+34 96 633 71 35
·WhatsApp·

15 Jun 2012

Sports for persons with autism spectrum disorders. an intervention model.

/
Posted By
/
Comments0
/
Tags
The APPDA Norte (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo Norte) develops, since 2002, a sports area for people with autism spectrum disorders (ASD), called MOVEMENT.

Autor(es): Correia, N.; Corredeira, R.; Vasconcelos, O.; Silva, A.
Entidades(es): Universidade do Porto
Congreso: II Congreso Internacional de Ciencias del Deporte
Pontevedra 2008
ISBN:9788461235186
Palabras claves: Autism spectrum disorders, sports, intervention, model.

Abstract sports for persons with autism spectrum disorders

The APPDA Norte (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo Norte) develops, since 2002, a sports area for people with autism spectrum disorders (ASD), called MOVEMENT. Working under the basis of the Declaration on the Rights of People with Autism, presented at the 4th Autism-Europe Congress, Den Haag, May 10th 1992, and adopted as a Written Declaration by the European Parliament on May 9th, 1996, this area aims to promote physical and mental well-being, personal and social development, and the participation in sporting situations. MOVEMENT’s main goals are to look for improvements in motor behavior, communication and interaction. It is centered in a methodology that works with the knowledge of the person with ASD, in order to better determine goals, activities planning, intervention and evaluation. APPDA Norte offers people with ASD sporting activities such as horse riding, aquatic activities in the swimming pool, boccia, trekking and adapted physical activity lessons.

Completa la información

Contenido disponible en el CD Colección Congresos nº8.

¡Consíguelo aquí!

COMUNICAÇÃO

Desporto para pessoas com perturbações do espectro do autismo. Um modelo de intervenção. A Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo Norte (APPDA Norte) desenvolve, desde 2002, uma área desportiva para os utentes que frequentam o Centro de Actividades Ocupacional (CAO), designada de MOVIMENTO. Com base nos pressupostos da “Carta dos Direitos da Pessoa com Autismo”, adoptada como Declaração Escrita pelo Parlamento Europeu, em 9 de Maio de 1996, esta área visa promover o bem-estar físico e mental, o desenvolvimento pessoal e social, assim como a participação em situações desportivas, dos utentes da APPDA Norte jovens e adultos com perturbações do espectro do autismo (PEA). O MOVIMENTO tem como objectivos principais procurar melhorias a nível comportamental, da comunicação, da interacção e das capacidades condicionais e coordenativas. Centra-se numa metodologia que tem por base o amplo conhecimento da pessoa com PEA, no sentido de uma melhor determinação de objectivos, planificação de actividades, intervenção e avaliação. De acordo com este modelo de intervenção, para trabalhar com uma pessoa com PEA, o professor deve procurar conhecer o aluno no contexto geral do autismo, conhecer com detalhes as suas capacidades motoras reais e a sua capacidade comunicativa e perceber a motivação para a actividade. A partir daqui o professor, que é um dos elementos estruturantes do processo, deve determinar os objectivos ponderando a cultura da comunidade onde o aluno está inserido, assim como considerando as expectativas e preocupações, quer da pessoa com PEA relativamente à actividade, quer da família. Ao planificar as actividades o professor deve organizar os exercícios com base em aprendizagens anteriores, apresentar situações de simples compreensão, repetir as planificações ao longo do tempo, promover situações que propiciem o contacto físico, orientar o trabalho para os objectivos pretendidos, adequar as aulas à idade cronológica dos alunos e orientá-las de acordo com as necessidades particulares de cada indivíduo do grupo. A apresentação das tarefas em forma de circuitos (abertos ou fechados), apresenta vantagens, principalmente porque promove um tipo de trabalho autoorientado, o qual permite que seja o próprio aluno a resolver os problemas através da repetição. O circuito, quer aberto, quer fechado, permite criar situações concretas com um início e fim claros, oferecendo diferentes possibilidades de combinação de trabalho de competências (emergentes ou adquiridas) e proporciona oportunidades de usar os mesmos materiais para trabalhar capacidades distintas. Todo o trabalho é avaliado continuamente, desde o primeiro contacto com a pessoa com PEA. A avaliação deve servir para perceber se as competências que estão a ser trabalhadas foram adquiridas ou não. Isto pode ser feito através de escalas de avaliação internas (adequadas à população com que se está a trabalhar), mas também através da observação naturalista dos comportamentos. O professor deve avaliar de que forma o aluno procura resolver os problemas e explorar o ambiente, quais os recursos utilizados para executar as tarefas propostas (auto-percepção, modelagem, ajuda física), como são as respostas aos feedbacks, a resistência à frustração, o nível ou estilo das interacções estabelecidas com o professor e com os colegas e os estímulos que provocam distracções. Neste contexto, a APPDA Norte promove o trabalho motor ao nível da equitação, das actividades aquáticas na piscina, do boccia, das caminhadas e das aulas estruturadas.

A equitação é um trabalho dinâmico que utiliza o movimento do cavalo para desenvolver o equilíbrio, a postura, a mobilidade, assim como a parte cognitiva das pessoas com PEA. O cavalo produz movimentos tridimensionais para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita, para a frente e para trás, similares aos padrões do movimento humano, produzindo efeitos no aumento da capacidade de percepção de estímulos, na atenção, na concentração, na motivação e no aumento de auto-estima e auto-segurança. O aluno inicia a actividade com uma aproximação ao cavalo através do contacto físico (tocar, escovar, pentear, aparelhar) de seguida começa a andar com o cavalo à guia para depois montar. Devem e ser respeitados, quer os tempos de cada aluno para a execução da actividade, quer a vontade do mesmo em executá-la. Na piscina, não é desejo que os alunos aprendam técnicas da natação pura, mas antes que encontrem na piscina um momento de trabalho motor diferente do habitual e agradável em termos de sensações. A água é por si só um ambiente único com uma densidade e temperatura particulares, que provoca sensações diferentes das experimentadas no dia-a-dia. O balneário é um óptimo meio de estimular a socialização e autonomia. As progressões pedagógicas devem, sempre que possível, seguir o percurso habitual na natação pura, no entanto o professor deve ter a noção de que a passagem de uma etapa para outra pode ser um processo demorado, podendo, também, haver regressões ou anulação de etapas. Por outro lado o professor não deve esquecer que não está a treinar nadadores, mas antes pessoas que procuram na água um espaço seu. O Boccia é um jogo da Paralisia Cerebral que foi adaptado para pessoas com PEA no sentido de preencher as necessidades que as mesmas têm na participação de um jogo, deste modo, o boccia deve ser entendido como forma lúdica de trabalhar as capacidades condicionais e coordenativas. O jogo não deve ser vista apenas da perspectiva da competição, no entanto, tem como objectivo final a noção de jogo como competição. As caminhadas são a forma mais agradável de trabalhar a resistência cardiovascular das pessoas com PEA. Devem ser utilizados espaços ao ar livre que proporcionem autonomia, confrontando o aluno com os elementos culturais, utensílios e alterações do meio. Estes espaços devem ser apropriados para a prática da caminhada tal como o passadiço, percursos de montanha marcados no terreno. Procura de um desenvolvimento físico, afectivo, intelectual e social em complemento da vida familiar, escolar/institucional e desportiva. As aulas estruturadas são aulas de actividade física adaptada, leccionadas pelos alunos do 3º ano da Opção de Desporto de Reabilitação e Reeducação da Licenciatura em Desporto e Educação Física da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Ocorrem uma vez por semana e têm a duração de 50 minutos Local e materiais apropriados para a prática desportiva Orientada para objectivos motores estabelecidos para cada jovem O MOVIMENTO segue as mesmas linhas orientadoras desde da sua génese até à presente data, visando a manutenção e aquisição de competências motoras e sociais orientadas para a melhoria da qualidade de vida de cada pessoa com PEA. Procuramos fazê-lo através da prática diária, regular e orientada de um programa desportivo.

Referencês

APPDA – Norte. – Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo. [Em linha]. s.d. [Consult. 1 Abr. 2008]. Disponível em WWW: <URL: http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/norte.php>. Baranek, G. (2002). Efficacy of Sensory and Motor Interventions for Children with Autism. Journal of Autism and Developmental Disorders, Vol. 32, N. º 5, 397 – 422.

Bento, M. (1999). O Perfil do Professor de Educação Especial na Educação de Alunos com Autismo. Dissertação para provas de Mestrado no ramo de Ciência do Desporto. Faculdade de Motricidade Humana – Universidade Técnica de Lisboa. Edição do autor.

Berkeley, S.; Zittel, L.; Pitney, L.; Nichols, S. (2001). Locomotor and Object Control Skills of Children Diagnosed With Autism. Adapted Physical Activity Quarterly, Vol. 18, Nº 4, 405 – 416.

Corballis, M. (1983). Human Laterality. New York: Academic Press. Cousins, M.; Smyth, M. (2003). Developmental coordination impairments in adulthood. Human Movement Science, Vol. 22, 433 – 459.

Cunha, P. (2000). Estratégia de desenvolvimento a longo prazo das capacidades motoras (I e II). In Centro de Estudos e Formação Desportiva. O melhor da Revista Treino Desportivo (pp. 151 – 179). Lisboa: Ministério da Juventude e do Desporto.

Dawson, G.; Watling, R. (2000). Interventions to Facilitate Auditory, Visual, and Motor Integration in Autism: A Review of the Evidence. Journal of Autism and Developmental Disorders, Vol. 30, Nº 5, 415 – 421.

Erfer, T. (1995). Treating Children with Autism in a Public School System. In Fran Levy, Judith Fried, Fren Leventhal (Eds.). Dance and Other Expressive Therapies – When Words are not Enough (pp. 191 – 211). London: Routledge. Ghaziuddin, M.; Butler, E. (1998). Clumsiness in autism and asperger syndrome: further report. Journal Intellectual Disability Research, Vol. 42, part I, 43 – 48.

Hauck, J.; Dewey, D. (2001). Hand Preference and Motor Functioning in Children with Autism. Journal of Autism and Developmental Disorders, Vol. 31, Nº 3, 265 – 277.

Jordan, R. (2000). A Educação de Crianças e Jovens com Autismo. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional – Ministério da Educação.

Manjiviona, J.; Prior, M. (1995). Comparation of Asperger Syndrome and High- Functioning Autistic Children on a Test of Motor Impairment. Journal of Autism and Developmental Disorders, Vol. 25, Nº 1, 23 – 39.

McManus, I.; Cornish, K. (1997). Commentary Fractionating Handedness in Mental Retardation: What is the Role of the Cerebellum? Laterality, Vol. 2, Nº 2, 81 – 90.

Molloy, C.; Dietrich, K.; Bhattacharya, A. (2003). Postural Stability in Children with Autism Spectrum Disorder. Journal of Autism and Developmental Disorders, Vol. 33, Nº 6, 643 – 652.

Newel, K.; VanEmmerik, R.; Sprague, R. (1993). Stereotypy and Variability. In Newel, Karl M.; Corcos, Daniel M, Variability and Motor Control (pp. 475 – 494). USA: Human Kinetics Publishers.

Piek, J.; Dyck, M. (2004). Sensory-motor deficits in children with developmental coordination disorder, attention deficit hyperactivity disorder and autistic disorder. Human Movement Science, Vol. 23, 475 – 488. Vernazza-Martin, S.; Martin, N.; Vernazza, A.; Lepellec-Muller, A.; Rufo, M.; Massion, J.; Assaiante, C. (2005). Goal Directed Locomotion and Balance Control in Autistic Children. Journal of Autism and Developmental Disorders, Vol. 35, Nº. 1, 91 – 102.

Weilmer, A.; Schatz, A.; Lincon, A.; Ballantyne, A.; Trauner, D. (2001). “Motor” Impairment in Asperger Syndrome: Evidence for a Deficit in Proprioception. Journal of Develomental & Behavioral Pediatrics, Vol. 22, Nº 2, 92 – 101.

Williams, H. (1990). Aging and Eye – Hand Coordination. In Bard, C.; Fleury, M.; Hay, L. Development of Eye – Hand Coordination Across the Life Span (pp. 327 – 331). Columbia: University of South Carolina Press.

Wing, L.; Gould, J. (1979). Severe impairments of social interaction and associated abnormalities in children: epidemiology and classification. Journal of Autism and Developmental Disorders, Vol. 9, 11 – 29.

Leave a Reply

Open chat
Saludos de Alto Rendimiento:

Para información sobre los cursos y másteres ONLINE, puede contactarnos por aquí.

Asegúrate de haber completado el formulario (azul) de información del curso/máster.

Gracias!