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4 May 2006

The influence of the hippotherapy program in postural alteration of individuals with cerebral palsy

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This study, of a descriptive nature, is made up of a group of 10 children with a diagnosis of cerebral palsy and postural alterations. In its first phase the individuals had been submitted to an initial evaluation so that, through angular measures, we could obtain the degree of scoliosis the children presented.

 
Autor(es):Flávia Lima1; Olga Vasconcelos2; Leandro Massada2; Manuel Botelho2
Entidades(es): 1Universidade Fernando Pessoa, Portugal, 2Faculdade de Desporto, Universidade do Porto, Portugal
Congreso:I Congreso Internacional de las Ciencias Deportivas
Pontevedra: 4-6 de Mayo de 2006
ISBN: 84-611-2727-7
Palabras claves: CEREBRAL PALSY; POSTURAL ALTERATIONS; HYPPOTHERAPY

ABSTRACT

This study, of a descriptive nature, is made up of a group of 10 children with a diagnosis of cerebral palsy and postural alterations. In its first phase the individuals had been submitted to an initial evaluation so that, through angular measures, we could obtain the degree of scoliosis the children presented. For this we used a Spinal Rotation Meter. Then we applied an Equestrian Therapy, with a slant of Hippotherapy. This program had the duration of 4 months, in which each participant underwent a thirty minute session twice a week. Finally, at the end of the program, the group was reassessed by using the same instrument. The results obtained through the comparison of these two moments (initial and final) revealed the existence of significant differences, confirming the hypotheses that were formulated. Through this study we were able to conclude that the applied program contributed to the decrease in the degree of scoliosis and, at the same time, thepsychomotor (tónic modulation, superior mobility of the trunk and members, coordination of the movements, balance, position, march) and psychosocial (self – confidence, self – esteem, motivation, attention and concentration, autonomy and initiative) parameters of this group.

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INTRODUÇÃO

A PARALISIA CEREBRAL (PC) é caracterizada por uma alteração permanente mas não imutável de postura e movimento. Esta alteração, dependendo do local e do grau de severidade com que o Sistema Nervoso Central é acometido, irá apresentar um quadro variável de dificuldades predominantemente motoras. As ALTERACÇÕES POSTURAIS, nestes indivíduos ocorrem devido a vários factores, dos quais acentuam mais as dificuldades que a própria patologia provoca. Assim, esses indivíduos frequentemente apresentam limitações na flexão cervical, na extensão torácica, na flexão lateral e na flexão lombar, que ocasionam futuros problemas na coluna, nomeadamente escoliose, cifose e excessiva lordose (Tecklin, 2002). Com a Equitação Terapêutica sendo reconhecida pelos seus benefícios e por outro lado, sabendo-se que as dificuldades de integração social são grandes e as terapias convencionais pouco atractivas, surgiu o interesse em realizar um projecto que permitisse a crianças com PC dispor de um tipo de terapia alternativa e complementar, que poderia minimizar os referidos quadros secundários provocados pela lesão cerebral, bem como alguns dos problemas psicossociais que apresentavam, através de uma terapia agradável. Assim, a HIPOTERAPIA é uma terapia alternativa e complementar que visa a reabilitação global, reintegração física, social e psicológica de indivíduos com necessidades especiais, na qual o instrumento utilizado é o cavalo, por ser visto como elemento cinesioterapêutico, sensório-perceptivo e motivador (Engel, 1997). O movimento rítmico, preciso e tridimensional do cavalo, ao caminhar pode ser comparado com a acção da pelve humana no andar. Este movimento permite a todo o instante entradas sensoriais em forma de propriocepção profunda, estimulações vestibulares, olfactivas e auditivas, provocando um deslocamento do centro gravitacional do paciente, desenvolvendo assim o seu equilíbrio, a normalização do tónus, o controlo postural, a coordenação, a redução de espasmos, assim como, respiração, fala e linguagem (Medeiros e Dias, 2003). Portanto, tornou-se importante descrever um capítulo baseado na revisão da literatura, onde se esclareceu as temáticas PC, Postura e E.T., respectivamente. Posteriormente foram relatados os objectivos do estudo, suas hipóteses e variáveis do estudo empírico. De seguida apresentou-se um capítulo sobre material e métodos onde foram descritas a amostra, a metodologia, o programa de hipoterapia, algumas considerações gerais e os procedimentos estatísticos. Por fim, foram apresentados os resultados encontrados e a discussão dos mesmos. Assim, chegou-se as conclusões finais do estudo e as propostas para futuros estudos.

OBJETIVOS

Ao analisar as necessidades de uma correcção postural Nos indivíduos com PC e, por outro lado, ao verificar os benefícios que a Equitação Terapêutica tem vindo a promover nos vários países, pretendemos com este estudo, analisar as modificações ao nível do padrão postural, bem como nos domínios psicomotor e psicossocial desta população, submetidos a um programa de hipoterapia. Assim, como hipóteses do trabalho apresentamos os seguintes: O programa de hipoterapia implementado contribui para diminuir o grau de escoliose em indivíduos com paralisia cerebral. O programa de hipoterapia implementado contribui para uma melhoria dos parâmetros psicomotores e psicossociais, dos indivíduos participantes.

MATERIAL E MÉTODOS

Para este estudo, e no sentido de caracterizar a amostra, aplicamos um questionário sócio-demográfico, indagando sobre questões como sexo, idade e área de residência. Assim, como critérios de selecção da amostra, adoptamos os seguintes: Crianças inscritas no NRG- APPC, com diagnóstico de PC. Crianças com idades compreendida entre os seis e os doze anos, Crianças que apresentassem pelo menos uma curva de escoliose acima dos 5º (cinco graus); Crianças com espasticidade ligeira a moderada, Crianças com marcha independente (com ou sem auxílio de um andarilho); Crianças com boa compreensão de forma que percebam as orientações e os exercícios solicitados pela terapeuta Crianças que nunca frequentaram qualquer tipo de programa de Hipoterapia; Crianças capazes de realizar o Bending-test (teste que consiste em diagnosticar clinicamente potenciais anomalias axiais da coluna vertebral). Portanto, após a avaliação dos indivíduos, seguindo os critérios de selecção, chegamos ao número de 10 crianças descritas no quadro abaixo (QUADRO 1).

QUADRO 1 – Caracterização sumária dos indivíduos incluídos na amostra:

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Posteriormente foram referidas as terapias que cada um realizava, as profissões de seus encarregados de educação, bem como as condições socio-familiares que se encontravam, segundo os parâmetros traçados pelo serviço social e descritos nos processos centrais de cada criança. Foi necessário também, recorrer a informações dos processos central da instituição que os utentes frequentam, para buscar os dados clínicos (diagnóstico, problemas associados, medicação, órteses…). Para a avaliação postural implementada antes de iniciar o programa de tratamento e após o seu término, recorremos ao escoliómetro (FIGURA 1). Para isto, a criança teve que realizar o Bending test. Ao executar o teste, se o indivíduo apresentasse uma escoliose do tipo estrutural, ocorreria um agravamento desta curvatura vertebral patológica, o que não ocorre nas atitudes escolióticas ou escoliose funcional. Nesta última, ao realizar o teste, o desvio observado na coluna vertebral desaparece. Assim, só foram considerados como portadores de uma deformidade do tipo escoliótica, os indivíduos que apresentassem uma curvatura de valor igual ou superior a 5º. Para os que apresentavam um encurtamento de um dos membros inferiores, durante a realização do Bending test, efectuou-se a correcção da dismetria de forma que não houvessem falsos diagnósticos.

FIGURA 1 – Escoliómetro

Assim, o cavalo foi elementar neste trabalho mas para isso, foi preciso seleccionar aquele que cumprisse as características adequadas a um programa deste tipo. O instrutor além de escolher o cavalo, pôde conduzi-lo, durante a sessão de hipoterapia. A terapeuta teve como papel orientar o instrutor sobre o andamento ou a paragem do cavalo. Também orientou os praticantes na realização dos exercícios propostos no programa. Os materiais utilizados para o cavalo foram de limpeza; manta; cilhão; estribos; cabeçada com corda ou rédias; guia. Para os praticantes o toc; calças de ganga; botas ou sapatilhas; argola.

FASES DO PROGRAMA

Este programa de hipoterapia apresenta três fases distintas, a fase de aproximação, a fase de montaria e a fase de separação (FIGURAS 2 a 5). A fase da aproximação (FIGURA 2). O praticante se aproxima do cavalo lentamente de forma a perceber que o cavalo é dócil para assim, criar uma relação com o ser e perder aos poucos, o medo inicial que se tem por estar frente a um animal imponente. A fase da montaria (FIGURA 3 e 4). Já em cima do cavalo, os estribos são corrigidos à medida adequada de cada praticante, as posturas também são corrigidas de forma que o cavaleiro esteja bem posicionado e confortável para que se sinta seguro. A partir deste momento, iniciam-se as actividades propostas no programa. Os exercícios serão realizados apenas no andamento a passo, para o cumprimento dos objectivos da sessão. A fase de separação (FIGURA 5). Cabe à terapeuta o papel de informar ao praticante que o seu trabalho está terminando.

FIGURA 2 – 1ª Fase Aproximação (cumprimento ao cavalo). FIGURA 3 – 2ª Fase Montaria (exercício para o tronco e membros

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FIGURA 4 – 2ª Fase Montaria (exercício para o tronco) FIGURA 5 – 3ª Fase Separação (despedida ao cavalo alimentando-o).

PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS

O estudo reportou-se fundamentalmente a estudo de casos. Foi realizada uma descrição detalhada para que se possa compreender de uma forma mais específica a realidade particular de cada caso. Contudo, dado que os indivíduos que nele participaram são em número de dez, com o intuito de um maior enriquecimento na análise e discussão dos resultados, considerou-se também, uma abordagem descritiva básica (média, desvio padrão, valores máximos e mínimos e amplitude de variação) assim como a aplicação do teste de hipóteses não paramétrico de Wilcoxon. Este teste permitiu-nos a comparação entre o primeiro e o segundo momento de observação no que respeita ao desvio médio da escoliose apresentado pelo grupo em estudo.

RESULTADOS

Na análise dos resultados, podemos verificar o que este programa conseguiu alcançar em cada um dos seus intervenientes, no que respeita a expressão do seu grau de escoliose (QUADRO 2).

QUADRO 2 – Diagnóstico, tipo de escoliose e valores iniciais e finais da curva de escoliose antes e após o programa de Hipoterapia, respectivamente. Nome Diagnóstico Tip

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Assim, para o primeiro momento, ao analisarmos os valores iniciais e ao realizarmos a sua média, obtivemos um valor igual a 8,10º ± 1,91. Relativamente ao segundo momento, ao analisarmos os valores finais e ao realizarmos a sua média, obtivemos um valor igual a 4,40º ± 1,35 (FIGURA 6).

FIGURA 6 – Representação gráfica dos valores iniciais e finais para cada indivíduo da amostra e as respectivas médias do grupo.

A Figura abaixo retracta os valores médios inicial e final, assim com a diferença entre esses valores.

FIGURA 7 – Representação gráfica da diferença entre as respectivas médias iniciais e finais do grupo.

Contudo, não foram só as diferenças objectivamente observadas ao nível da redução do grau de curvatura da escoliose que pudemos constatar. De acordo com as informações fornecidas pelos terapeutas e observadas por nós, ocorreram também ao longo do programa alterações positivas ao nível psicomotor e psicossocial dos indivíduos participantes.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Ao verificar que os valores dos graus de escoliose diminuíram, após o referido programa, concluímos sobre o seu contributo favorável para esta população. Assim, confirmamos a hipótese por nós inicialmente formulada. No que diz respeito aos benefícios psicomotores e psicossociais, pudemos verificar que cada criança obteve benefícios em mais de um dos parâmetros referidos. Portanto, podemos afirmar que o cavalo é um elemento favorecedor do alinhamento postural e das reacções de equilíbrio. Outro factor contemplado por nós concerne nas patologias motoras não terem implicado a possibilidade dos praticantes reduzirem o grau de escoliose inicial

CONCLUSÃO

Assim, pudemos concluir que os resultados que foram encontrados neste estudo revelaram que para esta população o programa contribuiu de forma positiva, não só no que diz respeito à correcção postural, como também em todo o seu desenvolvimento psicomotor nomeadamente na mobilidade do tronco e membros superiores, na coordenação dos movimentos, no equilíbrio, na marcha e na modulação tónica. No domínio do desenvolvimento psicossocial, verificamos melhorias ao nível da auto confiança e da auto estima e melhorias na motivação, na atenção e na concentração, na autonomia e na iniciativa foram também parâmetros que demonstraram um desenvolvimento positivo., cumprindo assim o objectivo proposto

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