Tipology of the attack actions in the decision making in volleyball
Tipology of the attack actions in the decision making in volleyball
RESUMEN COMUNICACIÓN/PÓSTER
The purpose of this study was to scrutinize the decision making process (TD) of the zone 4 attacker, in concerning the type of attack used. For that purpose, the Tomada de decisão no ataque em Voleibol (Attack decision making in Volleyball) protocol was built and applied in 31 interviews to portuguese female senior players. The type of attack was analyzed with the support of a conceptual grid based on a revue of the literature. Of the content analysis 301 references were extrapolated. The players allusions where also studied in relation to their characteristics, particularly: Division, where they competed in the 2005/2006 season, Age, Years of practice, Years of senior experience, Years of experience as a zone 4 attacker, National teams presences and Conquered titles. Non-parametric tests (Mann-Whitney and Kruskal-Wallis) where used, having been considered the significance level of 10%. The spike held more than half of the players’ allusions, in absolute terms. The players differed, with statistic significance, in a larger number of specifying variables (VE) when the Years of experience as a zone 4 attacker, the National teams’ presences, the Conquered titles and the Division where they compete were considered.
INTRODUÇÂO
No contexto desportivo, existem situações nas quais apenas uma resposta, de entre múltiplas possibilidades, se adequa, sendo que, por vezes, o jogador tem de decidir num curto espaço de tempo (Alves & Araújo, 1996). A habilidade de seleccionar respostas apropriadas nos Jogos Desportivos (JD) exige ao jogador diversos tipos de conhecimento (Thomas et al., 1986). No Voleibol, a fase do ataque continua a prevalecer como o mais forte indicador do sucesso (Hippolyte, 1993). Matias e Greco (2005), através dos dados da Liga Mundial e do Campeonato do Mundo de 2004, observaram que na vitória da selecção brasileira nestas duas competições teve uma influência determinante a colocação de dois dos seus atacantes nos lugares cimeiros do ranking de melhores atacantes. Os estudos de Fröhner & Murphy (1995) e de Palao et al. (2004) comprovam que o protagonismo do ataque se verifica no Voleibol masculino e feminino de alto nível. Dentro da dinâmica do ataque das equipas, a zona 4 assume-se como a mais solicitada ao mais alto nível de jogo (Sousa, 2000; Paulo, 2004), sendo caracterizados os atacantes de zona 4 como os mais hábeis e potentes da equipa (Selinger & Ackermann-Blount, 1986).
Diversos estudos comprovam que tal também se verifica no panorama do Voleibol feminino português (Cunha, 1996; Pereira, 1996). Constata-se que, na literatura consultada, se tende a comparar experts com novatos, afigurando-se na nossa perspectiva relevante, também, a comparação de diferentes níveis de rendimento, num mesmo escalão competitivo (sénior). Ericsson (2003) refere que, quando os experts resolvem tarefas representativas, revelam pensamentos verbalizados relativos à forma como a preparação deliberada, o planeamento, raciocínio e avaliação medeiam a sua performance superior. Acrescenta que mesmo a velocidade superior dos executantes experts aparenta estar dependente, primariamente, das representações adquiridas. O Voleibol feminino português, realidade alvo deste trabalho, enquadra-se num contexto competitivo que, em termos internacionais, não tem histórico de presenças em fases finais de Campeonatos do Mundo, da Europa, ou de Jogos Olímpicos, sendo, por isso, um contexto despojado de verdadeiro experts e conotados na bibliografia como “experts arbitrários” (Thomas, 1994). Os resultados do estudo serão válidos com o uso de indivíduos provenientes do contexto em causa, respeitando a noção de expertise para diferentes níveis de desempenho. O objectivo do estudo foi escrutinar o processo de tomada de decisão (TD) da atacante de zona 4, relativamente ao tipo de ataque utilizado.
Material e Métodos
Amostra
Fazem parte da amostra jogadoras de oito equipas do Campeonato português da 1ª divisão – A1 e de seis equipas do Campeonato português da 1ª divisão – A2. No sentido de se obter um quadro caracterizador, foram consideradas as seguintes variáveis independentes: Divisão, Idade, Anos de prática da modalidade, Anos de experiência sénior, Anos de experiência como atacante de zona 4, Presenças em selecções nacionais – de cadetes, juniores e seniores, e, ainda, Títulos conquistados. Quadro 1. Distribuição da amostra em função das variáveis independentes consideradas no estudo
Quadro 1. Tipology of the attack actions in the decision making in volleyball
Protocolo Tomada de Decisão no Ataque em Voleibol (TDAV) O protocolo TDAV envolve a visualização de imagens, correspondentes a 9 cenários de circunstâncias de ataque na zona 4, tendo sido submetido a um processo de validação de construção e de conteúdo, pelo método de peritagem. No sentido de validar o conteúdo dos cenários, foram comparados os acordos na classificação das variáveis tipificadoras dos cenários, de 15 peritos, com recurso ao Kappa de Cohen, no sentido de excluir a possibilidade de existirem acordos por acaso. A construção dos cenários passou por três etapas. Numa primeira etapa foram estipuladas as normas para a selecção das imagens, com o intuito de padronizar a forma como a realidade é percepcionada pelas jogadoras. A segunda etapa centrou-se num enquadramento teórico das variáveis tipificadoras dos cenários, tendo sido definidas as variáveis tipificadoras o grau de representatividade dos cenários da realidade competitiva em foco, para que a selecção destes fosse o mais pertinente possível. Na terceira etapa, procedeu-se à recolha das imagens. Procedimentos de recolha da informação
Foram explicados às jogadoras os objectivos e os contornos do estudo, tendo sido feito um esforço para que os locais onde decorreu se afigurassem tranquilos e privados, com o intuito de promover uma atmosfera de confiança que permitisse a partilha de ideias e o aprofundamento das questões. Os cenários foram apresentados um de cada vez, sempre pela mesma ordem, tendo a jogadora tido a possibilidade de os rever as vezes que entendesse necessário antes de dar a sua resposta, bom como a liberdade para esclarecer potenciais dúvidas quanto ao processo de análise. Procedimentos na análise dos dados Foram analisadas 301 referências das jogadoras, alusivas à Tipologia da acção de ataque. Foi criada uma grelha para a análise da Tipologia das acções de ataque considerada na classificação das acções de ataque mencionadas pelas jogadoras. Esta teve por base na validação de construção uma revisão da literatura da especialidade, na qual se encontrou correspondência com a nomenclatura utilizada pelas jogadoras (Zhang, 1999; Kluka & Dunn, 2000; Paolini, 2000; Crossingham & Dann, 2000; McLaughlin, 2006). A validação de conteúdo foi levada a cabo pelo método de peritagem, tendo existido total acordo deste para com a nomenclatura considerada. Procedimentos estatísticos Recorreu-se às estatísticas descritivas convencionais (frequência absoluta e percentual) e a estatísticas inferenciais. Num primeiro momento, realizou-se uma análise exploratória das variáveis dependentes em função das independente. Atendendo a que as distribuições não eram normais, recorreu-se aos testes não paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Foi considerado um nível de significância de 10% (com a excepção dos testes alusivos à verificação da normalidade da distribuição e à homogeneidade das variâncias, para os quais o nível de significância foi de 5%).
Resultados e Discussão
Análise descritiva das dimensões consideradas na Tipologia da acção de ataque Torna-se claro, na apreciação do Quadro 2, o predomínio da dimensão Ataque forte, abrangendo mais de metade (52,5%) dos valores de frequência (158 em 301). Seguem-se, por ordem decrescente, o Ataque dirigido, com 66 referências (21,9%), o Amorti, com 15 (10%) e, com um valor muito próximo, o Exploração do bloco, com 12 referências (8%).
Quadro 2. Análise da frequência e percentagem de ocorrência das dimensões, categorias e subcategorias consideradas na análise da Tipologia da acção de ataque
Quadro 2. Tipology of the attack actions in the decision making in volleyball
Conclusões
Referencias
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