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6 Jun 2012

Acute effect of a force velocity training on the manual dexterity in juniores swimmers

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Manual dexterity is a coordinative ability considered of utmost in Swimming, being the most technical gestures in swimming performed with the upper limbs.

Autor(es): D. Santos; M. Marques; V. Pereira; R. Fernandes; M. Botelho; O. Vasconcelos
Entidades(es): D. Santos & V. Pereira
Congreso: VII Congreso Nacional de Ciencias del deporte y educación Física
Pontevedra – 5, 6 y 7 de Mayo de 2011
ISBN: 978-84-614-9945-8
Palabras claves: global manual dexterity, force velocity, swimmers, training effect.

Abstrac acute effect of a force velocity training

Manual dexterity is a coordinative ability considered of utmost in Swimming, being the most technical gestures in swimming performed with the upper limbs.
The aim of this study was to evaluate the global manual dexterity effects in the upper limbs after a force velocity dry land training in junior swimmers. The sample comprises ten swimmers (five females and five males) of Futebol Clube do Porto – Junior Swimming Team, aged between 14 and 17 years old (average age: 15,30 ± 1,06), all right-handed. All athletes practiced this sport for over 9,30 ± 2,58 years and exercise six days a week, 3 hours per day. For this study we used the Manual Dexterity Test – Plate Taping (Eurofitt Physical Fitness Test Battery, 1991). It was assessed the preferred and non-preferred hands (PH and NPH, respectively) and the differential (manual asymmetry) was calculated (DIF). Subjects were counterbalanced with respect to the starting hand. Statistical procedures included descriptive statistics (Mean and Standard Deviation) and inferential statistics (repeated measures T-test). The significance level was set at 5%. To process the data, it was used the Statistical Package for Social Science (SPSS) version 18.0. From the beginning to the ending of the training, we observed a statistically significant effect on muscle fatigue, with a decrease of manual dexterity concerning both limbs. With respect to functional motor asymmetry, it was verified a statistically significant increase. In order to develop future investigations, we suggest that (i) a changing in the original protocol to better adjust the results to the swimming context; (ii) a study about the acute effect of Force Velocity training on hand-eye coordination

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Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº15.

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INTRODUÇÃO

A teoria do treino tem vindo a sofrer profundas alterações com o avanço do conhecimento científico. Os resultados de pesquisas aplicadas neste estudo fornecem parâmetros mais precisos para a determinação das cargas de treino de potência de força, com o intuito de maximizar as adaptações provenientes do mesmo.
Nos anos 90, o valor das investigações relacionadas com o desporto de maneira geral, começaram a ser tidas em conta de forma mais relevante, demonstrando, principalmente, uma maior preocupação por parte dos países participantes nos Jogos Olímpicos com a necessidade de melhorarem a condição física dos seus atletas e apoiá-los.
Treinadores e atletas querem saber, através de testes, como as sobrecargas do treino nas suas diferentes fases afectam o nível das capacidades e do rendimento competitivo. É também desejável uma maior integração entre os conceitos teóricos dos estudos e as experiências da prática do treino. Uma estratégia para resolver este problema deveria passar por possibilitar e ajudar os treinadores a desenvolverem um conhecimento científico e incutir nos investigadores o uso de uma linguagem clara e simples, na tentativa de diminuir a distância entre a investigação científica e a prática do treino (Barbanti, Tricoli & Ugrinowitsch, 2004).
Desta forma, o que pretendemos, com a realização deste estudo, é observar as consequências verificadas na destreza manual global do Membro Superior (MS) após um treino em seco de potência de força em nadadores Juniores.
Como tal, é necessário definir alguns conceitos teóricos subjacentes à realização deste trabalho.
A Força como mecanismo anátomo-fisiológico está relacionada com as acções musculares e com o que estas são capazes de provocar. Através do encurtamento ou alongamento dos músculos, a força é a capacidade neuromuscular de gerar tensões capazes de, através do encurtamento ou alongamento dos músculos, vencer ou suportar resistências internas e/ou externas (Santos, 2009). Por outro lado, Força Explosiva ou Potência é definida como a força produzida na unidade de tempo (Zatsiorsky, 1999; Badillo & Ayestäran, 2001).

Segundo Schmidtbleicher (1992), um exercício ou uma acção muscular podem considerar-se explosivas quando se alcança a máxima ou quase máxima taxa de produção de força, sem ter em conta a velocidade do movimento, ou seja, as acções explosivas não são aquelas produzidas a grande velocidade mas sim as acções em que atingimos a máxima produção de força por unidade de tempo. Ainda segundo Schmidtbleicher (1992) e Zatsiorsky (1999), a taxa máxima de produção de força e a força explosiva possuem o mesmo significado, ou seja, representam a capacidade do sistema muscular de desenvolver acções em alta velocidade.
Importa referir que, segundo Platnov e Fessenko (1994), o treino da Força em Natação Pura Desportiva (NPD) não tem apenas o objectivo de desenvolver os diferentes tipos de manifestação de força por si só, mas também de desenvolver a capacidade do nadador de poder utilizar essa força na sua actividade competitiva, o que supõe um desenvolvimento harmonioso dos tipos de manifestação de força com as capacidades técnicas inerentes à modalidade.
A destreza manual é uma capacidade coordenativa à qual consideramos de extrema importância em Natação Pura Desportiva, sendo que a maior parte dos gestos técnicos das técnicas de nado são realizados com os Membros Superiores. Ainda que por vezes o conceito de destreza seja confundido com agilidade, habilidade motora, controlo motor e coordenação motora, este pode ser definido como a capacidade de se mover de forma eficiente e eficaz, segundo Schmidt e Wrisberg (2000). Segundo estes autores e Knapp (s/d), a destreza é definida como uma capacidade adquirida para atingir determinados resultados com o máximo de êxito e muitas vezes com o mínimo de tempo e ou energia, podendo melhorar através da prática.

A destreza manual, encontra-se dividida em dois tipos: destreza manual fina e destreza manual global. A destreza global é normalmente referenciada como destreza manual e refere-se à habilidade de manipular objectos de dimensões médias-elevadas fazendo corresponder movimentos mais globais, em detrimento de movimentos interdigitais. A destreza fina refere-se à habilidade de manipular objectos, normalmente pequenos, utilizando as partes distais dos dedos, requerendo movimentos mais rápidos e precisos (Desrosiers et al., 1997).
Devido à sua grande contribuição para a performance dos membros superiores e para a independência funcional, a destreza manual tem sido frequentemente avaliada em termos reabilitativos (Desrosiers et al., 1994) e, geralmente, em idosos. Contudo, ainda não foram encontradas avaliações relacionando o efeito do treino desportivo com os níveis de destreza manual.
A mão é um dos órgãos mais importantes do nosso corpo. Anatomicamente, a mão é a parte final de cada membro superior, mas esta tem um significado bastante mais complexo. A mão é uma das formas de nós, humanos, apreendermos e contactarmos com o Mundo através do sentido táctil, sendo todas as actividades e tarefas da vida quotidiana, incluindo o treino desportivo, influenciados pela capacidade de destreza manual. O objectivo deste estudo foi observar o efeito agudo de uma sessão de treino de potência de força na destreza manual global em nadadores juniores do Futebol Clube do Porto (FC Porto).

MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização da Amostra

Para a realização deste estudo foram solicitados 10 nadadores da equipa Absoluta de Natação do Futebol Clube do Porto/Dolce Vita, dos quais, 5 sujeitos do sexo masculino e 5 sujeitos do sexo feminino. As idades dos respectivos nadadores variaram entre os 14 e os 17 anos, sendo que o valor médio está na casa dos 15,30 ± 1,06 anos. Todos os nadadores da amostra são de orientação manual direita, não apresentam actividades extra-curriculares para além da Natação e em média, apresentam 10,80 (± 1,48) anos de prática de Natação.
Relativamente ao contexto de avaliação, os nadadores foram avaliados no primeiro Macrociclo da época desportiva, mais concretamente no 10º Microciclo do planeamento anual da referida equipa. As unidades de treino da equipa de nadadores consistem em um período de treino em seco com duração de uma hora e um período de treino na água com duração de duas horas. A avaliação do estudo foi realizada antes e após o treino em seco de ginásio o qual foi destinado ao desenvolvimento da potência de força. Os sujeitos da amostra efectuaram a seguinte série de treino – 3 x (10 rep. a 70% da Força Máxima) a velocidade máxima, em seis máquinas, segundo o método de circuito.

Metodologia

De forma a avaliar a relação do treino de potência de força e o nível de destreza manual (coordenação óculo-manual e velocidade de movimentos) dos membros superiores na amostra anterior, foi utilizado o protocolo da bateria de testes Eurofit, 1983 – Teste de Destreza Manual Batimento de Placas. O contador de tempo usado indicava o tempo até ao 1/100 de segundo. Para efeitos de estudo, foram registados os tempos com duas casas decimais.
A avaliação dos sujeitos deu-se em dois momentos: um antes do treino e outro após o treino, segundo a seguinte metodologia – os sujeitos realizavam a avaliação da Destreza Manual global, de seguida iniciavam o programa de treino da Potência de Força, em circuito, e realizavam o segundo momento de avaliação logo após o término do treino de desenvolvimento da Potência de Força para que os dados não fossem afectados pela recuperação dos nadadores. Antes do treino e depois do treino os sujeitos realizaram duas tentativas por cada membro superior em questão, no entanto só o melhor tempo, em segundos, foi considerado para efeitos de estudo. Para evitar possíveis influências nos resultados por transferência de aprendizagem de um Membro Superior para o outro a amostra foi contrabalançada em relação à mão de início do teste. Na análise estatística, foram calculadas estatísticas descritivas – valores médios e respectivos desvios padrão, assim como a estatística inferencial (teste-t de Student medidas repetidas). Em cada momento foram avaliados os membros preferido e não preferido, assim com o diferencial entre eles (assimetria manual). O nível de significância foi estabelecido em p?0,05.

RESULTADOS

O Quadro 1 apresenta, para a destreza manual, os valores, em segundos, de cada membro assim como do respectivo diferencial, antes e após o treino.

Quadro 1 Destreza manual do MP, do MNP e respectivo diferencial, antes e após o treino (valores em segundos). Média, desvio padrão, valores de t e p.

Quadro 1

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº 15

Membro Preferido:
Ao nível do Membro Preferido, podemos observar que de antes para depois do treino existe uma alteração estatisticamente significativa (p=0,003). Ou seja, os nadadores antes do treino foram em média mais rápidos do que depois do treino.

Membro Não Preferido:
Relativamente ao Membro Não Preferido, os nadadores, à semelhança do Membro Preferido, realizaram o teste antes do treino em menor tempo do que depois do treino. Assim, a média de alteração entre os dois momentos de avaliação foi estatisticamente significativa (p=0,002).

Assimetria manual:
Após o treino, a assimetria manual aumentou significativamente (p<0,001).

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Tendo em conta a escassez de estudos sobre os efeitos do treino na destreza manual a nível agudo, baseamos a discussão de resultados do presente estudo segundo a nossa percepção sobre os conteúdos lectivos leccionados.
De facto, após e durante o trabalho de produção de força muscular, no qual se incluí o treino de desenvolvimento da Potência de Força, o músculo esquelético passa por alterações na sua homeostasia que o impede de continuar a exercer a mesma quantidade de força por unidade de tempo. Este conceito, Fadiga Muscular, foi largamente estudado pelo grupo Ascensão et al. (2003) permitindo-nos reforçar a ideia de que por falência das estruturas musculares e orgânicas existe um efeito significativo de redução do nível de força produzido. No entanto, ainda de acordo com o referido estudo, a causa não está totalmente identificada, sugerindo que a fadiga muscular seja produzida por um conjunto dinâmico de factores associados. Desta forma, consubstanciado pelo estudo anterior podemos concluir que a execução de exercícios de Potência de Força causará um nível de fadiga tal que impedirá o músculo de gerar movimentos tão rápidos e precisos por unidade de tempo como seria de esperar.

Sabendo também que a destreza manual é um conceito composto por duas capacidades – coordenação óculo manual e velocidade de movimentos – podemos assumir que, uma vez fatigado, o nadador diminuirá a sua capacidade de gerar movimentos em velocidade pelo que incrementará o seu tempo de execução no referido teste. Não encontramos estudos que refiram a correlação entre a coordenação óculo-manual e a fadiga muscular, de forma a confirmar a nossa opinião sobre esta questão. Assim, não podemos assumir que os resultados observados na nossa investigação sejam unicamente devidos à perda da capacidade de gerar velocidade de movimentos.
No nosso estudo, todos os resultados foram no sentido de uma perda da capacidade aguda no desempenho da capacidade avaliada por este teste de destreza manual, após o programa de desenvolvimento da Potência de Força. Como expressam os nossos resultados, encontramos uma diferença clara entre os valores do teste antes do programa de treino e após o programa de treino, sendo a maior diferença registada ao nível do membro não preferido. Explicamos esta diminuição do desempenho por um aumento do número de erros relativos à realização do teste e pela perda aguda da capacidade de velocidade e precisão de movimentos.

CONCLUSÃO E REFLEXÃO FINAL

Através dos resultados do nosso estudo concluímos a existência de um efeito significativo do treino de potência de força na destreza manual global dos nadadores juniores avaliados, quer ao nível do Membro Preferido, quer do Membro Não Preferido, quer ainda da respectiva assimetria manual. Do início para o final do treino, os dois membros diminuíram significativamente o seu rendimento e o diferencial manual aumentou significativamente, como resultado da acção da fadiga muscular na velocidade e precisão dos movimentos.
Com a realização deste estudo abrimos uma janela de oportunidade no que diz respeito à compreensão do efeito agudo do treino na destreza manual global de atletas.
De facto, na literatura nacional e internacional não foram encontrados, por nós, nenhum estudo nesta área. Consideramos, por este motivo, que somos pioneiros nesta área de investigação e apresentamos algumas sugestões sobre as próximas abordagens teóricas. Assim sendo, seria interessante uma abordagem mais específica na natação, ou seja, procurar o efeito agudo do treino de água na destreza manual global do membro superior, mais especificamente, no treino da técnica de nado.
Relativamente às componentes avaliadas pelo protocolo por nós utilizado, existe igualmente uma lacuna na base científica uma vez que não se considera a relação entre o efeito do trabalho de potência de força na coordenação óculo manual.

AGRADECIMENTOS

Futebol Clube do Porto/Dolce Vita – Natação (Treinadores, direcção e nadadores);

Laboratório de Aprendizagem e Controlo Motor da Universidade do Porto – Faculdade de Desporto;

Bibliografía

Ascensão, A., Magalhães, J., Oliveira, J., Duarte, J., & Soares, J. (2003). Fisiologia da fadiga muscular. Delimitação conceptual, modelos de estudo e mecanismos de fadiga central e periférica. Muscular fatigue. Definition, models of study and mechanisms of central and perripherical fatigue. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 2003, vol. 3, nº 1 [108 – 123]

Barbanti, V. J., Tricoli, V. &  Ugrinowitsch, C. (2004). Relevância do Conhecimento Científico na Prática do Treinamento Físico – Escola de Educação Física e Esporte da USP. Revista  paulista Educação Física, São Paulo, vol.18,[p.101-09].

Badillo, J. & Ayestarán, E. (1997). Fundamentos del entrenamiento de la fuerza. INDE.

Carneiro, I. J. (2009). Destreza motora (manual e pedal) e Assimetria funcional em Idosos praticantes e não praticantes de exercício físico.Dissertação de Mestrado orientada por: Prof. Drª Maria Olga Vasconcelos, [pág. 35-43].

Compilação de textos da Associação de Estudantes da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto – FCDEF-UP: Atletismo et al. Santos, J. A. (2009).

Desrosiers, J.; Rochette, A.; Hébert. R.; Bravo, G. (1997): The Minnesota Manual Dexterity Test: Realiability, validity and reference values studies with healthy elderly people. Canadian Journal of Occupational Therapy, 64: 272-276.

Desrosiers, J.; Bravo, G.; Hébert, R.; Dutil, É.; Mercier, L. (1994): Validation of the Box and Block Test as a measure of dexterity of elderly people: Reliability, validity and norms studies. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 75: 751-755.

Knapp, B. (s/d): Desporto e Motricidade. Compendium, Lisboa.

Platonov, V. N. & Fessenko, S. L. (1994). Los sistemas de entrenamiento de los mejores nadadores del mundo, Vols. 1 e 2, Barcelona, Ed. Paidotribo.

Schmidt, R. A.; Wrisberg, C. A. (2000): Motor learning and performance. Human Kinetics, USA.

Schmidtbleicher, D. & Buhrle, M. (1987). Trainning for Power Events. In Komi PV (Ed), Strength and Power in Sport. London: Blackwell.

Schmidtbleicher, D. (1992). Trainning for Power Events. In Komi PV (Ed), Strength and Power in Sport. London: Blackwell, pág 381-395.

Zatsiorsky, V. (1992). Intensity of strength training, facts and theory: Russian and Eastern European Approach. Natl Strength Cond Assoc J, 14(5): 46-57.

Zatsiorsky, V. (1999). Ciência e Prática do Treinamento de Força. São Paulo: Phorte Editora.

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