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21 Sep 2006

Estudo descritivo do desenvolvimento desportivo a longo prazo do Voleibolista em Portugal

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O processo de aquisição e manifestação de aptidões desportivas capazes de distinguirem os desportistas experts tem vindo a ganhar particular relevo no âmbito da investigação científica. Este estudo procura caracterizar variáveis caracterizadoras do processo de desenvolvimento desportivo a longo prazo de voleibolistas em Portugal.

Autor(es): Coutinho, Patrícia1;Mesquita, Isabel1;Santos, Ana1
Entidades(es): 1 Faculdade de Desporto. Universidade do Porto. Portugal
Congreso: II Congreso Internacional de Deportes de Equipo
Pontevedra: 21-23 de Septiembre de 2006
ISBN: 978-84-613-1659-5
Palabras claves: Preparação Desportiva a Longo Prazo, Etapas de formação, Voleibol. Long-term athlete development, Sport Stages, Volleyball

RESUMO

 

O processo de aquisição e manifestação de aptidões desportivas capazes de distinguirem os desportistas experts tem vindo a ganhar particular relevo no âmbito da investigação científica. Este estudo procura caracterizar variáveis caracterizadoras do processo de desenvolvimento desportivo a longo prazo de voleibolistas em Portugal. A amostra do nosso estudo compreendeu 229 atletas, de ambos os géneros, todos a participar competitivamente no escalão sénior. Para cumprir com o propósito deste estudo, elaborámos e aplicámos um questionário com o intuito de recolher informação sobre a preparação desportiva a longo prazo de jogadores de Voleibol em Portugal. Os resultados demonstram que o início da preparação desportiva (primeira modalidade desportiva) ocorre preferencialmente entre os 6 e os 12 anos. Quanto à iniciação no Voleibol, verificamos que ocorre, preferencialmente, entre os 6-12 anos sendo partilhada com a prática de outra modalidade desportiva. A partir dos 13-14 anos verifica-se a especialização desportiva definitiva no Voleibol. Relativamente à quantidade de prática e de competição, foi notório um aumento do número de horas de treino por semana em função da idade, tendo-se verificado o mesmo em relação ao

número médio semanal de competições. Estes resultados demonstram que os atletas em estudo que militam em Portugal no escalão sénior evoluíram no seu processo de formação desportiva de uma prática diversificada para uma prática especializada.

 

Abstract

The process of acquisition and display of sporting skills, which are able to distinguish sports experts, has gained attention in scientific research. The aim of this study was to characterize the variables of long-term athlete development process of Portuguese Volleyball players. This study used a sample of 229 athletes (male and female) who have participated in senior level competition. To achieve the objective of this study, a questionnaire was developed and implemented in order to gather information about long-term athlete development of Portuguese Volleyball players. The results showed that the beginning of sport preparation (first sport) usually occurs between 6 and 12 years old. In what concerns Volleyball players, they also preferentially start with 6-12 years old although they tend to start with more than one activity. However, at the age of 13-14 years old there is a decisive choice for Volleyball. Regarding the dedication for practice and competition there is a great increase in the number of training hours per week according to the age and it was found the same for the average number of weekly competitions. These results showed that athletes in the study practising in Portugal in the senior level have evolved in the process of sports training in a diversified practice for a specialist practice.

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Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº9.

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Introdução

Recentemente, tem vindo a adquirir particular relevo o estudo do processo de aquisição e manifestação de aptidões desportivas, físicas, cognitivas e psicológicas que distinguem os desportistas experts. O longo processo construído durante, pelo menos, 10 anos de prática deliberada (actividade altamente exigentes do ponto de vista cognitivo e motor, com objectivos focados no rendimento) constitui um requisito basilar para se alcançar a expertise desportiva (Erickson et al.,1993; Singer & Janelle, 1999; Duran-Bush & Salmela, 2002). Nos últimos anos, numerosas investigações têm sido realizadas com o propósito de analisar a importância das características da prática desportiva, baseadas predominantemente em entrevistas retrospectivas a atletas experts (Côté & Hay, 2002), de diferentes níveis (Baker, Horton et al, 2006; Baker et al, 2003). Os investigadores têm identificado uma relação forte e positiva entre os efeitos acumulados da prática desportiva e a manifestação de expertise. Côté propõe o Modelo para a Participação Desportiva, como uma forma de detalhar particularidades como a estrutura, o tipo de tarefas e os conteúdos propostos para o adequado desenvolvimento desportivo de longo prazo, tendente a alcançar a expertise (Côté, 1999; Côté & Hay, 2002; Côté & Fraser-Thomas, 2007), o qual integra 3etapas: a primeira, anos de experiências diversificadas (6-12 anos), a segunda, anos de especialização (13-15 anos), e, por último, anos de investimento (+ 16 anos). A prática desportiva decorre, inicialmente, com a atenção dirigida para o jogo deliberado (diversidade de experiências desportivas) durante a primeira etapa, alterando progressivamente o seu foco atencional para a prática deliberada. Balyi (2002) por seu turno considera 5 etapas: (i) Fundamentos (6-10 anos); (ii) Aprender e Treinar para o treino (10-14 anos); (iii) Treinar para competir (14-18 anos); e, (iv) Treinar para ganhar (?18 anos), onde assegura uma estrutura para desenvolver jogadores a longo prazo e especifica os aspectos fundamentais que deverão ser percorridos em cada uma das quatro etapas. A este respeito, Baker et al (2003) sugerem que a participação noutras modalidades, previamente à especialização numa modalidade, parece favorecer a manifestação do expertise. Do mesmo modo, vários estudos comprovam que a participação em diferentes modalidades desportivas durante as etapas iniciais de preparação desportiva proporciona ao desportista a oportunidade de desenvolver as capacidades motoras comuns e transferíveis entre modalidades (Abernethy et al., 2005; Schmidt & Wrisberg, 2000; Wiersma, 2000). Mais ainda se evidencia que o volume de treino e de competição ao longo dos anos de formação desportiva pode diferenciar a carreira do desportista longo prazo. Particularmente, o número de horas dispendidas semanalmente no treino e na competição ao longo das etapas de formação desportiva revela ser um indicador pertinente (Côté & Hay, 2002; Côté et al, 2003; Baker et al, 2003; Baker et al, 2005). Este estudo possui, então, como principal objectivo caracterizar variáveis caracterizadoras do processo de desenvolvimento desportivo a longo prazo de voleibolistas em Portugal.

MATERIAL E MÉTODOS

Amostra

A amostra do nosso estudo compreendeu 229 atletas, sendo 86 atletas do género feminino e 143 atletas do género masculino, todos a participar competitivamente no escalão sénior. Da amostra total, 140 atletas jogam, actualmente, na divisão mais alta do campeonato português, a divisão A1, enquanto que 89 atletas jogam na divisão imediatamente a seguir, a divisão A2. Todos os atletas apresentam idade igual ou superior a 19 anos. Os jogadores que participaram no nosso estudo representam 10 clubes da divisão A1 Masculina, 4 clubes da divisão A1 feminina, 4 clubes da divisão A2 masculina, e 5 clubes da divisão A2 Feminina

Variáveis e Instrumento

As variáveis seleccionadas foram a idade de iniciação desportiva (primeira modalidade desportiva praticada) e a idade de iniciação no Voleibol, o número de modalidades desportivas praticadas, dentro das quais diferenciamos as modalidades colectivas e as modalidades individuais, o número médio de horas de treino semanal e o número médio semanal de competições e a etapa de formação desportiva: (i) 6-12 anos, (ii) 13-14 anos, (iii) 15-16 anos, (iv) 17-18 anos e (v) +19 anos). Aplicou-se um questionário com o intuito de recolher informação sobre a preparação desportiva a longo prazo de jogadores de Voleibol em Portugal, número e tipo de modalidades desportivas concretas em que os jogadores estiveram envolvidos (Beilock & Carr, 2001) durante a respectiva preparação desportiva, bem como o que se refere ao volume de treino e à participação em competições (autores). Face à inexistência de um instrumento adequado optamos por elaborar um questionário o qual foi sujeito a um processo de validação de construção, pela consulta da literatura da especialidade (Côté & Hay, 2002; Côté et al, 2003; Baker et al, 2003; Baker et al, 2005), e de conteúdo, com base no método de peritagem (discussão dos itens por dois professores doutores especialistas da temática em questão). O questionário é composto por 19 perguntas abertas e 18 fechadas.

Procedimentos de recolha e análise dos dados

Os dados foram recolhidos através da aplicação do respectivo questionário aos jogadores das equipas supra referidas. O questionário foi preenchido, maioritariamente, após a sessão de treino destes e, sempre que possível, com a presença do investigador. Para as equipas cujo este procedimento não foi possível (por exemplo, as equipas dos arquipélagos da Madeira e dos Açores), os questionários foram enviados por correio, juntamente com um conjunto de instruções, no sentido de promover um esclarecimento prévio do procedimento de recolha de dados. Foi garantido o anonimato aos atletas sendo-lhes explicado os objectivos do estudo. Recorremos a uma análise descritiva das variáveis, onde foram calculados a média e o desvio padrão, bem como a obtenção de frequências e percentagens. O nível de significância estabelecido foi de p?0,05.

RESULTADOS

 

Como podemos comprovar no quadro 1, os resultados indicam que os jogadores de Voleibol iniciaram a sua preparação desportiva (1ª modalidade desportiva) maioritariamente entre os 6 e os 12 anos (82,1%). A iniciação no Voleibol, ocorre preferencialmente nos 6-12 anos (55,9%) e nos 13-14 anos (26,2%). A iniciação na modalidade numa fase mais tardia, 17-18 anos (2,6%) e após os 19 anos (0,4%), é, ainda, mencionada por alguns jogadores, não se constituindo, porém, casos substantivos.

Quadro 1 – Idade de iniciação da preparação desportiva e idade de iniciação no Voleibol

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Observamos que a maioria dos atletas praticou duas modalidades desportivas (30,1%) entre os 6 e os 12 anos, tal como podemos observar no quadro 2. Por sua vez, entre os 13 e 14 anos verifica-se uma predominância de prática de, apenas, uma modalidade desportiva (73,4%). O número de modalidades colectivas praticadas verifica-se superior comparativamente com o número de modalidades individuais nos dois intervalos de idades analisados. Entre os 6 e os 12 anos, 44,5% dos atletas pratica uma modalidade colectiva e 25,8% pratica duas modalidades colectivas. Entre os 13 e os 14 anos, a grande maioria dos atletas refere a prática de uma modalidade colectiva (79,0%). A grande maioria dos atletas refere que não praticou modalidades individuais (48,0%) entre os 6 e os 12 anos, existindo, ainda, 31,4% dos atletas que refere a prática de, apenas, uma modalidade desse âmbito. Relativamente ao intervalo de idades 13-14 anos verificamos que a grande maioria dos atletas não praticou modalidades individuais (83,8%). No quadro 2 não se encontram os dados relativos aos intervalos etários 15-16 anos, 17-18 anos e +19 anos, uma vez que os resultados alcançados se revelaram óbvios. A partir dos 15-16 anos os atletas tendem a especializarem-se na respectiva modalidade e, portanto, irem de encontro à prática de apenas uma modalidade desportiva, sendo esta colectiva. Consideramos, por isso, desnecessário a apresentação dessa informação.

Quadro 2 – Nº de Modalidades Desportivas praticadas, entre as quais Colectivas e Individuais nas etapas iniciais

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 9

Relativamente ao número médio de horas de treino por semana situamos o valor mais elevado na idade igual ou superior a 19 anos (11,44 ± 5,14), enquanto que o valor mais baixo corresponde ao intervalo de idades 6-12 anos (7,25 ± 3,82). No quadro 3, destacamos que com o aumento da idade, o número médio de horas de treino por semana aumenta igualmente. Relativamente ao número médio semanal de competições, este possui o valor mais elevado, também, na idade igual ou superior a 19 anos (1,25 ± 0,46) e o seu valor mais baixo entre os 13 e os 14 anos (1,12 ± 0,32).

Discussão

 

O início da preparação desportiva, ou seja, a prática da primeira modalidade desportiva, ocorre preferencialmente entre os 6 e os 12 anos, confirmando outros estudos com amostras que integraram atletas experts (Wiersma, 2000; Côté & Hay, 2002; Côté et al., 2003; Baker, 2003; Baker et al., 2003; Côté et al, 2005). De facto a primeira etapa desportiva, onde as práticas diversificadas e o ludismo caracterizam as actividades, é de extrema importância no desenvolvimento dos atletas a longo prazo (Bloom, 1985; Carlson, 1988; Stevenson, 1990; Côté, 2003; Baker, 2005). A maioria dos atletas iniciou a modalidade de Voleibol entre os 6 e os 12 anos (praticando, contudo, outras modalidades desportivas em simultâneo) ou entre os 13 e 14 anos. Baker et al. (2003), defendem que a participação em actividades desportivas diversificas durante esta etapa de formação aumenta o desenvolvimento das capacidades físicas e psicológicas requeridas na modalidade de especialização ao que Wiersma (2000) acrescenta a possível influência negativa no desenvolvimento social e psicológico do atleta, quando existe especialização precoce. Os nossos resultados corroboram o que foi enunciado e evidenciam que a maioria dos atletas entre os 6 e os 12 anos praticaram duas modalidades desportivas. A partir dos 13-14 anos reduzem, maioritariamente, a prática para apenas uma modalidade. De acordo com estudos desenvolvidos na temática (Côté et al., 2003; Côté & Hay, 2002) a fase de especialização é tipicamente uma fase de transição do jogo deliberado e do divertimento característico da primeira etapa (anos de experiências diversificadas), para uma prática deliberada, estruturada e comprometida, pertencente à segunda etapa (anos de especialização). A quantidade de prática inerente à modalidade revela-se, igualmente, um factor crucial para o alcance da expertise, embora este factor isolado não seja o suficiente para assegurar elevados níveis de performance no correspondente domínio (Sosniak, 1985). Os resultados obtidos referem um aumento do número de horas de treino semanal em função da idade, sendo que o valor mais baixo pertence ao intervalo etário 6-12 anos e o mais elevado se regista nas idades superiores a 19 anos. Podemos, então, reflectir sobre uma possível relação existente entre as etapas de preparação desportiva e o volume de prática realizada: os anos de experiências diversificadas são caracterizados pela elevada frequência de jogo deliberado de baixo volume de treino; a etapa de especialização marcada por um equilíbrio entre jogo e prática deliberada e um incremento do volume de treino; e, finalmente, a elevada frequência de prática deliberada a qual exige elevado volume de treino (anos de investimento) (Côté & Hay, 2002). No que se refere ao número médio semanal de competições, verificamos que este tende a aumentar, igualmente com a idade. No entanto, registamos um maior número de competições no intervalo etário 6-12 anos, quando comparado com o intervalo 13-14 anos, que poderá ser explicado pela participação dos atletas numa diversidade de actividades, levando-os a possuir mais do que uma competição por semana, embora relativa a modalidades diferentes. A prática variada e informal de competições em idades baixas pode constituir um factor determinante na filiação dos praticantes à prática desportiva (Mesquita, 2004).

 

Conclusões

A maioria dos atletas iniciou a sua preparação desportiva entre os 6 e os 12 anos, confirmando a faixa etária mais consensual na literatura para esta variável. A iniciação no Voleibol ocorre, preferencialmente entre os 6-12 anos (sendo partilhada com a prática de outra modalidade desportiva). Sobressaiu que nas etapas mais precoces da preparação desportiva os atletas experimentaram mais modalidades desportivas, com especial destaque para a prática de modalidades colectivas, face à prática de modalidades individuais. A partir dos 13-14 anos verifica-se a especialização desportiva definitiva no Voleibol. Relativamente à quantidade de prática e de competição, foi notório um aumento do número de horas de treino por semana em função da idade, tendo-se verificado o mesmo em relação ao número médio semanal de competições. Estes resultados demonstram que os atletas em estudo que militam em Portugal no escalão sénior evoluíram no seu processo de formação desportiva de uma prática diversificada para uma prática especializada.

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