Injury patern in young Portuguese Football Players
Injury patern in young Portuguese Football Players
RESUMEN COMUNICACIÓN/PÓSTER
Background: Soccer is the most popular sport worldwide, with about 265 million registered players. In Portugal, there are few epidemiogical studies on youth football making the problem of injuries in this population poorly characterized. To know the magnitude of the problem is essential to adopt efforts to reduce the risk of injury. Objective: To describe the injury profile of the young Portuguese football players of different age levels. Design: Descriptive epidemiologic study performed in the season 2006/2007 using a custom made questionnaire. Participants: 468 subjects, with ages between 13 to 19 years old, sampled from the national competition. 38 players (8%) had already represented the Portuguese national squad for their age group. Results: The overall injury incidence calculated was 1.5 injuries per 1000 player-hour exposure. In game, the injury incidence computed was much higher than in training (9.2 vs 0.98, respectively). Considering all the reported injuries (N=218), almost 92% were characterized as acute injuries. The lower extremity was the most commonly injured body region (86% of all injuries). The most injured sites were the thigh (30%), the ankle (28%) and the Knee (20%). About 25% of the injuries were considered severe injuries with more than 28 days of absence from practice. The five most common diagnosis found were sprains (33%), strains (24%), contusions (18%), fractures (5%) and Osgood- Schlatter disease (4%). 58% of all the injuries were suffered in practice and 39% in a match. Conclusions: Despite the injury incidence rate being smaller in youth football as compared with professional players, we found it to be somewhat significant, possibly affecting the skills development of the players.
I. Introdução
O Futebol é o desporto mais popular a nível mundial, com aproximadamente 200 associações nacionais a representar cerca de 265 milhões de jogadores no activo1. Só na Europa, calcula-se que cerca 20 milhões de pessoas praticam Futebol federado2. Os corpos governamentais do Futebol, em particular da FIFA e UEFA, têm vindo a expressar preocupação sobre as repercussões das exigências físicas e mentais do futebol moderno no aparecimento de lesões3. Tal como no Futebol profissional o impacto das lesões deve ser medido do ponto de vista financeiro e da influência da ausência dos jogadores lesionados na prestação da equipa. No Futebol jovem o impacto das lesões pode ser considerado em termos de prejuízo no desenvolvimento e aquisição de capacidades dos jogadores ausentes. Price et al.4 observaram que quando um jogador jovem se lesiona perde aproximadamente 6% do tempo de competição em cada época desportiva, pelo que uma larga proporção do seu tempo de desenvolvimento é prejudicada. A literatura acerca da problemática das lesões no futebol jovem é vasta, mas as diferenças e inconsistências metodológias entre os diversos estudos dificultam a sua comparação. Contudo, e de uma maneira geral, parece ser relativamente consensual que a grande maioria das lesões neste desporto ocorrem nos membros inferiores e que a taxa de incidência de lesão é predominantemente superior em jogo do que em treino 4,5,6,7,8. O presente estudo é um estudo de natureza epidemiológica, pretendendo-se contribuir para o conhecimento da magnitude do conhecimento das lesões no Futebol jovem. A caracterização da magnitude do problema das lesões nos jovens futebolistas e a correspondente identificação de factores de risco são premissas fundamentais na elaboração e implementação de medidas preventivas futuras.
II. Material e Métodos
O presente trabalho é um estudo de natureza epidemiológica, retrospectivo, não experimental, exploratório e básico aplicado. Este estudo foi efectuado com uma amostra de 468 praticantes federados de futebol com idades compreendidas entre os 13 e os 19 anos. Estes atletas representavam cinco clubes dos distritos de Braga e do Porto nos escalões de Iniciados A e B, Juvenis A e B e Juniores. Salientamos que estes jogadores possuíam um elevado nível competitivo, sendo que 32.9% dos jogadores já tinham representado a selecção regional e 8% a selecção nacional. O questionário utilizado foi adaptado de um questionário elaborado e desenvolvido em vários trabalhos monográfios e de mestrado da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Algumas questões foram modificadas por razões decorrentes de preocupações próprias desta pesquisa. Para verificar a qualidade das perguntas, a organização do questionário, a duração e a sua operacionalidade foi aplicado um pré-teste à versão provisória do questionário. No momento da entrega dos questionários foi explicado o propósito do estudo e à medida que iam surgindo duvidas estas eram esclarecidas sendo mantido sempre um contacto directo com o jogador aquando do preenchimento do questionário. Quanto à análise estatística a caracterização da amostra e das lesões desportivas foi efectuada com base em medidas estatísticas descritivas habituais. O cálculo do valor das incidências e prevalências foi efectuado pelas fórmulas descritas em Knowles (2006)9. O nível de significância foi mantido em 5%. Todas as análises dos dados foram efectuadas no software estatístico SPSS 15.0.
III. Resultados
A amostra do estudo é constituída por 468 jovens futebolistas divididos pelos escalões de iniciados (n=195), juvenis (n=182) e juniores (n=91). A média de idades da amostra é de 15.7 anos, a média de peso de 64.7 quilogramas e a média de altura de 173.6 centímetros (Tabela 1). É importante salientar que com o evoluir dos escalões, e consequentemente da idade, os atletas apresentam uma tendência a tornarem-se mais pesados, mais altos e maturacionalmente mais evoluídos.
Tabela 1. Caracterização da amostra
Tabla 1. Injury patern in young Portuguese Football Players
Tabla 2. Injury patern in young Portuguese Football Players
Tabla 3. Injury patern in young Portuguese Football Players
Tabla 4. Injury patern in young Portuguese Football Players
Tabla 5. Injury patern in young Portuguese Football Players
Figura 1. Injury patern in young Portuguese Football Players
IV. Discussão
V. Conclusão
Referencias
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