Éxito y fracaso escolar asociado a la práctica deportiva
El deporte como actividad física, reglamentada, de carácter individual o colectivo, cuya finalidad es alcanzar el mejor resultado o vencer lealmente en competición, ha sido objeto de muchas críticas a lo largo del tiempo en el ámbito escolar.
Éxito y fracaso escolar asociado a la práctica deportiva
Resumen
El deporte como actividad física, reglamentada, de carácter individual o colectivo, cuya finalidad es alcanzar el mejor resultado o vencer lealmente en competición, ha sido objeto de muchas críticas a lo largo del tiempo en el ámbito escolar. Los estudios realizados sobre esta relación se focalizan esencialmente en las cuestiones sociales y culturales del deporte. Todavía, son escasos los trabajos que traten específicamente la influencia de la práctica deportiva en la vida escolar de los alumnos, verificando si existe mejoras o no en el rendimiento escolar o si este no sufre ninguna alteración debido a las actividades deportivas de los alumnos (Viacelli, 2002).
Con el objetivo de estudiar la relación entre el rendimiento escolar de los alumnos y la práctica deportiva, administramos un cuestionario validado en estudios anteriores adaptados para los alumnos de este colegio. Utilizamos una muestra de 264 alumnos de ambos sexos, con edades comprendidas entre los 10 y los 17 años, que frecuentan la enseñanza básica del colegio EB 2/3 Maria Lamas en Oporto.
La descripción de las variables en estudio fue efectuada a partir de las medidas estadísticas descriptivas media, desviación típica y porcentajes. Para el análisis de la relación entre practicantes y no practicantes deportivos con el éxito o fracaso escolar, fueran calculadas las diferencias de media mediante el test t-student.
El objetivo consistió en verificar si existen diferencias significativas en los resultados escolares entre los alumnos que practican y los que no practican deporte y entre alumnos del sexo femenino y masculino. Los resultados obtenidos sugieren que no existen diferencias estadísticamente significativas entre los practicantes y no practicantes deportivos relativamente al rendimiento escolar. Los alumnos del sexo femenino que practican deporte tienen un elevado índice de éxito (no retenciones) comparados con los alumnos del sexo masculino. Nos parece interesante el hecho de que la mayoría de los alumnos (practicantes deportivos o no) entiendan que es posible conciliar la práctica deportiva con los estudios.
1. Introdução
A influência do Desporto na vida escolar tem sido alvo de muitas críticas nos últimos tempos. No entanto, a existência de estudos nesta área são francamente escassos. (Viacelli, 2002).
Segundo Tubino (2001), é importante ressaltar que o Desporto pode constituir um elemento fundamental numa estratégia interventiva de valor pedagógico, se direccionada para a educação.
A Educação, por seu turno, tem um fim eminentemente social, ao compreender o Desporto como manifestação educacional, tem que exigir o chamado Desporto de Educação como um conteúdo fundamentalmente educativo.
Neste sentido, a relação positiva entre a prática desportiva e o desempenho escolar foi explorada através de vários estudos que indicam que uma quantidade substancial de tempo dedicado à prática desportiva se reflecte num desempenho escolar igual e até superior ao atingido por alunos que não possuem práticas desportivas adicionais (Shephard, 1997).
Com este estudo pretende-se saber se a prática desportiva influencia o sucesso e/ou o insucesso escolar dos alunos da Escola EB 2/3 de Maria Lamas, Porto. Para este efeito, foram aplicados questionários devidamente validados que permitem estudar a amostra definida.
2- Fundamentação teórica
2.1 Conceito de Sucesso e Insucesso Escolar
A escola constitui um pilar básico na sociedade para a formação dos indivíduos e da própria comunidade em que se integram. Este atributo da escola é inegável, tanto mais que a maioria das crianças cresce no seio dela.
O sucesso escolar é basicamente indicado pelos resultados obtidos pelo aluno durante a sua vida na escola. Este traduz-se pelas competências adquiridas e desenvolvidas durante e no final do percurso escolar (Mendes, 1997). Perante este argumento, o insucesso escolar é indicado como um fenómeno em que o aluno não atinge os objectivos que lhe compete e consequentemente não transita de ano (Barreiros, 1982). O insucesso é também caracterizado pela inadequação entre os conteúdos transmitidos na escola, as aspirações dos alunos e a não conjugação destes factores com as necessidades do sistema social. (Matos, 1981).
2. 2 Conceito de Prática Desportiva
Antes de nos reportarmos à prática desportiva, importa dar uma definição breve de Desporto, que segundo Romão (2003) remete para “uma actividade física e regulamentada, de carácter individual ou colectivo, cuja finalidade é alcançar o melhor resultado ou vencer lealmente em competição. Assenta sobre a ideia de confronto com um elemento definido: distância, tempo, adversário, ou, por generalização, contra si próprio”.
Perante esta definição, é inegável que a prática desportiva é um bom hábito que proporciona estados adequados de saúde, e deve ser cada vez mais desenvolvida e promovida (Cardoso, 2003). A prática das actividades físicas e desportivas, em todas as idades (sempre bem controlada), deve ser feita de forma contínua, pois é um meio precioso para a manutenção da qualidade de vida (Costa, 2002).
2. 3 Benefícios da Prática Desportiva
A actividade física e desportiva pode fortalecer a saúde, prevenindo as doenças e também a saúde psicológica, através do aumento da auto-estima e da redução dos níveis de ansiedade nos indivíduos activos, aumenta os níveis de satisfação com a imagem corporal e melhora a integração na sociedade aumentando a capacidade de cooperar e de trabalhar em grupo. (Batista, & Vasconcelos, 1995).
Outros estudos revelam que a prática desportiva aumenta a actividade cerebral e o seu desenvolvimento; melhora os níveis de concentração/energia; alterna a constituição física, aumentado a auto-estima e melhorando o comportamento. (Cocke, 2002; Trembley, Inman & Willms, 2000; Dwyer, Coonan, Leitch, Hetzel & Baghurst, 1983; Shephard, 1997)
Ajuda também a aumentar o afluxo de sangue no cérebro; a melhorar a entrada de nutrientes e o despertar; desenvolve a função cognitiva; a aumentar os níveis de substâncias no cérebro – responsáveis na manutenção da saúde dos neurónios; a melhorar indirectamente o funcionamento cerebral, devido à crescente geração de energia e tempo passado fora do período de estudo; a aliviar o tédio, o que resulta em maiores níveis de concentração na sala de aula. (Shephard, 1997; Cocke, 2002; Linder, 1999)
2.4 – Influência da Família na Prática Desportiva das Crianças
É extremamente importante a influência da família para que a prática de uma actividade física seja levada a cabo, pois é ela que vai contribuir para o sucesso e manutenção dessa prática.
Assim, a família é entendida como uma “agência”, sendo os pais os agentes de socialização proporcionando (Carron, 1980 e Cratty, 1984, cit. in Serpa, 1991): i) Suporte emocional; ii) Suporte económico; iii) Modelo para a assimilação de valores, conhecimentos, etc; iv) Oportunidades para a prática; v) Controlo das normas e valores sociais.
A estrutura social do meio em que a criança se insere pode determinar o seu envolvimento na prática desportiva sendo os pais, os primeiros e os mais importantes agentes de socialização. Para além de proporcionarem suporte e encorajamento para a participação no desporto, os pais podem actuar como modelos, se estiverem envolvidos activamente. Se os pais são, ou foram, desportistas, podem proporcionar modelos com conotações de sucesso e, assim, encorajar os seus filhos a participar. Se o desporto não é valorizado pelas pessoas significativas (pais) e não existe reforço para participar e competir no desporto, então, é provável que a criança não se envolva activamente no desporto, apesar das suas elevadas capacidades para o poder fazer. As crianças parecem gostar mais e participam mais no desporto se os pais: i) Praticam ou praticaram desporto; ii) Assistem espectáculos desportivos ou observam regularmente desporto na TV; iii) Esperam que os seus filhos tenham sucesso no desporto; iv) Encorajam activamente a sua participação; v) Encaram o desporto como um tema habitual de conversa em casa.
Proporcionar às crianças a oportunidade para competirem é um papel essencial dos pais. Estes devem ter consciência de que a decisão de participar no desporto competitivo, deve pertencer aos filhos.
3 – Definição do Problema e Objectivos
O presente estudo, constitui como problema a influência que a prática desportiva pode ter no sucesso ou insucesso escolar dos alunos do 2º e 3º ciclo da Escola EB 2/3 de Maria Lamas, no Porto.
3.1 – Objectivos gerais
De acordo com o problema traçado, os objectivos do presente estudo são:
- Conhecer os hábitos de prática desportiva dos alunos;
- Relacionar os alunos praticantes ao sucesso e insucesso escolar e saber se existem
diferenças significativas entre os alunos do sexo feminino e masculino;
- Saber se o tipo de modalidade desportiva tem alguma influência no rendimento
escolar;
- Indagar a opinião dos alunos relativamente à influência da prática desportiva no
rendimento escolar;
- Justificar a prática desportiva como forma de combater o insucesso escolar.
3.2 Hipóteses
Partimos do princípio que as crianças que têm oportunidade de efectuar uma prática desportiva regular, terão menores dificuldades escolares. Assim, levantamos as seguintes hipóteses:
- A prática desportiva promove o sucesso escolar na Escola EB 2/3 de Maria Lamas.
- As crianças sem prática desportiva revelam probabilidades de obter um maior
insucesso escolar.
- Existem diferenças significativas entre os alunos que praticam desporto e os que não
praticam.
- A existência de diferenças entre o tipo de prática desportiva e o rendimento escolar
dos alunos.
4- Material e Métodos
4.1 Caracterização da amostra
A amostra do nosso estudo é constituída por duzentos e sessenta e quatro (n = 264), alunos da Escola EB 2/3 de Maria Lamas. Os sujeitos da amostra foram divididos em função do sexo e da prática e não prática desportiva, os quais são representados no quadro seguinte.
Quadro 1 – Sexo (feminino e masculino), prática e não prática desportiva dos sujeitos que constituíram a amostra
4. 2 Metodologia
A base deste estudo consiste em investigar a associação da prática desportiva ao rendimento escolar. Assim, entendemos realizar um estudo de caso na Escola EB 2/3 de Maria Lamas e comparar os resultados com outros estudos realizados na área. Para este efeito, realizamos uma pesquisa bibliográfica sobre o tema e administramos um questionário validado noutros estudos e que foi adaptado para os alunos desta escola. Os questionários utilizados foram administrados durante as aulas, em várias turmas e de forma aleatória.
4. 3 Procedimentos estatísticos
A descrição das variáveis em estudo foi efectuada a partir das medidas estatísticas descritivas média, desvio-padrão e percentagem.
Para a análise da relação entre os praticantes e não praticantes desportivos com o sucesso e insucesso escolar, foram calculadas diferenças de médias através do teste T-Student, do programa de estatística SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 14.0.
5 – Resultados e discussão
5. 1 Prática desportiva do género feminino e masculino
Quadro 2 – Prática desportiva do género feminino e masculino
Da amostra recolhida e estudada (n = 264), 102 alunos são praticantes desportivos (86 do sexo masculino e 16 do sexo feminino). Isto dá uma frequência relativa de 38,6% de praticantes, respectivamente 84,3% de praticantes masculinos e 15,6% femininos.
Relativamente aos alunos não praticantes, obtivemos um conjunto de 162 alunos (61,4%), dos quais 68 são do sexo masculino (15,7%) e 94 são do sexo feminino (84,4%).
Estes resultados permitem-nos dizer que existem mais alunos não praticantes desportivos do que alunos praticantes. Podemos também afirmar que dos praticantes, existem mais alunos do sexo masculino que feminino e dos não praticantes, mais alunos do sexo feminino que masculino.
5. 2 Prática Federada e Não Federada dos Alunos Praticantes
Figura 1 – Frequência relativa (%) do tipo de prática desportiva dos alunos
Ao observarmos a figura 1, podemos dizer que dos praticantes, 66 são federados (64,7%) e 36 não são federados (35,3%).
Estes resultados indicam que existem mais praticantes federados que não federados.
5.3 Conciliação da prática desportiva com os estudos
Alunos praticantes e Alunos não praticantes
Quadro 3 – Opinião dos alunos praticantes e não praticantes acerca da conciliação da prática desportiva com os estudos
Através da análise do quadro observamos, que os alunos praticantes entendem ser possível conciliar as duas actividades (88,24%). Os restantes alunos consideram, que não é possível conciliar a prática desportiva com os estudos (11,76%).
Os alunos não praticantes entendem que é possível conciliar a prática desportiva com os estudos (88,88%), ao passo que 11,11%, não partilham da mesma opinião.
Estes dados indicam que os alunos só não praticam desporto se não quiserem.
5.4 Influência da Prática Desportiva
Alunos praticantes e Alunos não praticantes
Quadro 4 – Opinião dos alunos praticantes e não praticantes acerca da influência da prática desportiva no rendimento escolar
Ao analisarmos o quadro da opinião dos alunos praticantes acerca da influência da prática desportiva no rendimento escolar, a maioria compreende que essa influência é positiva (76,47%). No entanto, uma frequência de 23,53%, afirma que a prática desportiva influencia negativamente o rendimento escolar o que nos surpreendeu de alguma forma por serem praticantes.
Ao consultarmos os alunos não praticantes acerca da sua opinião sobre a influência da prática desportiva, apercebemo-nos que a maioria dos alunos acredita que a influência é positiva (74,69%). Por sua vez, 25,31% dos alunos acham que a influência é negativa
5.5 – Relação da Prática Desportiva com o Sucesso e Insucesso Escolar
5.5.1 Notas dos alunos
Quadro 5 – Relação da prática desportiva com o sucesso ou insucesso escolar (notas dos alunos)
Antes de efectuar o teste t-student verificamos a homogeneidade das variâncias. Como F = 2,47, com 0,117 > que 0,05, podemos afirmar que existe homogeneidade das variâncias e, como tal, é possível realizar o t-test.
Ao analisar o teste t-student, verificamos que t (264) = 1,33, com 1,85 > que 0,05.
Ao nos debruçarmos sobre a relação que a prática desportiva teria com o sucesso ou insucesso escolar, verificamos que nesta escola não existem diferenças estatisticamente significativas entre os praticantes e não praticantes relativamente ao sucesso e insucesso escolar.
O mesmo aconteceu nos estudos realizados por Spreitzer e Plug em 1973 (citados por Bento e Pereira, 2000) que revelaram a inexistência de qualquer influência da prática desportiva no sucesso escolar, não existindo diferenças significativas entre os praticantes e não praticantes.
Deste modo, não é possível dizer se a prática desportiva é factor de sucesso ou de insucesso escolar, para estes alunos.
Quadro 6 – Relação dos praticantes e não praticantes com o sucesso ou insucesso escolar (Retenções)
Antecedendo a realização do teste t-student verificamos se as variâncias eram homogéneas. Como F = 1,560, com P (0,213) > que 0,05, podemos afirmar que existe homogeneidade das variâncias e, como tal, é possível realizar o t-test.
Ao analisar o teste t-student, verificamos que t (264) = -0,774, com P (0,440) > que 0,05.
Deste modo ao examinarmos as retenções, observando a relação da prática desportiva com o sucesso ou insucesso escolar, também verificamos que não existem diferenças estatisticamente significativas.
Assim, não é possível dizer se a prática é factor de sucesso ou de insucesso escolar nesta escola.
O mesmo aconteceu nos estudos realizados por Spreitzer e Plug em 1973 (citados por Bento e Pereira, 2000), descritos anteriormente.
Quadro 7 – Relação dos praticantes e não praticantes com o sucesso ou insucesso escolar por género (Retenções)
Ao observarmos o quadro 7, podemos verificar que o sexo feminino praticante (n = 11, 68,75%) tem maior índice de não retenções que as alunas praticantes (n = 5, 31,55%) que ficaram retidas. Relativamente ao sexo masculino praticante verifica-se o contrário. Existe um maior índice de retenções (n = 48, 55,81%) que os que nunca ficaram retidas (n = 38, 44,19%).
Relativamente aos não praticantes, no sexo feminino, observa-se que as alunas que ficaram retidas aparecem mais vezes (n = 48, 51,06%) que os que nunca reprovaram (n = 46, 48,94%). No sexo masculino, são mais os alunos que nunca ficaram retidos (n = 38, 55,88%) que os que já ficaram retidos (n = 30, 44,12%).
Devemos realçar que nesta escola encontramos um índice muito elevado de alunas do sexo feminino praticantes desportivas (68, 75%) que revelam sucesso escolar (apesar de serem apenas 16 alunas a praticar desporto), ou seja que nunca ficaram retidas. Perante este resultado, e sabendo que o número de alunas praticantes é reduzido, devemos motivar e fomentar a prática desportiva no caso das raparigas, permitindo que aumente o sucesso escolar dos alunos (diminua as retenções).
Como exemplo de apoio ao nosso resultado fica o estudo efectuado por (Linder, 1999), que utilizou um questionário para recolher informação quer nas actividades físicas quer nos desempenhos académicos em 4.690 estudantes, entre os 9 e os 18 anos, em Hong Kong. Cada estudante completou o seu questionário fornecendo um valor à sua própria actividade física e desempenho académico. Após a informação ter sido analisada no programa de computador Statview, os resultados mostraram uma correlação significativa, mas ténue (mais nas raparigas do que nos rapazes), indicando que os estudantes que se auto-avaliaram, em como tinham um bom desempenho académico, geralmente participavam em mais actividades físicas (Linder, 1999). É óbvio que não há correlação directa ou causas que possam ser assumidas, provenientes deste estudo. No entanto, a relação positiva entre actividade física e desempenho académico avaliado foi encontrada.
6- Conclusões
Tendo em consideração os objectivos deste estudo, podemos tirar o seguinte conjunto de conclusões:
- Relativamente aos hábitos de prática desportiva dos alunos, existem mais alunos não praticantes desportivos do que alunos praticantes.
- Dos alunos praticantes, existem mais alunos do sexo masculino que feminino e dos não praticantes, mais alunos do sexo feminino que masculino.
- Podemos verificar, que nesta escola a prática desportiva não pode ser considerada como factor influenciador do sucesso ou insucesso escolar, visto que obtivemos resultados estatisticamente pouco significativos.
- No entanto, chegamos à conclusão que os alunos do sexo feminino, que são praticantes desportivos, têm um elevado índice de sucesso (não retenções) comparados com os alunos do sexo masculino praticantes.
- Quanto à opinião dos alunos (praticantes e não praticantes desportivos) acerca da influência da prática desportiva no rendimento escolar, deparamo-nos com uma maioria favorável a este parâmetro.
- Achamos interessante o facto da maioria dos alunos (praticantes e não praticantes desportivos) entender que é possível conciliar a prática desportiva com os estudos.
- Apesar dos resultados obtidos, podemos considerar que existem outros factores que influenciam o aproveitamento escolar que podem ser factores de: i) ordem individual (genética); ii) ordem sócio – económica e familiar; iii) ordem escolar. (Matos, 1981)
No entanto, podemos afirmar que a prática desportiva não prejudica o rendimento escolar (como já referimos anteriormente). Para isso temos fortes convicções que os alunos beneficiam significativamente com uma prática desportiva regular porque:
– Crescem como cidadãos mais saudáveis;
– Fogem dos ambientes perversos e corruptos;
– Dão razão à vida;
– Ocupam o seu tempo livre de forma saudável.
Com estes argumentos achamos importante estimular a prática desportiva para aumentar o sucesso escolar.
No quadro 8, apontamos alguns exemplos do que a prática desportiva é capaz de fomentar comparativamente com os atributos que a escola tenta criar nos alunos como meio de aumentar o aproveitamento escolar.
QUADRO 8 – COMPARAÇÃO DOS VALORES PROMOVIDOS PELA ESCOLA E CLUBE
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