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29 Mar 2007

Effects of the swimming in motor coordination: study of an individual’s case with slight mental retardation

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The practise of physical activity is important in bettering the coordination capacities of people who suffer from mental disabilities. The aim of this study was to verify the effects of a swimming programme in the body coordination development of an individual with slight mental retardation.

Autor(es): Silva *, Rosália; Silva, Adília; Vasconcelos, Olga; Botelho, Manuel
Entidades(es): Faculdade de Desporto, Universidade do Porto, Portugal
Congreso: III Congreso Nacional Ciencias del Deporte
Pontevedra– 29-31 de Marzo de 2007
ISBN: 84-978-84-611-6031-0
Palabras claves: Mental retardation, Swimming, Motor coordination

Abstract

The practise of physical activity is important in bettering the coordination capacities of people who suffer from mental disabilities. The aim of this study was to verify the effects of a swimming programme in the body coordination development of an individual with slight mental retardation. The individual is 16 years old and he is integrated in the 7th grade, with an alternative curriculum. He also goes to MAPADI (A Movement that aids parents and friends with mental disabilities) where he attend swimming classes. The individual performed 12 swimming sessions, each session being 60 minutes long. Motor coordination was evaluated before and after the swimming programme, according to the Manual Tapping Test (Lafayette Instruments), the Pedal Tapping Test (FACDEX, 1991) and the Manual Dexterity Test of Minnesota (Lafayette Instruments). Conclusions: i) after the swimming programme the best results in the manual dexterity were obtained with the individual’s preferred hand; (ii) the individual improved both his feet in the pedal dexterity test; (iii) he presented better results in the manual dexterity tests than in the pedal dexterity tests; (iv) the individual’s preferred hand and foot got better results than the other non preferred body members. This study shows that the regular practise of swimming improved the individual’s motor coordination levels.

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Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº3.

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Introdução

O tema deste estudo abrange a coordenação motora num indivíduo de 17 anos com deficiência mental ligeira que está a iniciar a prática de natação. Ao falarmos das características da DM, temos que considerar que falamos de pessoas que, assim como os outros indivíduos, não partilham entre si características iguais de indivíduos cujas vivências ambientais e constituição biológica variam (Pacheco e Valência, 1993). A prática desportiva nesta população tem-se revelado importante no que respeita à sua inclusão na sociedade bem como na melhoria de competências e capacidades físicas e psicológicas, o desporto ocupa um lugar importante na vida social dos nossos dias contribuindo para o múltiplo desenvolvimento físico do homem e como um factor importante no desenvolvimento das qualidades psíquicas, cognitivas, afectivas e volitivas das estruturas do comportamento e da dinâmica da personalidade (Leitão, 1983). Sarmento (1981) relata que a aprendizagem da natação foi durante muito tempo encarada de uma forma tecnocrática, desligada dos problemas reais que regem os princípios da aprendizagem motora. Relativamente à aprendizagem motora, qualquer que seja o tipo de trabalho a desenvolver, a situação implica sempre um estudo ou conhecimento prévio do tipo da pessoa a quem nos dirigimos. A coordenação desenvolvida na natação refere-se a uma coordenação geral, em que os movimentos de destreza manual e pedal são constantemente utilizados. Ao fazer uma pesquisa das temáticas englobadas neste trabalho, achamos pertinente debruçar-nos sobre a deficiência mental, fazendo uma abordagem histórica, passando pelas suas diversas definições segundo vários autores, bem como etiologia classificação e caracterização. Debruçamo-nos também sobre o desporto para deficientes mentais, mais especificamente na natação adaptada. Finalmente abordamos a temática da coordenação motora, falando nas diferentes capacidades coordenativas e na sua relação com a deficiência mental. Estabelecemos objectivos e posteriormente formuladas hipóteses. Como objectivo geral pretendemos verificar os efeitos de um programa de natação no desenvolvimento da coordenação motora de um indivíduo portador de deficiência mental ligeira. Mais especificamente pretendemos comparar os resultados nos testes de destreza manual com a mão preferida e com a mão não preferida antes e depois de um programa de natação; comparar os resultados no teste de destreza pedal com o pé preferido e não preferido antes e depois de um programa de natação; comparar a evolução no desempenho da destreza manual antes e depois, com a evolução da destreza pedal antes e depois e finalmente comparar as diferenças no desempenho entre membros preferidos (mão e pé) e não preferidos em cada teste motor.

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo desenvolveu-se no concelho da Póvoa de Varzim. O nosso caso reporta-se a um indivíduo portador de deficiência mental ligeira do sexo masculino. O indivíduo tem 16 anos e está integrado na escola regular com currículo alternativo frequentando neste momento o 7º ano de escolaridade. O aluno reside em habitação própria e frequenta a instituição e a escola durante a semana. O aluno tem preferência manual e pedal pelo membro direito. Mediante uma primeira reunião com a psicóloga e o professor de natação podemos retirar algumas informações mais particulares referentes ao aluno. Este, sempre realizou aulas de Educação Física no estabelecimento de ensino onde esteve inserido, sendo por isso uma actividade habitual. No entanto, não teve mais nenhum tipo de actividade extracurricular. O indivíduo nunca teve contacto com a piscina, pelo menos integrado em alguma instituição com o acompanhamento. O aluno no âmbito do nosso programa passou a integrar uma classe de natação da associação Movimento de Apoios de Pais e Amigos do Deficiente Intelectual (M.A.P.A.D.I.) na Póvoa de Varzim. O nosso aluno foi submetido a três tipos de testes que permitem avaliar a destreza manual e pedal. Para a avaliação da destreza manual utilizamos os testes de Tapping Manual da Lafayette Instruments e de Destreza Manual de Minnesota da Lafayette Instruments. Para avaliarmos a destreza pedal aplicamos o teste de Tapping Pedal (FACDEX, 1991). Para a comparação dos testes de Tapping Manual e de Minnesota, foram relativizados os valores de modo a que se pudessem comparar impulsos com segundos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após serem aplicados os testes, podemos apresentar e discutir alguns dados mais pertinentes:

Quadro 1. Teste de Tapping Manual. Número de impulsos para a mão preferida e para a mão não preferida, no pré e no pós-teste.

Quadro 1. Teste de Tapping Manual. Número de impulsos para a mão preferida

Fig. 1. Teste de Tapping Manual. Número de impulsos para a mão preferida e para a mão não preferida, no pré e no pós-teste.

Fig. 1. Teste de Tapping Manual.

Importa salientar, como esperado, que a mão preferida obteve valores mais elevados (28 impulsos) do que a mão não preferida (27 impulsos). No entanto, os valores são idênticos, pois podemos verificar que apenas variam em 1 impulso. Verificamos que houve uma evolução no que se refere ao número de impulsos comparando os resultados do pré-teste com os do pós-teste, quer na mão preferida (de 28 para 38), quer na mão não preferida (de 27 para 34). Como já verificamos, no pré-teste, os resultados obtidos no que se refere ao número de toques, pela mão preferida (28 toques), foi superior ao da mão não preferida (27 toques). O mesmo aconteceu quando comparamos os resultados no pós-teste, a mão preferida obteve melhores resultados (38 impulsos) do que a mão não preferida (34 impulsos). Esta diferença foi mais acentuada que a diferença entre as mãos no pré-teste. Verificamos assim existir um aumento do número de toques do primeiro para o segundo momento de aplicação dos testes, o qual foi mais acentuado para a mão preferida relativamente à mão não preferida. Fica desde logo claro que, do pré-teste para o pós-teste, existe uma melhoria dos resultados do primeiro para o segundo momento de avaliação, após ter frequentado o programa de natação. Este segundo momento de avaliação revela valores superiores no número de impulsos.

Quadro 2. Teste de Tapping Pedal. Número de impulsos para pé preferido e para o pé não preferido, no pré e no pós-teste.

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Fig. 2. Teste de Tapping Pedal. Número de impulsos para o pé preferido e para o pé não preferido, no pré e no pós-teste.

Fig. 2. Teste de Tapping Pedal.

Importa salientar, no pré-teste, na primeira tentativa, que o pé preferido obteve valores mais elevados (33) do que o pé não preferido (32). Mais uma vez esta diferença não foi acentuada, pois os resultados diferiram em apenas um toque. Na segunda tentativa, o pé preferido obteve, valores mais elevados (38) do que o pé não preferido (33), no entanto, desta vez, as diferenças encontradas foram mais acentuadas. Importa salientar também que, na primeira tentativa, do pós-teste, tal como no pré-teste, o pé preferido obteve valores mais elevados (41 toques) do que o pé não preferido (38 toques). Esta diferença já se revelou um pouco mais acentuada, demonstrando uma melhoria no segundo momento de avaliação. Na segunda tentativa, o pé preferido obteve, mais uma vez, valores mais elevados (39 toques) do que o pé não preferido (34 toques). No entanto, desta vez, o número de toques na segunda tentativa diminuiu relativamente ao da primeira, quer no pé preferido, quer no pé não preferido contrariamente ao que tinha sucedido no pré-teste. Podemos observar a evolução, do pré-teste para o pós-teste, na 1ª tentativa. Existe uma melhoria dos resultados do primeiro para o segundo momento de avaliação, indo de encontro das nossas expectativas. Já nas segundas tentativas essas melhorias não foram tão acentuadas. No entanto é de salientar que o segundo teste revela valores superiores em todos os parâmetros, mesmo não sendo, em alguns casos, uma subida acentuada. É notório também, no pós-teste, que o resultado da segunda tentativa quer no pé preferido quer no pé não preferido é pior, ou seja o aluno realizou um menor número de toques.

Quadro 3. Teste de Minnesota. Número de impulsos para a mão preferida e para a mão não preferida, no pré e no pós-teste.

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Fig. 3. Teste de Minnesota. Número de impulsos para a mão preferida e para a mão não preferida, no pré e no pós-teste.

Fig. 3. Teste de Minnesota

Verificamos que, no pré-teste, a mão preferida obteve valores mais baixos (68,75 segundos) do que a mão não preferida (68,87 segundos). No entanto, mais uma vez, esta diferença não é relevante. Importa salientar, também, como esperado, que, no pós-teste, a mão preferida obteve valores mais baixos (62,07 segundos) do que a mão não preferida (71,87 segundos). No entanto, enquanto que na mão preferida houve uma melhoria do tempo, na mão não preferida, o tempo piorou relativamente ao pré-teste. Fica desde logo claro que, do pré-teste para o pós-teste, existe uma melhoria dos resultados do primeiro para o segundo momento de avaliação, no que se refere à mão preferida. Já na mão não preferida, os resultados pioraram, uma vez que o sujeito gastou mais tempo para realizar a tarefa.

CONCLUSÕES

Após esta apresentação e discussão dos resultados podemos retirar algumas conclusões. O aluno após o programa de natação apresenta melhores resultados nos testes de destreza manual, apenas no membro preferido. O aluno após o programa de natação apresenta melhores resultados nos testes de destreza pedal. O aluno após o programa de natação apresenta melhores resultados nos testes de destreza manual do que nos de destreza pedal. Após o programa de natação a mão e o pé preferidos obtêm melhorias mais acentuadas do que os não preferidos.

Bibliografía

  • – Leitão, F. (1983). Algumas Perspectivas Históricas sobre Educação Especial. In Leitão, F. e Morato, P. (Eds.), Educação Física Especial – Deficiência Mental, 59 – 65. Lisboa. Instituto Superior de Educação Física – Universidade Técnica de Lisboa.
  • – Pacheco, D.B.; Valência, R.P. (1993). A deficiência Mental. In R. Bautista (Eds.) Necessidades Educativas Especiais. 209 – 223. Lisboa. Dinalivro.
  • – Sarmento P. (1981). Aprendizagem Motora e Natação. Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa. Instituto Superior de Educação Física.

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