actividade desportiva, segundo a idade, indicou que os idosos com 60 a 70 anos praticantes de AD apresentaram melhores resultados no número de erros no Teste das Figuras Idênticas de Thurstone, seguido pelos idosos com 71 anos ou mais praticantes de AD, 60 a 70 anos não-praticantes de AD e 71 anos ou mais não-praticantes de AD.

• A relação prática e não-prática de actividade desportiva, segundo a idade, indicou que os idosos com 71 ou mais anos, praticantes de AD apresentaram melhores resultados no tempo de execução do Teste de Atenção Toulouse- Piéron, seguido pelos idosos com 60 a 70 anos praticantes de AD, 60 a 70 anos não-praticantes de AD e 71 anos ou mais não-praticantes de AD.

• A relação prática e não-prática de actividade desportiva, segundo a idade, indicou que os idosos com 60 a 70 anos não-praticantes de AD apresentaram resultados piores em relação ao número de erros no Teste das Figuras Idênticas

• de Thurstone, seguido pelos idosos com 71 ou mais anos não-praticantes de AD, com 60 a 70 anos praticantes de AD e 71 ou mais anos praticantes de AD. Grupos de prática

• A relação prática e não prática de actividade desportiva, segundo os grupos praticante e não praticante de actividade desportiva, indicou que os idosos com níveis maiores de actividade desportiva e mais tempo de prática apresentaram melhores resultados no tempo de execução no Teste de Atenção de Toulouse- Piéron, seguidos pelos idosos com nível menor de actividade desportiva.

• A relação prática e não prática de actividade desportiva, segundo os grupos praticante e não praticante de actividade desportiva, indicou que os idosos com níveis maiores de actividade desportiva e mais tempo de pratica apresentaram melhores resultados no número de erros e acertos no Teste das Figuras Idênticas de Thurstone, seguidos pelos idosos com nível inferior de actividade desportiva. H4: Existem diferenças significativas entre as variáveis atencionais no teste de Atenção Toulouse-Piéron e as variáveis de velocidade perceptiva no teste de figuras idênticas de Thurstone.

• Foram encontradas diferenças significativas nas variáveis do Teste de Atenção de Toulouse-Piéron e não foram encontradas diferenças no Teste das Figuras Idênticas de Thurstone. Deve-se ressaltar ainda que de acordo com os resultados, pode-se concluir que, nas relações entre a atenção e exercício físico, os idosos praticantes de actividade desportiva apresentaram os melhores resultados, confirmando os estudos da revisão de literatura, que indicam melhor atenção para aqueles idosos que possuem vida fisicamente activa.

Desta forma, é relevante enfatizar que uma população de idosos deve está incluída em programas de actividade desportiva (AD), preferencialmente numa proposta de programação de exercícios que abranjam desde exercícios aeróbios como anaeróbicos, para que possa sempre promover, de forma variada, um melhor bem-estar físico e psíquico do indivíduos em processo de envelhecimento. Alguns dados obtidos neste estudo poderão ser futuramente explorados, como os dados relacionados com a prática de actividade desportiva, que, de acordo com a literatura estudada, podem influenciar na melhoria da conservação da atenção. Estudos adicionais relacionados com a intensidade, volume e modalidade de actividade desportiva poderiam fornecer evidências mais consistentes e hipóteses mais claras para os mecanismos envolvidos na relação exercício físico e atenção, bem como o tipo de modalidade praticada pelos idosos. Assim, urge a necessidade de mais pesquisas nesta linha de investigação, as quais devem ser realizadas com amostras maiores, a nível longitudinal, esclarecendo melhor as relações entre intensidade, volume e tipo de exercício necessário. Não podemos esquecer que existem vários aspectos a serem observados ainda neste campo científico, tendo assim a necessidade de novas investigações, de modo que se possa estudar as pessoas que se encontram no decurso de envelhecimento de maneira mais detalhada. Desta maneira, considerar conhecimentos sistemáticos futuros produzidos neste campo de associação entre cognição e desporto possibilitarão o desenvolvimento de explicações empíricas e teóricas mais satisfatórias, bem como o desenvolvimento de novas tecnologias e metodologias para a promoção da saúde nos vários domínios considerados tanto na esfera do exercício como na da cognição do idoso.

 

References

Alves, J. Processamento da informação e inteligência. Lisboa: Edições FMH, (1995).

American College of Sports Medicine. ACSM position stand on exercise and physical activity for older adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, 30 (6): 992- 1008, (1998).

Antunes H. K.; Santos, R. F., Heredia, R. A.; Bueno, O. F. e Mello, M. T. Exercício físico e função cognitiva: uma revisão. Rev Bras Med Esporte. 12 (2): 108 – 114, (2006).

Bento, J., Constantino, J. Em defesa do desporto: mutações e valores de conflito. Coimbra: Almedina, (2007).

Botelho, M. A actividade gímnica e os factores de eficácia no processamento de informação visual. Tese de Doutoramento. FCDEF – UP. Porto, (1998).

Habib, M. Bases neurológicas dos comportamentos. Lisboa: Climepsi, (2000).

Helene, A. F. e Xavier, G. F. A construção da atenção a partir da Memória. Revista. Brasileira de Psiquiatria. São Paulo. 2 (25): 12-20, (2003).

Kastrup, V. A aprendizagem da atenção na cognição inventiva. Revista Psicologia e Sociedade. Rio de Janeiro; 16 (3): 7-16, (2004).

Moran, A. The psychology of concentration in sport performances: a cognitive analysis. Hove: Psychology Press, (1996).

Okuma, S. S. O idoso e a Atividade Física. Campinas: Papirus, (1998). Shephard. R. J. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: Phorte, (2003). Spirduso, W. Physical dimensions of agin. Human Kinetics Publishers, Inc. Champaing, Illinois, (1995).

Van Boxtel M. P., Paas, F. G., Houx, P. J., Adam, J. J., Teeken, J. C. e Jolles, J. Aerobic capacity and cognitive performance in a cross-sectional aging study. Med. Sci. Sports Exerc. 29: 1357-65, (1997).

Veríssimo, M. T. Exercício físico nos idosos. In: O idoso – problemas e realidades. FORMASAU – Formação e Saúde. Coimbra, (1999).

Williams, J. G. Motoric modeling: theory and research. Journal of Human Movement Studies, 24: 237-279, (1993).

Open chat
Saludos de Alto Rendimiento:

Para información sobre los cursos y másteres ONLINE, puede contactarnos por aquí.

Asegúrate de haber completado el formulario (azul) de información del curso/máster.

Gracias!