+34 96 633 71 35
·WhatsApp·

29 Mar 2007

Study of the zone of distribution in the elite masculine voleibol in function of the feint of displacement and combined attack

/
Posted By
/
Comments0
/
Tags
The objective of this study is to characterize the actions and setting zones, comparing to differnt models used in the observation of men elite volleyball. In order to achieve that we used obervation and game analysis with computerized image from same games…

Autor(es): Maria Francisca Esteves & Isabel Mesquita
Entidades(es): Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal
Congreso: III Congreso Nacional Ciencias del Deporte
Pontevedra-29-31 de Marzo de 2007
ISBN: 84-978-84-611-6031-0
Palabras claves: Voleibol, setter, action and zones of distribution, feint of displacement and combined attack.

Abstract: Study of the zone of distribution in the elite masculine voleibol

The objective of this study is to characterize the actions and setting zones, comparing to differnt models used in the observation of men elite volleyball. In order to achieve that we used obervation and game analysis with computerized image from same games of the final fase of the European Championship 2005 (Portugal, Rússia, Croácia, Itália, Servia e Montenegro e Espanha) and one of the intercontinental group of the world league 2005 (Portugal, Japão, Brasil e Venezuela). We used a sample of 720 setting actions of 12 complete games. In order to test the association between variables, inferential statistics were used namely the Chi-Square.The reliability showed that the observations are reliable enough to be used as scientific tool, based on the percentage of accordance and according to the Kappa de Cohen statistic. Both models of observation comparing the place where the set is made, present different associations with others variables: sets carried through in the Ideal Zone had originated attacks without displacement feint the same, verifying themselves for the Next Zone in Modelo 2; it was verified predominance of attack not combined in the Ideal Zone (Modelo 1) and in the 3 zones of Modelo 2, however, in the Intermédia zone a superior percentage of attack combined in relation to the Next Zone was observed .

Introduçao

No âmbito dos Jogos Desportivos (JD) a análise do jogo, entendida como o estudo a partir da observação da actividade dos jogadores e das equipas, tem vindo a construir um argumento conceptual e instrumental de crescente importância. Este facto pode ser explicado pelas virtualidades que se lhe reconhece, traduzidas quer no substrato informacional que daí pode resultar para o treino, quer nas potenciais vantagens que encerra para viabilizar a regulação da prestação competitiva (Garganta, 1997; 1999). Actualmente, o jogo assenta na capacidade dos seus jogadores e treinadores tentarem implementar uma velocidade constante e superior em todas as zonas de ataque. Uma das alterações que pensamos ter importância foi a passagem de um estilo de jogo tipo “jogo combinado” para um tipo de jogo mais rápido, onde as combinações (apesar de ainda serem bastante utilizadas) perderam terreno para a velocidade. A análise histórica do jogo de Voleibol, baseia-se, desde a fase inicial da indiferenciação total das funções até ao conceito vigente da especialização funcional maximal (Moutinho, 2000). Sendo o jogador distribuidor o organizador do jogo ofensivo numa equipa de Voleibol (Pereira, 1998; Moutinho, 2000; Dias, 2004), e tendo por referencia a evolução da modalidade, este jogador tem vindo a refinar as suas competências na medida em que, da qualidade do passe de ataque depende em parte o êxito dos atacantes. Hoje, as variações do ataque obrigam o distribuidor a ter uma habilidade diferenciada para obter sucesso na sua posição. A avaliação e valoração das acções de jogo do distribuidor e da distribuição têm, de uma forma reconhecida, assentado em desajustados instrumentos da observação ou em opiniões empíricas dos treinadores (Moutinho, 2000). Neste sentido, apresentando-se a zona 2/3 (Selinger, 1986; Hebert, 1991; Moutinho,1993, 2000; Mesquita e Graça, 2002; Papadimitrou et al.,2004) na bibliografia, como a zona ideal de distribuição, e de acordo com a nossa experiência enquanto distribuidoras, na actualidade face à evolução do jogo ofensivo revela-se um pouco desajustada, na medida em que mostra ser reduzida para a intervenção espacial real do jogador distribuidor, principalmente no alto rendimento. A pertinência deste trabalho situa-se, então, em tentar perceber se de facto existem outras zonas de intervenção do jogador distribuidor, e se associam a condições de ataque favoráveis, nomeadamente: finta de deslocamento e ataque combinado.

Material y método

1.Amostra Do presente estudo fizeram parte 720 acções de distribuição. Esta amostra foi retirada de 12 jogos, dos quais foram observados 44 sets. O estudo baseou-se em dez selecções nacionais de voleibol, do escalão sénior masculino, que participaram na fase final do Campeonato da Europa 2005 que decorreu em Itália (Roma) e numa das Poules intercontinentais da Liga Mundial 2005. Relativamente ao Campeonato da Europa as selecções observadas foram: Portugal, Rússia, Croácia, Itália, Servia e Montenegro e Espanha. Na Liga Mundial as equipas foram Portugal, Japão, Brasil e Venezuela. 2. Variáveis em análise – Zona de Distribuição – Modelo 1 Esta variável representa o local do campo para onde a bola é enviada, após a recepção ao serviço, ou seja, onde é executado o passe de ataque. Na avaliação desta variável foram definidas apenas duas categorias: distribuição efectuada na “Zona Ideal” e “Resto da Campo” (Selinger, 1986). Esta é a zona tradicional frequentemente utilizada em estudos como Moutinho (2000), Nogueira (2004), Campo (2004) e Paulo (2004). Assim, para a Zona Ideal foi considerada uma circunferência de 1,5 metros de diâmetro, com centro na marcação da zona 2/3, e à distância de 30 cm a partir da linha central do campo de voleibol. (Charles et al., 1995). Todo o resto do espaço delimitado pelo terreno de jogo é considerado pela categoria Resto do Campo. Zona sombreada: corresponde à Zona Ideal. Zona branca: corresponde à categoria Resto da Campo.

FIGURA 1 – Zona ideal de distribuição – Modelo 1.

Completa la información

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº3.

¡Consíguelo aquí!

– Zona de distribuição – Modelo 2 De acordo com a bibliografia existe uma maior capacidade de intervenção do jogador distribuidor no jogo de Voleibol (Moutinho, et al, 2003; Mesquita e Graça,2002). Também a evolução do jogo de Voleibol, de acordo com nossa experiência enquanto distribuidora, quer em clubes, quer a nível de Selecções, permite5 nos verificar que no jogo de Voleibol actual existe um maior espaço de intervenção dos distribuidores, permitindo situações optimizadas de finalização. Baseado nestes pressupostos consideramos relevante realizar um estudo prévio. Para a definição do modelo 2, foi realizado o estudo prévio no sentido de definir zonas de distribuição optimizadas do jogo ofensivo. O estudo prévio consistiu na aplicação de um questionário e na observação de jogos de equipas de alto rendimento. O questionário foi aplicado a peritos do Voleibol, sendo a amostra constituída por 20 treinadores, 16 dos quais pertencentes a equipas nacionais e 4 a treinadores internacionais de alto rendimento. Os resultados apontam para a existência de mais do que uma zona de distribuição, na medida em que actualmente o distribuidor, consegue de diferentes zonas do campo acções de distribuição eficazes. Embora não fosse consensual as medidas das 3 zonas pelos peritos, verificouse a tendência para a existência de uma zona junto à rede alargada, uma zona imediatamente a seguir de menor dimensão e uma zona mais afastada. No sentido de definir espacialmente, recorreu-se, seguidamente à observação de nove sets de equipas de alto de rendimento, com a digitalização de imagens, num total de 150 acções. Digitalizamos uma figura de acordo com as indicações dos peritos, sendo assim, utilizada a seguinte figura:

FIGURA 2 -Zonas de distribuição – Modelo 2

Na realização do nosso estudo piloto, e através da nossa experiência chegamos à conclusão que deveríamos utilizar a seguinte figura, uma vez que pensamos que a zona ideal seria a zona negra, no entanto a zona cinzenta também permite boas opções de ataque. – Finta de Deslocamento Segundo Teoduresco (1984) finta de deslocamento é considerada como uma mudança de trajectória dos atacantes. No presente estudo as categorias consideradas remetem para a existência ou não de finta. – Ataque Combinado De acordo com Teoduresco (1984) combinação táctica representa a coordenação das acções de dois ou mais companheiros, numa fase do jogo com uma missão parcial do jogo de ataque. Surpreendem o bloco, enganando em relação à zona de finalização (Papadimitrou et al., 2004). Esta variável divide – se em duas grandes categorias, “existe ataque combinado” ou “não existe ataque combinado”. Contudo, fazemos ainda distinção ao ataque combinado com ou sem finta de deslocamento. 3. Procedimentos de recolha da informação A recolha da informação, considerada neste estudo, foi realizada em diferido, tendo sido analisada através de digitalização de imagem. Para cada uma dos jogos realizámos um modelo topográfico, através do programa Pinacle Studio Plus versão 9.3, em que se tratou cada jogo individualmente de modo a analisar com precisão as distintas zonas de ataque. Foi mantida em todos os jogos a perspectiva de “topo”, ou seja, a visualização do campo longitudinalmente.

FIGURA 3 e 4 – Modelo topográfico.

Completa la información

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº3.

¡Consíguelo aquí!

4. Procedimentos estatísticos Neste estudo utilizamos a estatística inferencial. Para testar a associação entre as diferentes variáveis em análise utilizámos o qui-quadrado (X2) em tabelas de contingência e o V de Cramer. O nível de significância considerado foi de 5%. 5. Fiabilidade da observação Com o intuito de verificar a consistência das observações considerámos a fiabilidade intra-observador e inter-observador, através da observação dos jogos entre a Sérvia Montenegro e Itália e Portugal com a Rússia, perfazendo um total de 144 acções (20% do total da amostra). Esta percentagem amostral é superior aos valores mínimos de 10% estipulados na literatura (Tabachnick e Fidell, 1989). Os resultados obtidos mostraram percentagens de acordos acima dos limites mínimos definidos pela literatura, ou seja, 80% (Van der Mars, 1989). No sentido de excluir a possibilidade de existirem acordos por acaso, aplicou-se a estatística Kappa de Cohen.

QUADRO 1 – Percentagem de acordos da análise inter e intra – observador

Apresentaçao e discussão dos resultados

Associação entre Zona de distribuição – Modelo 1 e Finta de Deslocamento Podemos verificar que existem diferenças estatisticamente significativas entre a zona de distribuição – Modelo 1 e o ataque com finta de deslocamento (p= 0,00), existindo uma relação de dependência (X2= 50,884). O grau de relação entre estas duas variáveis é fraco (V Cramer = 0,266), pois o valor de V de Cramer é baixo. No entanto, verifica-se em todas as células valores dos resíduos ajustados fora do intervalo [-2,2]. De um modo geral, o que se observa no quadro 2, é o facto de o ataque com finta de deslocamento não ser muito utilizado pelos atacantes, pois apresenta valores bastante baixos (16%), sendo uma grande parte dos ataques realizados sem finta de deslocamento (84%). Analisando minuciosamente o quadro, constata-se que apenas 29,8% dos ataques que se realizam a partir de uma distribuição realizada da Zona Ideal, se realizam com finta de deslocamento. E, quando a distribuição se realiza Zona Resto do Campo, essa percentagem diminui, substancialmente (9,1%).

QUADRO 2 – Tabela de contingência para o ataque com finta de deslocamento em função da zona de distribuição –Modelo 1

Completa la información

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº3.

¡Consíguelo aquí!

È importante referir, que a maior parte das fintas de deslocamentos são realizadas pelos centrais, no sentido em que se movimentam para o ataque de uma bola rápida à frente do distribuidor, e no último momento, fazem um movimento para as Finta de Deslocamento Zona de Distribuição – Modelo 1 Com finta de deslocamento Sem finta de deslocamento Total Frequência 71 167 238 Frequência esperada 38,0 200,0 238,0 % zona distribuição1 29,8% 70,2% 100,0% % finta de deslocamento 61,7% 27,6% 33,1% Zona Ideal Resíduos ajustados 7,1 -7,1 Frequência 44 438 482 Frequência esperada 77,0 405,0 482,0 % zona distribuição1 9,1% 90,9% 100,0% % finta de deslocamento 38,3% 72,4% 66,9% Zona Resto do Campo Resíduos ajustados -7,1 7,1 Frequência 115 605 720 Frequência esperada 115,0 605,0 720,0 Total % zona distribuição1 16,0% 84,0% 100,0% % finta de deslocamento 100,0% 100,0% 100,0% costas deste, atacando uma bola curta nas costas. Este tipo de fintas verificou-se mais na selecção do Japão. Associação entre a Zona de Distribuição – Modelo 2 e finta de deslocamento A análise da relação entre as variáveis zona de distribuição – Modelo 2 e o ataque com finta de deslocamento. Estas revelam uma associação estatisticamente significativa (X2=69,075; p=0,00; V de Cramer=0,31), pois quase todas as células apresentaram valores de resíduos ajustados que contribuíram para tal.

QUADRO 3 – Tabela de contingência para o ataque com finta de deslocamento em função da zona de distribuição –Modelo 2

Completa la información

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº3.

¡Consíguelo aquí!

Importa realçar neste caso, é o facto de nas três zonas diferentes de passe a grande parte do ataque se realiza sem finta de deslocamento, ou seja, Zona Próxima, Intermédia e Afastada, com percentagens de 70,8%, 85,4% e 96,7%. Este aumento crescente das percentagens acontece pois da Zona Próxima para a Zona Afastada, vai existindo um afastamento da zona “óptima” de realização da distribuição. Mesmo na Finta de Deslocamento Zona de Distribuição – Modelo 2 Com finta de deslocamento Sem finta de deslocamento Total Frequência 81 196 277 Frequência esperada 44,2 232,8 277,0 % zona distribuição2 29,2% 70,8% 100,0% % finta de deslocamento 70,4% 32,4% 38,5% Zona Próxima Resíduos ajustados 7,7 -7,7 Frequência 25 146 171 Frequência esperada 27,3 143,7 171,0 % zona distribuição2 14,6% 85,4% 100,0% % finta de deslocamento 21,7% 24,1% 23,8% Zona Intermédia Resíduos ajustados -0,6 0,6 Frequência 9 263 272 Frequência esperada 43,4 228,6 272,0 % zona distribuição2 3,3% 96,7% 100,0% % finta de deslocamento 7,8% 43,5% 37,8% Zona Afastada Resíduos ajustados -7,2 7,2 Frequência 115 605 720 Frequência esperada 115,0 605,0 720,0 Total % zona distribuição2 16,0% 84,0% 100,0% % finta de deslocamento 100,0% 100,0% 100,0% Zona Próxima, a solicitação do ataque com finta de deslocamento é relativamente baixa (29,2%). Isto pode dever-se à indisponibilidade do atacante central em atacar rápido (Neves, 2004), e de, como se verificou, não ser um tipo de finta muito utilizada. Nas restantes zonas (Intermédia e Afastada) esse número de ocorrências vai diminuindo de 27,3%, para um número substancialmente inferior, 3.3%. Associação entre a Zona de Distribuição – Modelo 1 e Ataque Combinado O quadro 4 expõe os dados relativos à associação entre as variáveis zona de distribuição – Modelo 1 e Ataque Combinado. Os resultados demonstram um valor de dependência baixo (X2=8,924), significativo do ponto de vista estatístico (p= 0,00). O V de Cramer dá uma associação baixa entre as duas variáveis (V Cramer = 0,111). Em termos percentuais, quando a bola é colocada em Zona Ideal, existe uma supremacia de ataque não combinado face ao ataque combinado (65,1% e 34,9%). O mesmo se verifica, como seria de esperar, quando a bola não está na zona de excelência, embora com maior amplitude percentual (75,7% e 24,3 %, respectivamente). Apesar de se verificar uma predominância do jogo com ataque não combinado (520 ocorrências no total), mesmo fora da zona de excelência (Zona Ideal)), os distribuidores conseguem criar boas condições aos seus atacantes, o que leva a concluir que a Zona Ideal é um pouco reduzida, pois bolas colocadas fora dela também dão possibilidades de combinações com os atacantes. Apesar de ser um estudo realizado no voleibol feminino, Silva (2005) constatou que o jogador oposto e os outros efectuam significativamente menos ataques combinados e mais ataques não combinados, comprovando os nossos resultados. Simões (2002) apresenta no seu estudo que as sequencias ofensivas desenvolvem-se quase exclusivamente (96,8%) através de jogadas sem combinações de ataque. Sousa (2000) verificou que as sequências ofensivas também se realizavam em 88,9% sem combinações de ataque.QUADRO 4 – Tabela de contingência para o ataque combinado em função da zona de distribuição – Modelo 1 Associação entre a Zona de Distribuição – Modelo 2 e o Ataque Combinado Através da análise estatística (Quadro 5), percebemos que as variáveis zona de distribuição – Modelo 2 e Ataque Combinado mostram uma associação significativa (X2=22,549; p=0,00; V de Cramer=0,177), no entanto através do V de Cramer verificase uma associação fraca. As células que reflectem os ataques combinados com bola colocada em Zona próxima e Intermédia (2,6 e 2,4) e as que associam os ataques não combinados por Zona Afastada (4,7), apresentam valores acima dos esperados. Com valores abaixo dos esperados, constata-se nos ataques não combinado por Zona Próxima e Intermédia (-2,6 e -2,4); e nos ataques combinados por Zona Afastada (-4,7), em que o numero de frequência ocorrido foi inferior o que era esperado. Contudo todos os valores se encontram fora do intervalo [-2,2]. Todavia, mesmo com a bola na Zona Intermédia os distribuidores conseguem criar 35,1% de situações com ataque combinado, mostrando-se esse valor superior à Zona de Distribuição – Modelo 1 Ataque Combinado SIM NÂO Total Frequência 83 155 238 Frequência esperada 66,1 171,9 238,0 % zona distribuição1 34,9% 65,1% 100,0% % ataque Comb. 41,5% 29,8% 33,1% Zona Ideal Resíduos ajustados 3,0 -3,0 Frequência 117 365 482 Frequência esperada 133,9 348,1 482,0 % zona distribuição1 24,3% 75,7% 100,0% % ataque Comb. 58,5% 70,2% 66,9% Zona Resto do Campo Resíduos ajustados -3,0 3,0 Frequência 200,0 520,0 720,0 Frequência esperada 27,8% 72,2% 100,0% Total % zona distribuição1 100,0% 100,0% 100,0% % ataque Comb. 27,8% 72,2% 100,0% percentagens de combinações por Zona Próxima (33,2%). Isto implica que, mesmo com a bola colocada um pouco mais afastada da rede, o distribuidor consegue jogar de uma forma semelhante. Então, a Zona Intermédia, que era considerada como uma zona não ideal de passe, ou seja que não permitia optimizar as condições de distribuição, pode ser considerada como uma Zona “Boa” de passe. O número de ocorrências de ataque combinado, diminui da Zona Intermédia, para a Zona Próxima e por fim, para a Zona Afastada; contudo em todas as zonas o distribuidor consegue fazer jogadas combinadas, fazendo notar-se a importância que cada Zona assume no ataque combinado.

QUADRO 5 – Tabela de contingência para o ataque combinado em função da zona de distribuição – Modelo 2

Completa la información

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº3.

¡Consíguelo aquí!

Conclusões

Na interferência da zona de distribuição – Modelo 1 com a finta de deslocamento, os resultados apontaram para o facto de uma grande parte dos passes realizados na Zona Ideal originarem ataques sem finta de deslocamento, e uma moderada percentagem de ataques com finta de deslocamento. No Resto do Campo, evidenciaram-se os mesmos resultados, mas de forma mais realçada, para a não existência de finta de deslocamento por parte dos atacantes. A interferência da zona de distribuição – modelo 2 com o ataque com finta de deslocamento, revelou-se estatisticamente significativa na medida em que a existência da finta de deslocamento foi diminuindo da Zona Próxima, para a Zona Intermédia, e desta para a Zona Afastada. A análise do conjunto de resultados respeitante à interferência da zona de distribuição – modelo 1 com o ataque combinado, demonstrou uma associação significativa, na medida em que verificamos predominância do ataque não combinado, quer na Zona Ideal quer fora dela, apresentando os valores de diferenças entre as zonas de 10%. Os resultados relativos à interferência da zona de distribuição – Modelo 2 com a existência ou não de ataque combinado, mostram uma associação significativa. De destacar a predominância do ataque não combinado; no entanto na Zona Intermédia verificou-se uma percentagem de ataque combinado superior à Zona Próxima. Isto vem realçar a importância que a Zona Intermédia assumiu, no que diz respeito à área de intervenção do jogador distribuidor. Mesmo com a bola colocada um pouco mais afastada da rede, o distribuidor consegue optimizar as condições de distribuição, permitindo-lhe o sucesso na sua acção e o dos seus atacantes.

Refêrencias Bibliograficas

  • Campo, J. (2004). La Táctica Colectiva: Los Complejos Tacticos. In Curso Nacional de Entrenadores de Nível III: Manual del Entrenador. Real Federación Española de Voleibol. Valladolid (Espanha). Comité Nacional de Entrenadores.
  • Charles, B. ; Gang, B. ; Jacques, B. (1995). Fondamentaux l’Entrainement Technique. Federation Française de Volley Ball.
  • Dias, C. (2004). A distribuição no voleibol: criar uma estratégia de sucesso. Horizonte. Vol. XIX. Janeiro-Fevereiro. Dossier I-XII. Garganta, J. (1997). Modelação táctica do jogo de Futebol. Estudo da organização ofensiva em equipas de alto rendimento. Tese de dissertação de doutoramento. Porto. Faculdade de Ciências do
  • Desporto e Educação Física da Universidade do Porto. Garganta, J. (1999). A analise do jogo em futebol. Percurso evolutivo e tendência. In F. Tavares (ed.), CEJD. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto. 14-40.
  • Hebert, M. (1991). Insights and Strategies for winning Volleyball. Human Kinetics. Champaign, IIIlionois (E.U.A.).
  • Mesquita, I.; Graça, A. (2002). O conhecimento estratégico de um distribuidor de alto nível. Treino desportivo, 17, 15-20.
  • Moutinho, C. (1993). Construção de um sistema de observação e avaliação da distribuição em voleibol, para equipas de rendimento (SOS-vgs).Dissertação apresentada às provas de aptidão pedagógica e de capacidade Cientifica. Faculdade de Ciências do desporto e de Educação Física. Universidade do Porto. Porto.
  • Moutinho, C. (2000). Estudo da estrutura interna das acções da distribuição em equipas de voleibol de alto nível de rendimento – contributo para a caracterização e prospectiva do jogador distribuidor. Tese de Dissertação de doutoramento. Faculdade de Ciências de Desporto e Educação Física da Universidade do Porto. Porto.
  • Moutinho, C.; Marques, A.; Maia, J. (2003). Estudo da estrutura interna das acções da distribuição em equipas de Voleibol de alto nível de rendimento. In I. Mesquita, C. Moutinho & R. Faria (Eds.). Investigação em Voleibol. Estudos Ibéricos. FCDEF-UP. 107-129.
  • Neves, J. (2004). Estudo do Bloco em transição e side-out transition em função das regularidades do ataque adversário. Monografia de Licenciatura. Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto.
  • Nogueira, B. (2004). Regularidades da estrutura ofensiva na fase de transição do jogo de voleibol de alto rendimento. Monografia de Licenciatura. Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto.
  • Papadrimitrou K.; Pashali E.; Sermaki I.; Mellas S.; Papas M. (2004). The effect of the opponents’ serve on the offensive actions of Greek setters in Volleyball games. International
  • Performance Analysis in Sport. 4 (1). 23-33.[Consult. 14 Jul. 2006].
  • Paulo, A. (2004). Efeito das condições do ataque na sua eficácia na fase de side-out em Voleibol. Estudo aplicado na selecção portuguesa sénior masculina no Campeonato do Mundo de 2002. Monografia de Licenciatura. Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto.
  • Pereira, F. (1998). Capacidade de decisão táctica das distribuidoras de voleibol: estudo comparativo em jogadoras de voleibol feminino com diferente nivel competitivo. Tese de dissertação de mestrado. Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto.
  • Sellinger, A. (1986). Power Volleyball. St. Martin’s Press. New York.
  • Simões, M. (2002). Regularidades da estrutura ofensiva em equipa masculina de Voleibol de alto nível de rendimento – estudo de caso. Monografia de Licenciatura. Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto.
  • Silva, J. (2005). O Ataque por zona 2em função do Tipo de Atacante Finalizador, no Voleibol – Estudo aplicado em equipas seniores, numa poule de apuramento para o Campeonato da Europa de 2005. Monografia de Licenciatura. Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto.
  • Sousa, D. (2000). Organização táctica no Voleibol. modelação da regularidade de equipas de alto nível em função da sua eficácia ofensiva, nas acções a partir da recepção ao serviço. Tese de Dissertação de Mestrado. Porto. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto.
  • Tabachnick, B. ; Fidell, L. (1996). Using Multivariate Satatistics. 3ª Edição. Harper Collins College. Nova Iorque (E.U.A.).
  • Teoduresco, L. (1984). Problemas de teoria e metodologia nos jogos desportivos. Horizonte. Lisboa.
  • Van der Mars, H. (1989) Observer reliability: Issues and Procedures. In Analysing Physical Education and Sport Instruction. P.W. Darst, D.B. Zakrajsek & V.H. Mancini (Eds). 2ª Edição. 53-80.
Open chat
Saludos de Alto Rendimiento:

Para información sobre los cursos y másteres ONLINE, puede contactarnos por aquí.

Asegúrate de haber completado el formulario (azul) de información del curso/máster.

Gracias!