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26 Sep 2011

The effect of sex on manual dexterity in children from 8 to 10 years old

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Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº15.

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The aim of the present study was to evaluate the effect of gender on manual dexterity and on functional hand asymmetry (FHA) in 22 children (11 boys and 11 girls) from 8 to 10 years old (9±0,3yrs). In each gender we intend, also, to compare the performance of both hands.

Autor(es): Tiago Montanha; Prof. Manuel Botelho; Prof.ª Olga Vasconcelos
ISBN: 978-84-614-9945-8
Congreso: VII Congreso Nacional De Ciencias Del Deporte y la Educación Física
Pontevedra: 5 – 7 de Mayo del 2011

RESUMEN COMUNICACIÓN/PÓSTER

Abstract

The aim of the present study was to evaluate the effect of gender on manual dexterity and on functional hand asymmetry (FHA) in 22 children (11 boys and 11 girls) from 8 to 10 years old (9±0,3yrs). In each gender we intend, also, to compare the performance of both hands. No child practiced physical activity beyond physical education curriculum, nor had any experience in learning or performance of musical instruments that sought the motor skills in question. To assess manual dexterity of the preferred hand (PH), non-preferred hand (NPH) and the functional hand asymmetry (FHA).it was applied the Soda Pop Test (AAPHERD, 1996). Subjects were counterbalanced with respect to the starting hand. For the statistic treatment of the data, the Excel program was used, with the supplement Analysis ToolPack VBA installed, while descriptive statistics and inferential statistics were applied. The level of significance was set at p ?0,05. Results showed that: i) Regarding the PH, boys presented a statistically significant higher performance when compared to the girls; ii) According to the NPH, there wasn’t significant differences between both groups. The same occurred with respect to FMA; iii) When comparing both hands, in the boys’ group, we observed a statistically significant better performance of the PH match up to the NPH; iv) In the girls group, we didn’t verify statistically significant differences between the PH and the NPH. These findings are discussed in relation to the bio-social environment. We suggest, for a future study on this subject, a longitudinal investigation regarding the effect of gender and handedness on manual dexterity, in order to a better understanding of the development (cultural, neurological, physiological and functional) of this ability and its consequent functional motor asymmetry.

Palabras clave (3-5 palabras): Manual dexterity; motor asymmetry; children; gender; Soda Pop.

 

Introdução

            A destreza pode ser definida como uma capacidade adquirida para atingir determinados resultados com um máximo de êxito e muitas vezes com um mínimo de tempo e / ou de energia e, assim, melhorável através da prática (Schmidt & Wrisberg, 2000). Vários autores procuraram definir destreza e, apesar dos obstáculos que são apresentados pela aplicabilidade do termo em vários contextos (principalmente pelo senso comum), tem sido enfatizada a importância da prática e do treino no domínio desta capacidade. Lucea (1999) define destreza motora como a capacidade do indivíduo ser eficiente numa determinada habilidade que pode ser adquirida por meio de aprendizagem. Também Latash e Turvey (1996), de acordo com Lucea (1999), afirmam que a destreza não é inata, podendo ser uma capacidade exercitada, desenvolvida, e treinada, e que as diferenças entre indivíduos são meramente qualitativas. Carvalho (1993), realçando a importância da aprendizagem e do treino na destreza manual, define a destreza como uma capacidade complexa que permite ao sujeito adaptar-se rapidamente a acções motoras de difícil execução, adaptar-se às circunstâncias do movimento e aprender rapidamente novas acções motoras. Pérez (1994), diminuindo a abrangência do termo, utiliza-o para classificar movimentos hábeis que se realizam com as mãos. Relativamente à destreza manual, podem ser distinguidos dois tipos: destreza manual fina e destreza manual global. Desrosiers et al. (1997), citados por Carneiro (2009), afirmam que a destreza manual fina diz respeito à habilidade de manipular pequenos objectos com as partes distais dos dedos, envolvendo movimentos rápidos e precisos. Já a destreza manual global é referente á manipulação de objectos maiores, e a utilização de movimentos mais globais em detrimento dos interdigitais. Existem vários testes para a avaliação desta capacidade, como por exemplo o teste de Destreza Manual de Minnesota, o Tapping Test, o teste Soda Pop, ou o Purdue Pegboard Test. Existem alguns estudos investigando a influência do treino e da preferência manual nos níveis de desempenho da destreza manual. Em vários deles foram encontradas diferenças significativas entre a mão preferida (MP) e a mão não preferida (MNP), sendo a primeira mais rápida e proficiente. Francis e Spirduso (2000) realizaram um estudo com 81 destrímanos (jovens e idosos) em que foi avaliada a precisão, velocidade, coordenação e destreza manual. Todos os sujeitos apresentaram melhores desempenhos com a sua mão preferida – a direita. Também Steenhuis e Bryden (1999), num estudo com 100 jovens universitários, concluíram que a mão preferida, em termos de destreza manual, era a mais proficiente. Contudo, Vasconcelos (2004) afirma que, por vezes, a preferência e a proficiência não apresentam uma relação perfeita, podendo acontecer um melhor desempenho da MNP relativamente à MP. É o caso de determinados estudos envolvendo tarefas de velocidade de reacção (e.g. Carson, Chua, Elliott & Goodman, 1990) ou de força (Vasconcelos, 1993a; Vasconcelos, 1993b).
Neste estudo comparámos os sexos relativamente à destreza manual (MP, MNP e assimetria manual), assim como os mesmos parâmetros de análise (MP e MNP) em cada sexo.

 

Material e Métodos
Caracterização da amostra

            A amostra seleccionada para este estudo é constituída por 22 crianças que frequentam o 4º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico, no Colégio Camões, situado no distrito do Porto. As suas idades estão compreendidas entre os 8 e os 10 anos, sendo a média de idades de 9,0 anos e o desvio padrão de 0,3 anos. Nenhuma criança praticava actividade física para além da Educação Física curricular nem tinha qualquer experiência na aprendizagem ou desempenho de instrumentos musicais que solicitassem a capacidade motora em questão. Relativamente à idade, o Quadro 1 apresenta uma caracterização mais explícita da amostra.

Table 1. The effect of sex on manual dexterity in children from 8 to 10 years old

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 21

Quadro 1: Caracterização da amostra em função do sexo e da idade. Número de sujeitos.

O Quadro 2 apresenta a caracterização da amostra relativamente à preferência manual. O critério utilizado para esta avaliação foi o da mão de escrita, com confirmação a posteriori de que nenhuma criança destrímana foi contrariada na sua preferência manual.

Quadro 2: Caracterização da amostra em função da preferência manual (número e percentagem).

Table 2. The effect of sex on manual dexterity in children from 8 to 10 years old

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 21

No Quadro 2 é possível observar que 40,9% da amostra é constituída por rapazes destrímanos, e 45,5% por raparigas destrímanas. Relativamente aos sinistrómanos, os rapazes representam 9,1% da amostra total enquanto as raparigas representam 4,5%. Ainda relativamente à preferência manual, 86,4% da amostra, que corresponde a 19 crianças, é constituída por destrímanos, e 13,6% da amostra, que corresponde a 3 crianças, é constituída por sinistrómanos.

 

Metodologia

            Com o objectivo de avaliar a destreza manual foi utilizado o teste Soda Pop (AAPHERD, 1996). Como ilustram as Figuras 1 e 2, a superfície do teste foi feita em cartão, com papel autocolante colorido (vermelho e amarelo) definindo as marcas numa das faces do cartão.

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 15

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Figuras 1 e 2 Face da superfície onde é realizado o teste Soda Pop.

Na outra face foram colados 5 pedaços de fita-cola de dupla face – 4 nos cantos e 1 no centro, como representa a Figura 3 – de modo a fixar o cartão na mesa, assim que retiradas as películas.
Foram utilizadas 3 latas de refrigerante de 33 cl, como ilustra a Figura 4.

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Figura 3 Face que cola na mesa com as tiras de fita-cola de dupla face.
Figura 4 Latas usadas no teste Soda Pop.

  O teste foi explicado a cada criança individualmente, tendo sido utilizada instrução verbal e demonstração. Para cada mão foram concedidas duas tentativas de familiarização com o teste, seguidas por duas tentativas válidas para avaliação. Antes da realização do teste foram indicados os seguintes critérios de êxito: (i) Começar o teste após o sinal do avaliador; (ii) Iniciar sempre a viragem das latas pelo lado da mão que realiza o teste; (iii) Efectuar a preensão das latas com o correcto posicionamento da mão em cada fase do teste (polegar voltado para cima na 1º e 3º viragens e polegar voltado para baixo na 2º e 4º viragens); (iv) Não deixar cair nenhuma lata; (v) Ser o mais rápido possível cumprindo os critérios de êxito acima mencionados.

Como forma de motivar as crianças, para que procurassem ser eficazes e rápidas na execução do teste, foi-lhes dito que haveria dois prémios – um para o “vencedor” do grupo dos rapazes e outro para a do grupo das raparigas – 2 chocolates KitKat.
Os tempos foram anotados com aproximação às décimas de segundo e apenas o melhor resultado de cada criança foi considerado para a avaliação estatística – conforme o protocolo.
Antes da realização do teste, foi pedido á criança que escrevesse o seu nome e idade numa folha enquanto era observada pelo avaliador, e registou-se a mão utilizada. Esta avaliação possibilitou contrabalançar a amostra relativamente á mão que iniciava o teste de destreza manual.
Nenhuma criança participou no estudo contra a sua vontade, e todas o fizeram com a autorização dos respectivos encarregados de educação e do colégio em questão.

 

Procedimentos Estatísticos

            No tratamento estatístico dos dados recorreu-se à estatística descritiva – média e desvio padrão – e à estatística inferencial – teste t de Student medidas independentes. Foi utilizado o programa Excel 2007, do Windows XP, com a instalação do suplemento Analysis Toolpak – VBA. O nível de significância utilizado foi p ?0,05.

 

Resultados

            Relativamente á destreza manual da MP e da MNP, o Quadro 3 mostra os resultados de ambos os grupos.

Quadro 3 Destreza manual (MP e MNP) em função do sexo. Média, DP (em segundos), valores de t e p.

Table 3. The effect of sex on manual dexterity in children from 8 to 10 years old

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 21

            Como verificamos no Quadro 3, existem diferenças estatisticamente significativas (p =0,003) entre os sexos na destreza manual da MP. Os rapazes apresentam um melhor desempenho do que as raparigas. Quanto á MNP, não se verificam diferenças significativas (p =0,176) entre os grupos.

O Quadro 4 apresenta, para cada sexo, as diferenças na destreza manual entre MP e MNP.

Quadro 4 Destreza manual. Comparação entre MP e MNP em cada sexo. Média, DP (em segundos), valores de t e p.

Table 4. The effect of sex on manual dexterity in children from 8 to 10 years old

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 21

No Quadro 4 é possível constatar, no grupo dos rapazes, que a MP é significativamente (p =0,021) mais proficiente do que a MNP, indicando um nível elevado de assimetria manual. Em média, os rapazes demoraram, com a MNP, mais 1,26 segundos a terminar o teste, do que com a MP. No grupo das raparigas não se verificam diferenças estatisticamente significativas (p =0,763) entre as mãos, embora se verifique uma tendência para a média de tempo da MNP ser mais elevada relativamente à da MP, sugerindo níveis inferiores de assimetria manual relativamente aos rapazes.

No que respeita à assimetria motora manual, o Quadro 5 compara os dois grupos da amostra.

Quadro 5 Assimetria motora funcional(diferencial entre as mãos) em função do sexo. Média, DP (em segundos), valor de t e p.

Table 5. The effect of sex on manual dexterity in children from 8 to 10 years old

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 21

            Apesar de o Quadro 4 sugerir níveis superiores de assimetria manual nos rapazes relativamente às raparigas, verificamos, no Quadro 5, que a diferença entre os grupos neste parâmetro não é estatisticamente significativa. Contudo, o grupo das raparigas revela tendência para uma menor assimetria relativamente ao grupo dos rapazes.

 

Discussão dos resultados

            Na avaliação da destreza manual da MP é possível observar que os rapazes obtiveram resultados superiores aos das raparigas, conseguindo realizar o teste em menor tempo com o membro preferido. Também Chan (2000), num estudo no qual avaliou a destreza manual em 60 jovens com idades compreendidas entre os 19 e os 23 anos, verificou que os valores médios do sexo masculino eram significativamente superiores aos obtidos pelo sexo feminino. Ainda relativamente ao sexo, um estudo realizado por Cãmina et al. (2001), citado por Carneiro (2009), com 804 idosos entre os 65 e os 85 anos, procurava quantificar as capacidades físicas em idosos. Utilizando uma bateria de testes, que, para além de avaliar outras capacidades físicas, também avaliou a destreza manual, verificou que o grupo do sexo masculino obteve resultados superiores comparativamente ao grupo do sexo feminino. Embora não tenha encontrado diferenças estatisticamente significativas, Mesquita (2002), numa amostra de 113 idosos com idades compreendidas entre os 65 e os 99 anos, verificou uma tendência para o grupo do sexo masculino obter resultados superiores aos do grupo do sexo feminino na avaliação da destreza manual.

Relativamente à MNP, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Estes resultados confirmam os de Haward e Griffin (2002), no seu estudo sobre destreza manual, tendo aplicado o teste Purdue Pegboard a 72 indivíduos adultos de ambos os sexos. Os autores não encontraram diferenças estatisticamente significativas entre os sexos. Resultados idênticos foram observados por Magalhães (2007), no estudo que realizou sobre o efeito da preferência manual e do sexo na destreza manual e na transferência inter-manual de aprendizagem em crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico, com uma amostra de 87 sujeitos de ambos os sexos. No estudo referido, o autor não verificou diferenças significativas entre os sexos, ao nível da destreza manual. Também Pinto (2003) obteve resultados semelhantes num estudo sobre a destreza manual, aptidão física e sensibilidade proprioceptiva, com uma amostra de 57 idosos (40 mulheres e 17 homens). Aplicando o Teste de Destreza Manual de Minnesota, o autor não verificou diferenças significativas entre os sexos. Carneiro (2009), num estudo sobre a destreza manual e pedal em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico, com uma amostra de 40 idosos, verificou a ausência de diferenças significativas entre os sexos quer para a destreza manual da MP quer para a da MNP. Isto verificou-se quer no grupo dos praticantes de exercício físico, quer no grupo dos não praticantes. Desrosiers et al. (1997) afirma que os melhores níveis de desempenho manual nas mulheres, relativamente aos dos homens (quando este caso se verifica) poder-se-ão dever ao facto de estas serem mais activas no seu dia-a-dia e terem maior participação nas actividades manuais. Tal afirmação não foi verificada na amostra seleccionada para este estudo, talvez pelo facto da idade média das crianças – 9 anos – não diferenciar expressivamente as actividades manuais praticadas pelos rapazes e pelas raparigas, mesmo nas actividades do dia-a-dia e nas tarefas diárias.

            Relativamente à assimetria entre a MP e a MNP, em cada grupo, apenas se verificaram diferenças estatisticamente significativas no grupo dos rapazes. Nestes, a MP obteve níveis superiores de destreza manual comparativamente à MNP. Woodworth (1899), citado por Elliott e Roy (1996), ao estudar a coordenação e destreza manual em destrímanos, concluiu que a mão direita – a MP – podia ser controlada realizando movimentos rápidos, enquanto a esquerda – a MNP – apenas consegue realizar as mesmas tarefas mais lentamente. O mesmo autor também concluiu que, na sua amostra constituída por destrímanos, a mão direita realizava os movimentos mais uniformemente. No grupo das raparigas não foram encontradas diferenças significativas entre a proficiência da MP e a da MNP, relativamente à destreza manual. A par deste estudo, Carneiro (2009) também não verificou diferenças significativas entre a MP e a MNP em nenhum dos grupos do seu estudo. A autora investigou a destreza manual e pedal em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico, com uma amostra de 40 idosos, entre os 65 e os 82 anos de idade.

            Em relação à assimetria manual (diferencial entre a MP e a MNP), não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos. Ou seja, nenhum dos grupos se revelou significativamente mais ou menos assimétrico que o outro, ao nível da destreza manual. Porém, pode observar-se uma tendência para o diferencial do grupo das raparigas ser inferior comparativamente ao diferencial do grupo dos rapazes. Estes resultados são contrários aos encontrados por Carneiro (2009), no seu estudo sobre a destreza manual e pedal em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico. Neste estudo também não foram encontradas diferenças significativas entre o diferencial dos dois grupos, no entanto, verificou-se uma tendência para uma menor assimetria manual no grupo do sexo masculino relativamente ao grupo do sexo feminino.

 

Conclusões

Destreza manual em função do sexo

            Relativamente à destreza manual da MP, é possível verificar que o grupo dos rapazes apresenta níveis de desempenho superiores ao grupo das raparigas, com diferenças estatisticamente significativas.
No que respeita à destreza manual da MNP, o grupo dos rapazes apresenta uma tendência para melhores desempenhos comparativamente ao grupo das raparigas, contudo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas.

Destreza manual em função da mão de desempenho
            O grupo dos rapazes apresentou melhores desempenhos com a MP, comparativamente à MNP, tendo sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as mãos.
No grupo das raparigas pode observar-se uma tendência para melhores desempenhos com a MP relativamente à MNP, apesar de não terem sido encontradas diferenças significativas entre as mãos.

Assimetria manual em função do sexo
Relativamente ao diferencial dos desempenhos da MP e da MNP, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos. No entanto, foi verificada uma tendência para menores assimetrias manuais no grupo das raparigas, comparativamente ao grupo dos rapazes.

 

Sugestões

A temática da destreza manual assume destaque no estudo do desenvolvimento motor da criança. Desta forma, torna-se importante realizar estudos que, tal como este, investiguem as questões da destreza manual entre sexos, idades, preferências laterais, práticas desportivas, etc. Assim, são aqui indicadas algumas sugestões para futuros trabalhos na temática da destreza manual: (i) Investigar, através de estudos longitudinais, as possíveis evoluções das diferenças nos níveis de destreza manual entre rapazes e raparigas, ao longo do seu desenvolvimento; (ii) Procurar a natureza das possíveis diferenças entre sexos ao nível da destreza manual (fisiológica, cultural, neurológica, etc); (iii) Investigar, através de estudos longitudinais, as possíveis evoluções das assimetrias entre a MP e a MNP, em ambos os sexos, ao nível da destreza manual; (iv) Estudar o efeito de um treino direccionado para a destreza manual nos níveis de desempenho de uma tarefa específica;

 

Bibliografia

Barroso, J. (2008) Preferência Lateral e Assimetria Motora Funcional em Crianças do 1º Ciclo do ensino básico. Dissertação de mestrado – Porto: FADEUP.
Carneiro, I. (2009) Destreza Motora (Manual e Pedal) e Assimetria Funcional em Idosos Praticantes e Não Praticantes de Exercício Físico. Dissertação de Mestrado – Porto: FADEUP.
Catela, D. e Barreiros, J. (2008) Estudos em Desenvolvimento Motor da Criança, pp. 105 – 110.
Carson, R.G., Chua, R., Elliott, D., e Goodman, D. (1990) The contribution of vision to
asymmetries in manual aiming. Neuropsychologia, 28, pp. 1215-1220
Chan, T. (2000) An investigation of Finger and Manual Dexterity. Perceptual Motor Skills, 90, pp. 537 – 542.
Desrosiers, J., Rochette, A., Hébert, R., e Bravo, G. (1997) The Minnesota Manual Dexterity Test: Reliabity, validity and reference values studies with healthy elderly people. Canadian Journal of Occupational Therapy, 64, pp. 272 – 276.
Elliott, D. e Roy, E. A. (1996) Manual Asymmetries in Motor Performance, pp. 123 – 159.
Francis. K. L. e Spirduso. W. W. (2000) Age Differences in the Expression of Manual Asymmetry. Experimental Aging Research, 26.
Haward, M. e Griffin, M. (2002) Repeatability of Grip Strength and Dexterity Test and the effects of age and gender. International Archives of Occupational and Environmental Health, 75 (1/2).
Kronenberg, L. J. e Beukelaar, P. M. (1983) Towards a conceptualisation of hand preference. British Journal of Psychology, 74.
Latash, M. e Turvey, M. T. (1996) Dexterity and its development. Hillsdale, NJ: Erlbaum.
Lucea, J. (1999) La ensenanza y Aprendizage de Las Habilidades y Destrezas Motrices Básicas. INDE Publicaciones.
Magalhães, M. (2007) Efeito da Preferência Manual e do Sexo na Destreza Manual e Transferência Inter-manual em Crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico. Dissertação de Mestrado – Porto: FADEUP.
Mesquita, C. (2002) Avaliação funcional multidimensional em idosos. Estudos em idosos institucionalizados avaliando a preferência e proficiência manuais. Dissertação de Mestrado – Porto: FADEUP.
Oliveira, M. (2008) O Desenvolvimento da Preferência Manual e a sua Relação com a Proficiência Manual. Dissertação de Mestrado – Porto: FADEUP.
Pérez, L. (1994) Deporte y Aprendizaje – Procesos de aquisicíon y desenrollo de habilidades. Madrid: Visor distribuiciones S.A.
Pinto, M. J. C. (2003) Aptidão Física, Destreza Manual e Sensibilidade Proprioceptiva Manual no Idoso. Estudo em praticantes e não praticantes de actividade física. Dissertação de Mestrado – Porto: FADEUP.
Schmidt, R. A. e Wrisberg, C. A. (2000) Motor learning and performance: A problem-based learning approach. Champaign, III: Human Kinetics.
Steenhuis, R. e Bryden, M. (1999) The relation between hand preference: what you get depends on what you measure. Laterality, 4.
Sousa, A. R. (2009) Preferência Lateral e Assimetria Motora Funcional. Estudo em indivíduos com Deficiência intelectual, síndrome Down e Desenvolvimento típico. Dissertação de mestrado – Porto: FADEUP.
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Vasconcelos, O. (1993b). Assessment of manual asymmetry: are proficiency and preference measures indicators of common underlying factors? S. Serpa, J. Alves, V. Ferreira, e A. Paula-Brito (Eds.), Proceedings of 8th World Congress of Sport Psychology. Sport Psychology: An Integrated Approach, pp. 504-507. Lisboa, ISSP, PSSP e FMH-UTL.
Vasconcelos, O. (2004) Preferência Lateral e Assimetria Motora Funcional: Uma Perspectiva de Desenvolvimento. Perspectivas cruzadas. Lisboa: Edições FMH.

 

Anexos

Protocolo Teste Soda Pop (AAPHERD, 1996)

Teste Soda Pop (AAPHERD, 1996)

Objectivo: Avaliar a destreza manual.

Equipamento: Cronómetro, cadeira com encosto (sem braços), fita adesiva, 6 latas de refrigerante (cheias).

Montagem: Uma fita adesiva com 76,2 cm de comprimento é fixada sobre uma mesa. Sobre a fita são feitas seis marcas com 12,7 cm equidistantes entre si, com a primeira e última marcas a 6,35 cm de distância das extremidades da fita. Sobre cada uma das seis marcas é afixado, perpendicularmente à fita, um pedaço de fita adesiva com 7,6 cm de comprimento, formando assim seis pequenos quadrados sobre a fita maior (Figura 1).

Protocolo: O sujeito senta-se de frente para a mesa e usa uma mão para realizar o teste. Se o avaliado iniciar com a mão direita, uma lata de refrigerante é colocada no quadrado 1, a lata dois no quadrado 3 e, a lata três no quadrado 5. A mão direita será colocada na lata 1, com o polegar para cima, estando o cotovelo flexionado num ângulo de 100 a 120 graus. Quando o avaliador sinalizar, um cronómetro será accionado e o sujeito virando a lata, inverte sua base de apoio, de forma que a lata 1 seja colocada no quadrado 2; a lata 2 no quadrado 4 e; a lata 3 no quadrado 6. Sem perda de tempo, o avaliado, tendo o polegar apontado para baixo, apanha a lata 1 e inverte novamente sua base, recolocando-a no quadrado 1 e, da mesma forma, procede colocando a lata 2 no quadrado 3 e a lata 3 no quadrado 5, completando assim um circuito. Uma tentativa equivale à realização do circuito duas vezes, sem interrupções. O cronómetro será parado quando a lata 3 for colocada no quadrado 5, ao final do segundo circuito. Com a mão esquerda, o mesmo procedimento será adoptado, excepto que as latas serem colocadas a partir da esquerda, a lata 1 no quadrado 6, a lata 2 no quadrado 4 e a lata 3 no quadrado 2, e assim por diante.

Prática / ensaio: A cada sujeito serão concedidas duas tentativas, seguidas por outras duas válidas para avaliação, sendo estas últimas anotadas até décimos de segundo.

Pontuação: O resultado representa o menor tempo obtido, em segundos.

Referências American and Italian Older Adult Performances on the AAHPERD Functional Fitness Test Battery. (1996). Journal of Aging and Physical Activity. 9, 11-18. Human Kinetics, mc. Champaign, Illinois. Freitas, Cidália (2008): Efeitos de um programa de hidroginástica na aptidão física, na coordenação motora, na auto-estima e na satisfação com a vida, em idosos utentes de centros de dia. Mestrado em Ciência do Desporto, na área de especialização de Actividade Física e Saúde, pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Osness, W.; Adrian, M.; Clark, S.; Hoeger, W.; Raab, O.; Wiswell, R. (1996): Functional fitness assessment for adults over 60 years. American Alliance for Health Physical Education, Recreation and Dance. Kendall/Hunt Publishing Company.

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